Departamento de Psicologia e Ciências da Educação (DPCE)
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Browsing Departamento de Psicologia e Ciências da Educação (DPCE) by advisor "Amante, Maria João"
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- A autonomia de vida e o suporte social de jovens adultos provenientes de acolhimento residêncialPublication . Rodrigues, Cláudia Claro; Amante, Maria João; Fonseca, SusanaAtualmente entendida como a capacidade de controlar a própria vida, a autonomia assinala a transição para a vida adulta. Contudo, para os jovens acolhidos em instituição, esta etapa caracteriza-se pela ausência de preparação prática e de uma rede de suporte social durante a transição para a vida independente (Calheiros et al., 2013). Com o intuito de estudar a autonomia de vida e o suporte social de jovens adultos provenientes de acolhimento residencial, participaram na investigação 28 jovens adultos, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 29 anos, dos quais 14 são provenientes de acolhimento residencial. Foram utilizadas medidas descritivas para analisar as variáveis sociodemográficas (idade, género, agregado familiar, situação académica/profissional) e institucionais (institucionalização, saída da instituição). O Questionário de Autonomia nos Adolescentes (Noom, 1999; adaptado por Graça, Calheiros & Martins, 2010) e a Escala de Satisfação com o Suporte Social (Ribeiro, 1999) foram os instrumentos usados, tendo sido efetuada a análise estatística através do SPSS (Satistical Package for Social Sciences), versão 23. A análise inferencial permitiu concluir que: 1) existem diferenças significativas, ao nível da autonomia, entre jovens adultos provenientes de acolhimento e jovens nunca acolhidos, sendo este último grupo quem apresentou valor de média mais elevado; 2) não se verificaram diferenças significativas na autonomia, em função do género; 3) não existem correlações significativas entre a autonomia de vida e o suporte social. Estas conclusões remetem para a necessidade de aprofundar estas questões, por forma a planificar um processo de autonomização sustentado, através da fomentação da rede de suporte social.
- Avós e netos no contexto da Lei de Proteção de Crianças e Jovens em PerigoPublication . Figueiredo, Regina Maria Saião de Almeida; Amante, Maria João; Araújo, LiaEm Portugal, os avós assumem uma importante fonte de apoio e suporte, podendo em algumas situações de perigo, no âmbito da Lei de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo, ficar com a guarda temporária dos netos. O presente estudo de carácter qualitativo e exploratório, teve como objetivo conhecer a realidade dos avós no contexto dos processos judiciais de promoção e proteção, aquando da aplicação da medida de apoio junto de outro familiar na pessoa dos avós, e segundo a perspetiva de profissionais com um papel de intervenção e decisão nestas situações. Neste estudo participaram 37 técnicos de diferentes Comissões de Proteção de Crianças e Jovens que responderam a um questionário, e dez juízes de Direito pertencentes a seis Tribunais de Família e Menores que participaram numa entrevista. Foram também consultados 38 processos judiciais individuais. Os resultados da análise qualitativa demonstram que, de forma geral, a medida de apoio junto de outro familiar decorre da situação de perigo em que se encontrava a criança na sequência do comportamento negligente dos pais; que os avós, ainda antes de assumirem a responsabilidade dos deveres parentais, já ocupavam um papel preponderante dentro da família; e que os avós favorecem bons hábitos alimentares, de saúde, de proteção afetiva e emocional. Dada a importância que os avós podem ter enquanto fator de proteção dentro destas famílias, urge a necessidade de aplicar junto dos pais, avós e netos, programas e ações de intervenção no âmbito da educação parental, sendo imprescindível e urgente que se regulamente e se implemente o Programa de Educação Parental, previsto na LPCJP desde 1999.
- Bairros sociais : resiliência, autoconceito e autoestima em jovens adolescentesPublication . Gomes, Telma Sofia Matos; Amante, Maria João; Fonseca, SusanaOs conceitos em estudo, resiliência, autoconceito e autoestima, são três constructos que avaliam a capacidade dos jovens de ultrapassarem obstáculos, conhecendo-se e autoavaliando-se. Este estudo procura conhecer os níveis de resiliência, autoconceito e autoestima, de jovens pertencentes a bairros sociais e perceber se existem diferenças nestes constructos em função do tempo de pertença dos jovens ao bairro social. A amostra é constituída por 12 jovens adolescentes residentes em bairros sociais, dos quais 6 não viveram sempre no bairro. As idades dos participantes situam-se entre os 13 e os 18 anos, sendo que 58,3% são do género feminino e 41,7 % são do género masculino. A amostra está ainda dividida por bairros, em que 50% pertence ao bairro A e 50% ao bairro B. Para a análise de dados foi utilizado o programa SPSS para o Windows, versão 23. A existência de diferenças significativas na resiliência, autoconceito e autoestima em função do tempo de pertença ao bairro não se confirmou.
