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Browsing CI&DETS - Fundo by advisor "Albuquerque, Carlos Manuel Sousa"
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- A adesão das adolescentes brasileiras ao exame PapanicolauPublication . Roque, Mara Núbia Oliveira; Ferreira, Manuela Maria Conceição; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: Na última decada tem observado um significante aumento de fatores de riscos associados a infecção pelo HPV em adolescentes, onde esta patologia representa um alto índice de morbidade e mortalidade que varia de acordo com os riscos sóciodemográficos, cognitivos,comportamentais e biológicos. As adolescentes são as mais vulneráveis a infecção pelo HPV. Objectivos: Identificar o nível de conhecimento das adolescentes brasileiras a cerca do Exame Papanicolau e analisar as variáveis que interferem na adesão das adolescentes ao rastreio de HPV. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, quantitativo com ênfase na coleta de dados por questionario, aplicado a 100 adolescentes com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos a frequentar uma escola de nível médio do monicipio do Cabo de Santo Agostinho. Resultados: As adolescentes tinham entre 15 e 16 anos (45%) maioritariamente evangélicas (65%). Observamos que apenas 35% das adolescentes entrevistadas realizaram o exame de Papanicolau. Demonstra, também, que o local de escolha para realização do exame Papanicolau foi na rede privada de saúde(51,4%). E por fim, o que leva às adolescentes procurarem a realização do exame Papanicolau foi a presença do corrimento vaginal(57,2%). (46,1%) não realizaram o exame por vergonha. Conclusão: Os resultados apontam para a necessidade de uma transformação nos comportamentos dos profissionais de saúde, vendo a adolescente de forma holística valorizando sua cultura, família e comunidade, afim de fortalecer um vínculo baseado em confiança e respeito pela suas diferenças, motivando para comportamentos promotores de saúde sexual e reprodutiva. Ressalta ainda a necessidade de melhorar as condições de acessibilidade aos serviços para que a adesão aos rastreios seja mais significativa. Palavras-chaves: Promoção à saúde; prevenção; câncer de colo de útero; adolescentes.
- Biofeedback no tratamento da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvicoPublication . Santos, Bárbara Sofia Miguel dos; Cunha, Madalena; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: O biofeedback afigura-se como um tratamento simples, com mínimos custos e efeitos secundários no tratamento da incontinência anal em doentes com disfunção de pavimento pélvico. No entanto, a sua eficácia é muitas vezes colocada em causa. Este estudo pretende responder a esta questão, bem como procurar entender se esta técnica pode aumentar a qualidade de vida destes indivíduos. Objetivos: Determinar a eficácia do biofeedback no tratamento da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvico e a eficácia do biofeedback no aumento da qualidade de vida dos doentes de incontinência anal. Métodos: Na realização desta revisão sistemática efetuámos uma pesquisa entre Março e Abril de 2016 em bases de dados indexadas. Os estudos encontrados foram analisados à luz de critérios de inclusão previamente estabelecidos, e a sua qualidade avaliada por dois investigadores, de forma independente. A realização da meta- análise teve por base métodos estatísticos. Resultados: O corpus desta revisão é constituído por 10 artigos. Os resultados da meta-análise indicam haver uma melhoria, embora não estatisticamente significativa nos valores manométricos, em nenhum dos subgrupos avaliados. Bem como, os resultados de meta- análise não encontraram diferenças estatisticamente significativas na análise efetuada à eficácia do biofeedback na qualidade de vida dos doentes de incontinência anal. Destaca-se a importância da relação terapeuta- doente neste processo de melhoria. Conclusões: O biofeedback apresenta-se como um tratamento eficaz da incontinência anal em adultos com disfunção do pavimento pélvico, no entanto carece de uma maior investigação. Palavras- chave: incontinência anal, biofeedback, qualidade de vida.
- Burnout em personal trainers da cidade de Maceió-AL : estudo dos seus determinantesPublication . Figueiredo, Deyvid Henrique Souza Marinho de; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução – A síndrome de burnout é um tipo de estresse ocupacional que acomete profissionais envolvidos com qualquer tipo de cuidado em uma relação de atenção direta, contínua e altamente emocional (MASLACH, 1993). O trabalho do Personal Trainer, favorece o desenvolvimento da síndrome de burnout, pois os mesmos têm relação estreita com seus clientes, podendo causar o adoecimento deste profissional. Deste modo, os mesmos merecem atenção por desenvolverem diversas funções no cotidiano de suas atividades de trabalho relacionadas aos fatores biopsicossociais, como a qualidade de vida (QV) que é um importante aspecto a ser considerado na promoção de saúde destes profissionais. Deste modo, o objetivo central consiste em estudar determinantes de contexto sóciodemográfico, laboral e biopsicossocial da síndrome de burnout em personal trainers da cidade de Maceió-AL. Métodos - Este estudo é de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, acidental e por conveniência, composta por 100 (cem) personal trainers, com idades entre os 22 - 47 anos (𝑥̅= 31,9; Dp= ±5,4), maioritariamente do sexo masculino (65,0%), solteiros (65%), licenciatura (60%). O instrumento de colheita de dados incorporou: Ficha Sociodemográfica: caracterização sócio–demográfica e laboral da amostra; o Maslach Burnout Inventory – General Survey (MBI-GS), Questionário de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho – QWLQ-78. Resultados – Estes personal trainers tendo por referência o escore médio, apresentam para as dimensões “exaustão emocional e física” e “cinismo”, níveis de burnout elevado. Já no que respeita à dimensão “eficácia profissional” os valores da média da nossa amostra ao serem ≥5.00 , significa que para esta dimensão os inquiridos não evidenciam níveis de burnout. No que diz respeito a qualidade de vida, observou-se que (90%) é neutro e (10%) satisfatório, ou seja, nenhum inquerido apresentou níveis baixos ou elevados. Os principais determinantes laborais para a burnout: 1 a 5 anos de profissão; maior tempo de atuação; maior numero dos locais de trabalho; trabalhar acima de 30 horas semanais. Os resultados averiguaram que quanto maior o nível de QV, menor o nível de burnout. Conclusões – Os resultados revelaram a existência de fatores determinantes da síndrome de burnout em personal trainers, daí a importância duma abordagem multidisciplinar, acompanhamento e orientação específica a estes profissionais, realçando a necessidade de aumentar o índice de saúde e qualidade de vida, de forma a prevenir quadros de sobrecarga biopsicossocial destas pessoas, para poderem assim proporcionar, com segurança, a promoção da saúde de seus clientes. Certamente, a Educação para Saúde terá aqui um importante papel a fomentar e a desenvolver. Palavras-chave: Síndrome de Burnout, Personal Trainer, Qualidade de Vida.
- Contribuição da saúde no ambiente escolar : uma perspectiva das concepções de gestores em educaçãoPublication . Brandão, Heldah Sulamita Teixeira Rodrigues; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A relação da contribuição da saúde no ambiente escolar é uma perspectiva que motiva os gestores de um modo em geral. A formação em saúde no Brasil vem sendo alvo de discussão dentre aqueles que se preocupam com a qualidade da formação profissional. Além disso, é necessário inicialmente resgatar e entender o processo histórico de desenvolvimento da formação da Educação e saúde no espaço escolar, em seguida, refletir sobre as reais necessidades de mudanças curriculares visíveis e implícitas no processo de ensino-aprendizagem. Objetivos: Identificar, nos resultados das investigações empíricas, se a implementação e desenvolvimento de programas de educação para a saúde, desenvolvidas por gestores educacionais na rede estadual de ensino brasileiro, contribuem para a qualidade de vida dos atores presentes no ambiente escolar. Métodos: Recorreu-se a uma revisão integrativa da literatura, tendo sido obtidas 9 publicações, com texto completo, no perído de 2009 a 2015. Para a selecção dos artigos foram utilizadas as bases de dados do Portal Capes, da LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), das Ciências da Saúde em Geral da Bireme e Scielo, como também do Google Acadêmico, recorrendo-se aos descritores: Qualidade de vida, Saúde Escolar, Educação em Saúde e Gestão escolar. Resultados: Os dados revelam que existem orientações específicas sobre a importância e utilidade da implementação de programas estruturados de educação para a saúde em meio escolar. Por outro lado, a eleição da promoção da saúde como eixo estratégico da saúde escolar tem impulsionado também ela mudanças no seio da Família e da Comunidade. Apesar dos avanços e reconhecimento da importância da formação em saúde disponibilizada na escola, persistem desafios a serem superados, sobretudo na necessidade de maior consciencialização por parte dos gestores escolares sobre a potencialidade de uma escola promotora de saúde. Conclusões: Os artigos analisados sobre Educação em Saúde no espaço escolar evidenciam melhorar a qualidade de vida dos atores inseridos no espaço escolar, sobretudo, crianças e jovens em processo de desenvolvimento biopsicossocial. PALAVRAS CHAVE: Qualidade de vida. Saúde Escolar. Educação em Saúde.