- Dependência a videojogos e a perceção de satisfação com o suporte social em adolescentesPublication . Almeida, Maria João Claro de; Amante, Maria João; Sargento, JoséNos últimos anos tem-se assistido a uma evolução vertiginosa da tecnologia e as novas gerações fazem uso constante de dispositivos eletrónicos e da internet, com diversas finalidades, entre elas a comunicação e o entretenimento. Os videojogos, sobretudo o jogo online, são hoje uma das atividades preferidas dos jovens. Apesar de vários aspetos positivos associados a esta atividade, nomeadamente o desenvolvimento cognitivo e até a interação social, ela não está isenta de riscos, como o desenvolvimento de dependência a videojogos, já considerada uma doença mental pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Vários estudos mostram o impacto negativo que os videojogos podem ter no ajustamento psicossocial, comportamento e socialização de crianças e adolescentes. De facto, a relação estabelecida com a tecnologia pode interferir com a qualidade dos relacionamentos e vice-versa. O suporte social assume um papel fundamental no desenvolvimento e bem-estar dos adolescentes, sendo o apoio da família e o apoio dos amigos particularmente importantes para uma adaptação bem-sucedida a esta fase do ciclo de vida. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo estudar a relação entre o grau de dependência aos videojogos e a perceção de satisfação com o suporte social em adolescentes. A amostra é constituída por 135 estudantes do 3º ciclo e ensino secundário, de um agrupamento de escolas da região centro, inquiridos através de um questionário sociodemográfico, da Escala de Satisfação com o Suporte Social (Ribeiro, 2011) e da Portuguese Internet Gaming Disorder Scale – Short-Form (Pontes & Griffiths, 2016). Os resultados deste estudo revelam que existe uma relação entre a dependência a videojogos e a satisfação com o suporte familiar, que são os adolescentes do sexo masculino que apresentam maior grau de dependência a videojogos e que as retenções no percurso escolar não estão correlacionadas nem com os comportamentos de dependência a videojogos nem com a perceção de satisfação com o suporte social.
- As Dimensões das relações interpessoais na inclusão de um aluno com NE no ensino regularPublication . Cruz, Cristina da Fonte; Amante, Maria João; Fonseca, SusanaA inclusão tem sido legislada por diversos países, incluindo Portugal. Os princípios defendem que todas as crianças/ jovens devem aprender juntos, referindo inúmeras vantagens da inclusão dos alunos com Necessidades Especificas (NE). Porém, paralelamente também se têm levantado algumas barreiras neste âmbito, nomeadamente no que diz respeito às relações interpessoais das crianças/jovens com NE e sem NE. O presente estudo visou perceber os métodos utilizados pelo professor de Educação Especial na inclusão de um aluno com NE na turma regular, identificar as lacunas existentes na legislação, bem como identificar oportunidades de melhoria. O presente estudo contou com uma amostra de 13 sujeitos a frequentar o 5º ano do ensino regular, com idades compreendidas entre os 11 e 12 anos, sendo 7 do género feminino e 6 do género masculino. Além destes, um professor de Educação Especial, do género masculino, com idade de 38 anos, e uma professora de uma unidade curricular, do género feminino com idade de 40 anos. Os resultados obtidos permitem-nos concluir que as relações interpessoais são benéficas, trazendo vantagens para ambos os intervenientes, e que atualmente as escolas detêm alguma autonomia face à implementação de métodos e técnicas de abordagem em relação às NE. Contudo foi possível verificar a existência de lacunas na legislação, essencialmente a não obrigatoriedade de formação especializada para os auxiliares e professores das unidades curriculares. No que respeita aos resultados do teste sociométrico não se verificam rejeições face à criança/jovem com NE no contexto escolar.