- Determinantes da adesão a hábitos e estilos de vida saudáveis na gravidezPublication . Bernardino, Sara Ferreira; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: A adoção de um estilo de vida saudável durante a gravidez é importante na prevenção de complicações gestacionais. O enfermeiro desempenha um papel relevante na vigilância da gravidez, o que lhe permite indagar o seu conhecimento, orientar a grávida, reforçar a sua motivação e antecipar as complicações, embora a escolha por um estilo de vida saudável seja sempre individual. O principal objetivo deste trabalho é conhecer a adesão das grávidas a hábitos e estilos de vida saudáveis (alimentação equilibrada e diversificada, não consumo de substâncias lícitas como o álcool e tabaco e prática regular de atividade física), e subsequentemente os seus determinantes. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, acidental e por conveniência, composta por 131 grávidas seguidas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, maioritariamente casadas (61,07%), da classe média, residentes equitativamente em meio rural (50,38%) e urbano (49,62%) e com uma média de idades de 32,89 anos (Dp= 4,85). O instrumento de colheita de dados, incorporou seis secções destinadas à mensuração de variáveis de contexto sociodemográfico, laboral, antropométrico, dados clínicos inerentes à gravidez, prática de consumos e estilos comportamentais e ainda o Questionário sobre Atividade Física e Gravidez, aferido e validado para a população portuguesa. Resultados: Relativamente à alimentação, a maioria das gestantes (59,54%) cumpre 3 ou 4 das 9 recomendações da Direção-Geral da Saúde analisadas. Verificámos uma tendência para a diminuição de comportamentos de risco ao longo da gestação, nomeadamente no consumo de álcool, tabaco e café. A intensidade da atividade física praticada pelas grávidas é, predominantemente, leve e do tipo doméstica. Do estudo dos determinantes inferiu-se que a adoção de estilos de vida mais saudáveis está sobretudo associada a grávidas mais novas, da classe I (classe socioeconómica superior alta), residentes em meio rural, empregadas e que se mantêm no ativo, obesas (segundo o IMC prévio à gravidez), primíparas, que vigiam a gravidez em várias instituições de saúde em simultâneo, com aconselhamento nutricional e para a prática de atividade física personalizado e que têm algum tipo de complicação decorrente da gravidez. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo sugerem que a gravidez motiva a adesão a estilos de vida mais saudáveis, no entanto, a prática de atividade física e os hábitos alimentares encontram-se aquém do recomendado. Parece-nos importante promover e incentivar as gestantes a modificarem/adotarem estilos de vida mais saudáveis e persistentes no tempo, propondo que essa vigilância e monitorização seja realizada por equipas cada vez mais multidisciplinares, com a inclusão de um EEER. Palavras-chave: Gravidez, Estilo de Vida Saudável, Promoção da Saúde.