- Filhos do divórcio : "quando os meus pais se divorciaram"Publication . Pedro, Ana Luísa Morgado Vaz; Martins, Emília; Amante, Maria JoãoAtualmente assistimos a uma multiplicidade de estruturas familiares, sendo cada vez mais frequente o processo de divórcio, podendo o mesmo desencadear em todos ou parte dos membros da família, dificuldades tais como a adaptação à nova forma de vida. O presente trabalho consiste num projeto de uma pesquisa qualitativa, tendo como amostra adultos, filhos de pais divorciados, procurando com o mesmo perceber qual a perceção dos mesmos face ao divórcio dos pais, ocorrido na sua infância. Pretende-se com esta investigação entender como os filhos avaliavam as mudanças que ocorreram nas suas vidas após a separação dos pais, especialmente no que diz respeito ao relacionamento entre pais e filhos. Para tal, serão realizadas entrevistas individuais semiestruturadas com filhos de pais divorciados, com idades compreendidas entre os 21 e os 64 anos de idade. Foi realizado um teste-piloto ao guião da entrevista e da análise exploratória dos dados percebemos que para alguns entrevistados, inexplicável para outros, a separação dos pais trouxe desdobramentos vistos como desagradáveis por alguns filhos. Deste estudo espera-se retirar algumas implicações para a prática clínica, no que diz respeito ao trabalho com famílias que atravessam uma fase de separação conjugal, para que da mesma advenham as menores consequências possíveis.
- O impacto da institucionalização no desempenho académico no 1º ciclo do ensino básico : a perceção dos futuros professoresPublication . Martins, Filipa Daniela dos Santos Ferreira; Amante, Maria João; Fonseca, SusanaResumo O presente relatório final de estágio foi elaborado no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico e inclui duas partes distintas. A primeira parte incide numa reflexão crítica sobre as Práticas de Ensino Supervisionadas, no segundo e terceiro semestre desta unidade curricular. Esta reflexão abarca a caraterização dos contextos, a análise das práticas concretizadas e a análise das competências e conhecimentos profissionais desenvolvidas durante o percurso da Prática de Ensino. Na segunda parte do trabalho, efetuámos uma investigação, tendo como instrumento de recolha de dados, o inquérito por entrevista, que se enquadra no âmbito do paradigma qualitativo. Foi elaborado um guião de entrevista semiestruturado, tendo por objetivo conhecer, analisar e compreender as perspetivas dos futuros professores do 1º CEB relativamente ao desempenho académico de crianças institucionalizadas. O estudo teve como amostra um total de 10 alunos do curso de Mestrado em Educação Pré-escolar e Ensino do 1º CEB, sendo que os 10 alunos eram do sexo feminino com idades compreendidas entre os 22 e os 42 anos. Os resultados permitiram concluir que, para os futuros professores do 1º Ciclo do Ensino Básico, fatores relacionados com as carências afetivas, psicológicas, emocionais, familiares e ainda a singularidade de cada criança são aspetos condicionantes que provocam diferenças acerca do desempenho escolar entre crianças institucionalizadas e crianças em contexto familiar. Relativamente às dificuldades sentidas em relação às áreas de conteúdo, as conclusões recolhidas incidem em duas áreas, a de Português e em nenhuma área. Em torno das razões das dificuldades evidenciaram-se as vivências e história/experiências de vida de cada uma das crianças institucionalizadas. Por último, no que diz respeito a estratégias de ensino salientaram-se as estratégias gerais de intervenção de acordo com as necessidades da criança.
- O impacto dos rituais de acolhimento na integração das crianças/jovens nos lares de infância e juventudePublication . Serra, Ana Filipa Bouça Nova; Amante, Maria João; Fonseca, SusanaRESUMO Ao longo dos tempos as crianças têm adquirido outro papel na sociedade. Com o seu novo estatuto tornou-se fundamental a criação de medidas e respostas adequadas a cada situação que promovessem o seu bem-estar e desenvolvimento. O acolhimento em instituição, nomeadamente em Lares de Infância e Juventude é uma medida de promoção e proteção e é a que tem mais expressão em Portugal. Ter um bom acolhimento institucional é fundamental para a permanência da criança/jovem nos lares. Este projeto tem como objetivo conhecer o impacto dos rituais de acolhimento na integração da criança/ jovem na instituição. Apostámos assim por uma investigação qualitativa, com uma amostra constituída por técnicos e crianças/jovens de um Lar de Infância e Juventude tendo sido utilizado como instrumento de recolha de dados a entrevista semiestruturada. Foi realizado um estudo de caso e pela análise exploratória dos dados percebemos que os técnicos consideram fundamental os rituais de acolhimento. Da análise das entrevistas das crianças/jovens, salienta-se a importância das colegas para a sua integração, referindo no entanto, o bom trabalho realizado pelas técnicas.