- Determinantes das perturbações musculoesqueléticas nos trabalhadores de cuidados pessoais em residências de apoio ao idosoPublication . Veiga, Ricardo Jorge Santos; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: O enfermeiro especialista em reabilitação é o profissional com competências e conhecimentos para, após o diagnóstico, implementar e monitorizar os resultados dos programas de redução do risco das perturbações musculosqueléticas relacionadas com o trabalho (PME), junto dos trabalhadores de cuidados pessoais em residências de apoio ao idoso, avaliando e introduzindo no processo de prestação de cuidados os necessários ajustamentos, promovendo assim, práticas mais seguras e eficazes. Assim, o presente estudo centrou-se em identificar os determinantes das PME nestes trabalhadores e suas repercussões na saúde. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, de tipologia transversal e descritivocorrelacional, com recurso a uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 120 indivíduos, na sua maioria do género feminino (95,8%) e com uma média de idades de 43,21 anos (Dp=10,812 anos). Como instrumento de colheita de dados utilizou-se o inquérito de saúde e trabalho (INSAT), aferido para este domínio de investigação. Resultados: Estes cuidadores formais manifestam défices de saúde com principal relevância para os relacionados com a mobilidade física e dor, quer pela existência de constrangimentos de natureza física e biomecânica, organizacional e psicossocial, bem como de natureza individual. Os problemas de saúde identificados por estes trabalhadores, resultantes das condições e características do trabalho foram: dores de costas (90,8%), dores musculares e articulares (82,5%), varizes (64,2%), dores de cabeça (49,2%) e ansiedade ou irritabilidade (47,5%). Ser do género feminino, ter idade entre os 49-58 anos, ser viúvo ou divorciado, ter doenças crónicas, tomar medicação e efetuar horário diurno, revelaram-se como determinantes percursores das PME assim como, a nível laboral, as características e os constrangimentos organizacionais e relacionais relacionados com o esforço físico, a intensidade e tempo de trabalho, as exigências emocionais, a insuficiência de autonomia e a má qualidade das relações sociais. Conclusão: Estes resultados apontam para a necessidade de desenvolvimento de estratégias preventivas das PME neste grupo profissional, onde é fundamental a intervenção do enfermeiro de reabilitação na implementação de programas de promoção da saúde, gestão do stresse e riscos psicossociais e formação profissional. Palavras-chave: Doenças musculosqueléticas; Enfermagem de Reabilitação; Saúde Ocupacional.
- Determinantes de alterações músculo-esqueléticas nos adolescentes : implicações para a enfermagem de reabilitaçãoPublication . Almeida, Carina Rodrigues de; Albuquerque, Carlos Manuel SousaEnquadramento: O tendencial aumento da incidência e prevalência de alterações músculo esqueléticas tem sido encarado como algo preocupante, sobretudo na faixa etária da adolescência, dada a sua evolução para a cronicidade. Porém, uma intervenção atempada, dirigida às necessidades específicas desta faixa etária, tal como é preconizado no Programa de Saúde Escolar, promove a capacitação na educação postural, área em que o enfermeiro de reabilitação pode ter um papel crucial. Neste contexto, este estudo tem como principais objectivos: avaliar a prevalência das alterações músculo-esqueléticas em adolescentes; e identificar um conjunto de determinantes sociodemográficos, antropométricos e circunstanciais associados a essas mesmas alterações músculo-esqueléticas. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, transversal e descritivocorrelacional, com recurso a uma amostra probabilística aleatória simples, composta por 200 adolescentes que frequentam três escolas do concelho de Viseu, na sua maioria do sexo feminino (52%), residentes em meio rural (70,5%) e com uma média de idades de 12,54 anos (Dp=1,76). O instrumento de colheita de dados incorpora 4 secções: caracterização sociodemografica, antropométrica, circunstancial; e avaliação das perturbações músculoesqueléticas, com recurso ao Questionário Nórdico Músculo-Esquelético. Resultados: Da análise dos dados sobressai que em 57% dos casos, o peso da mochila excede os 10% do peso corporal e 45,5% adotam uma posição ergonómica desadequada, percepcionando os adolescentes atingimento das alterações músculoesqueléticas, sobretudo a nível do pescoço, nos últimos 12 meses: (35%), seguido do ombro (27,5%), tornozelo (26%), zona lombar (22,5%), joelhos (19,5%), punho/mão (13%), anca (11%), tórax (10,5%) e, finalmente, cotovelo (4,5%). Como determinantes das perturbações músculo-esqueléticas foram identificados: o ano letivo, o género, a prática de desporto, a qualidade de sono, o tipo de colchão, o peso da mochila, o mobiliário escolar e a posição ergonómica. Especificando, são os adolescentes que frequentam o 7º ano, do género masculino, que praticam desporto, com má qualidade de sono, que dormem em colchões duros, que têm peso da mochila superior a 10% do peso corporal, que consideram o mobiliário escolar desconfortável e com postura desadequada (posição da coluna curvada, longe da cadeira e posição dos pés pendurados/esticados) que apresentam uma maior incidência de altrações musculo-esqueléticas. Já o efeito da idade, local de residência, estabelecimento de ensino, antecedentes patológicos, uso de cacifo, meio de transporte casa-escola e escolacasa, método de transporte do material escolar e tempo gasto no transporte do material escolar não se revelou estatisticamente significativo. Conclusão: Este estudo evidencia a ideia de que as perturbações músculoesqueléticas estão presentes num grupo significativo de adolescentes. Facto que permite constatar a necessidade de desenvolver estratégias de prevenção na área da saúde escolar, onde a intervenção do enfermeiro de reabilitação em articulação com a educação pode ser determinante. Palavras-chave: Adolescentes, perturbações músculo-esqueléticas, prevenção, enfermagem de reabilitação.