- Implementação de um programa de treino de competências sociais no âmbito da prevenção de atitudes (anti)sociais em jovens adolescentesPublication . Correia, Sandra Maria Lopes; Fonseca, Susana; Amante, Maria JoãoA literatura tem evidenciado os programas de treino como uma importante estratégia para o desenvolvimento das competências sociais. Estes programas destinam-se prioritariamente a proporcionar um conjunto de experiências que, não tendo ocorrido naturalmente ao longo do ciclo vital, torna-se necessário ensinar ou desenvolver. O presente trabalho aborda a problemática dos comportamentos de risco nos adolescentes e a sua prevenção, sendo que o seu objetivo visou a implementação de um programa de Treino de Competências Sociais numa Associação do concelho de Viseu, com um grupo de jovens adolescentes, com idades compreendidas entre os quinze e os dezoito anos. Antes e após a implementação do programa procedeu-se à aplicação de um questionário adaptado por Matos (2011), que permitiu avaliar a eficácia da implementação do programa. Os dados recolhidos foram analisados recorrendo ao programa estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS versão IBM 23). Desta forma a frequência dos jovens neste programa contribuiu para a promoção das suas competências pessoais e sociais, proporcionando-lhes um desenvolvimento positivo nas relações que estabelecem com os outros e consigo próprio.
- Importância das competências socioemocionais no contexto da educação especial e inclusiva: Perceções de professores e educadoresPublication . Santos, Patrícia Raquel Miranda; Amante, Maria João; Fonseca, Susana“Todas as emoções são, fundamentalmente, impulsos para agir, planos iminentes para enfrentar a vida que a evolução incutiu em nós, a própria raiz da palavra emoção é motere, ou seja, o verbo latino “mover”, mais o prexifo “é-” para “dar mover para”, que sugere que a tendência para agir está implícita em todas as emoções (Goleman, 1997, p.28).” É no contexto escolar e na forma como ensinamos que se geram respostas emocionais, que nem sempre são positivas, neste sentido, é necessário refletir e criar espaços que promovam sentimentos de autoestima, satisfação pessoal e profissional (Day, 2004). Assim, o presente estudo de carácter exploratório emergiu da tentativa de conhecer as perceções dos professores e educadores sobre a relevância das emoções, no âmbito do trabalho pedagógico com crianças no contexto de educação inclusiva. Para a concretização do mesmo recorremos à metodologia de investigação qualitativa, que dadas as suas características interpretativas nos possibilitou dar resposta ao nosso problema de partida. Assim, o estudo teve como instrumento de recolha de dados a entrevista semiestruturada aplicada a um grupo de 12 professores e educadores dos quais oito eram professores, e quatro educadores de infância. A faixa etária deste grupo de docentes varia entre os 37 e 63 anos, o tempo de serviço varia entre os 5 e os 40 anos. No decorrer do plano de pesquisa e dos resultados recolhidos nas entrevistas, verificámos que as emoções primárias foram as mais referidas pelos docentes, tais como: alegria, tristeza, medo. Percebemos que os docentes preferem trabalhar as emoções positivas em detrimento das negativas. Identificamos ainda, que existe um défice de formação sobre as emoções e considerase essencial formar docentes reflexivos que aprofundem o seu conhecimento através de formação de educação emocional para uma melhoria no seu desempenho profissional. Com a evolução deste tema foi possível confirmar que é essencial promover os afetos, assim como concluir que é importante integrar atividades deste âmbito no dia a dia da criança proporcionando-lhe ferramentas essenciais para o desenvolvimento emocional equilibrado. Em suma, a expressividade das emoções depende da avaliação realizada sobre a informação que recebemos e que está diretamente relacionada, com nossos conhecimentos prévios, crenças, objetivos pessoais, perceção do ambiente.