- Determinantes de alterações posturais em adultos seniores : contributos da biofotogrametria computadorizadaPublication . Teixeira, Catarina Maria Correia Costa; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: Com o envelhecimento da população, as alterações posturais representam uma séria ameaça, com importantes implicações no nível de saúde e qualidade de vida. O grande investimento na atuação preventiva, no combate aos seus determinantes, ou posteriormente no processo de reabilitação, impõe um apelo especial à conjugação de esforços por parte de todos os interlocutores. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo identificar os principais determinantes associadas a alterações posturais em adultos seniores, recorrendo à biofotogrametria computorizada. Métodos: Estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, intencional e por conveniência, composta por 50 seniores, a sua maioria do sexo feminino 76,00%, casados 52,00%, residentes em meio rural 62,00% e 90,00% reformados, com média de idades 69,72 anos (Dp=5,68). O protocolo de pesquisa inclui, além de uma ficha sociodemográfica e clínica, um procedimento de avaliação postural através biofotogrametria computadorizada, descrito como método de medição de ângulos posturais, através de software específico e validado para marcação de pontos protocolados com consequente registo de 4 fotografias nas vistas laterais, anterior e posterior. Resultados: Da amostra verificou-se que 70,00% seniores referem dor nas costas e 30.00% não referem queixas álgicas, 48,00% estão nutridos, 94,00% não fumam e 70,00% praticam atividade física. As alterações posturais mais frequentes foram anteriorização cabeça, que pode traduzir hipercifose torácica, elevação espinha ilíaca antero-superior e elevação ombro esquerdo, que pode traduzir escoliose. Verificou-se que variáveis género, estado civil, zona residência, dor na coluna, atividade física, reabilitação, hábitos tabágicos influenciam alterações posturais, excepto a situação profissional, coabitação, quedas. Conclusão A evidência dos resultados obtidos dá corpo à importância da análise postural enquanto método objetivo de avaliação postural, ressaltando necessidade de mais estudos neste âmbito de forma a obter-se um melhor planeamento de cuidados de enfermagem reabilitação. Palavras-Chave: Seniores, Postura, Biofotogrametria, Reabilitação.
- Determinantes do bem-estar subjetivo na pessoa idosaPublication . Ferreira, Marisa Filipa Afonso; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: O Bem-Estar Subjetivo, enquadrado no âmbito da intervenção da Psicologia positiva, refere-se à experiência individual e subjetiva da avaliação da vida, e inclui variáveis como a satisfação com a vida e a vivência de afetos positivos em detrimento dos afetos negativos. Considerando que o bem-estar subjetivo está associado à saúde e longevidade, o objetivo central deste estudo consiste em analisar o modo como determinadas variáveis de contexto sociodemográfico, familiar, clínico e psicossocial se revelam preditoras do bem-estar subjectivo em idosos institucionalizados versus não institucionalizados. Métodos: Realizou-se um estudo de natureza quantitativa, descritivo-correlacional e transversal, com recurso a uma amostra não probabilística, acidental e por conveniência, composta por 116 idosos, 58 não institucionalizados e 58 institucionalizados, maioritariamente do género feminino (60,3%), viúvos (42,3%), com uma média de idades de 77,73 anos (Dp=9,276). O instrumento de colheita de dados incorporou uma ficha de caraterização sociodemográfica, situacional, familiar (Escala de Apgar Familiar), clínico – funcional (Índice de Barthel) e a avaliação do Bem-Estar Subjetivo (Escala de Satisfação com a vida e a Escala de Afetos Positivos e Negativos). Resultados: Constatamos que, os idosos não institucionalizados apresentam níveis de BES mais elevados face aos idosos institucionalizados (p=0,023), com maior significância estatística na dimensão afetiva. Em relação aos determinantes do BES objetivou-se que, são os idosos “mais jovens” (p=0,015), do género masculino (p=0,000), com nível de escolaridade mais elevado (p=0,032), inseridos em famílias funcionais (p=0,010), que percecionam melhor estado de saúde (p=0,000) e que são mais autónomos na realização das suas ABVD’s (p=0,000) a apresentar níveis de bem-estar subjetivo mais elevado. Conclusão: As evidências encontradas neste estudo revelaram a existência de fatores determinantes na perceção do BES pela pessoa idosa daí a importância de planeamento e implementação de projetos direcionados à manutenção da autonomia, à diminuição das limitações, à maximização de potencialidades individuais, à promoção de relações interpessoais. Neste sentido, atendendo às competências do enfermeiro especialista de enfermagem de reabilitação, seria de extrema importância a incorporação deste profissional especializado nas Instituições e em equipas multidisciplinares de apoio a idosos na Comunidade. Palavras-chave: idoso, Bem – Estar Subjetivo, satisfação com a vida, afetos, determinantes.
- Estratégias de prevenção das lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho nos enfermeiros em contexto hospitalar : uma revisão sistemática de literaturaPublication . Santos, Carla Filipa Teixeira dos; Albuquerque, Carlos Manuel SousaIntrodução: As Lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho (LMELT) afetam um grande número de enfermeiros diminuindo a sua qualidade de vida, sendo consideradas um verdadeiro problema de saúde pública. O absentismo e o abandono precoce da profissão, com os decorrentes efeitos tanto a nível profissional, social e familiar, espelham a importância do estudo das LMELT. Perante a necessidade de prevenir as LMELT e face à invariabilidade da situação de trabalho, constatamos que a implementação de programas de prevenção poderá ser o caminho. Neste contexto, o objetivo do estudo pretender identificar quais as estratégias mais eficazes para a prevenção das lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho nos enfermeiros, em contexto hospitalar. Metodologia: Optou-se pela elaboração de um estudo secundário e retrospetivo, seguindo a metodologia de uma revisão sistemática da literatura proposta pelo Cochrane Handbook. A pesquisa do corpus dos estudos realizou-se nas bases de dados PubMed, BOn, Scielo e Medline Complete, no período entre 2005-2016. Dando cumprimento aos critérios de validação foram selecionados e analisados 6 estudos primários. Resultados: Dos resultados obtidos, constatou-se que os programas de intervenção multifatorial, com abordagem sistémica e integrada das situações de trabalho, são os que conferem maior benefício, quer a nível da sua implementação, quer a nível de custosbenefícios. Este tipo de programa concilia soluções ergonómicas com políticas organizacionais e sessões de formação e treino específico de forma a capacitar os enfermeiros a prestarem melhores cuidados de saúde com menor risco. No entanto verificouse que este tipo de programas só tem sucesso dependendo do envolvimento dos profissionais, dos gestores, da política adotada, do tipo de liderança e da monitorização contínua. Conclusões: Os resultados obtidos evidenciam a necessidade da implementação precoce deste tipo de programas de prevenção de LMELT, onde a intervenção do enfermeiro de reabilitação, em articulação com as equipas multidisciplinares, por certo terá um papel fundamental. Palavras-chave: Prevenção; Lesões Músculo-Esqueléticas Ligadas ao Trabalho; Enfermeiros; Contexto Hospitalar, Reabilitação.