Unidade de Enfermagem de Saúde Pública, Familiar e Comunitária (UESPFC)
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Browsing Unidade de Enfermagem de Saúde Pública, Familiar e Comunitária (UESPFC) by Sustainable Development Goals (SDG) "03:Saúde de Qualidade"
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- Avaliação e intervenção familiar em famílias migrantes : Contributo do enfermeiro de famíliaPublication . Balula, Telma Sofia Carreira; Bica, IsabelIntrodução: Nos últimos anos, Portugal tornou-se um destino cada vez mais atrativo para migrantes de diversas partes do mundo. Esta nova realidade apresenta desafios e oportunidades, tanto para população que é recebida como para a população que os acolhem. Para famílias migrantes com crianças pequenas, os desafios são ainda mais significativos, abrangendo áreas críticas como educação, integração social e saúde. Esses desafios podem afetar gravemente o seu bem-estar e dificultar a sua integração na sociedade portuguesa. Neste contexto, a Enfermagem de Saúde Familiar assume um papel fundamental na identificação de necessidades e na promoção de ganhos em saúde. Objetivos: O presente estudo teve como objetivos: avaliar as famílias migrantes à luz do Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF); identificar necessidades nas diferentes dimensões da estrutura e funcionamento familiar; e implementar planos de intervenção em Enfermagem de Saúde Familiar, construídos em colaboração com as famílias, culturalmente sensíveis e ajustados ao seu ciclo de vida. Métodos: Trata-se de uma investigação qualitativa, sustentada em quatro estudos de caso individuais com famílias migrantes acompanhadas por uma Unidade de Saúde Familiar (USF) integrada na Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões. A seleção das famílias foi intencional, tendo por base o respetivo ficheiro clínico. A recolha de dados decorreu em diferentes contextos (consultas presenciais, visitas domiciliárias e videochamadas), e recorreu a instrumentos como o MDAIF, Genograma, Ecomapa, Escala de Graffar, FACES II e a Escala de Risco Familiar de Segovia-Dreyer e de Garcia-Gonzalez. As áreas de atenção em destaque foram: Planeamento Familiar Não Eficaz, Papel Parental Não Adequado e Gravidez Não Adequada. Resultados: Os resultados evidenciam a eficácia do Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF) na prática de enfermagem centrada na família migrante. A abordagem colaborativa entre enfermeiro e família destacou-se como essencial para identificar focos de atenção, definir prioridades e implementar intervenções eficazes. A utilização de instrumentos como o Genograma, Ecomapa e escalas de avaliação familiar permitiu uma leitura holística e detalhada das dinâmicas familiares, facilitando planos de cuidados individualizados. O enfermeiro de família revelou-se peça-chave, promovendo educação, empoderamento e autonomia das famílias, mesmo perante os desafios inerentes ao processo migratório. A flexibilidade do MDAIF permitiu adaptar intervenções ao contexto sociocultural, reforçando a pertinência de uma abordagem culturalmente sensível. A análise evidenciou lacunas nos ficheiros familiares, sublinhando a importância de uma avaliação abrangente que contemple toda a rede familiar, incluindo membros não registados formalmente. Apesar das limitações do estudo (pequena amostra e contexto específico), os resultados reforçam o valor da intervenção sistémica e holística em enfermagem de saúde familiar, apontando caminhos para investigações futuras com amostras mais amplas e diversificadas. Conclusões: Este estudo reforça a importância de uma abordagem holística e sistémica da família na prática de Enfermagem de Saúde Familiar. Reconhecer a família como unidade dinâmica, com recursos, vulnerabilidades e contextos próprios, permite ao enfermeiro intervir de forma mais personalizada, culturalmente sensível e orientada para ganhos efetivos em saúde. A proximidade e o vínculo terapêutico estabelecido foram elementos-chave para o sucesso das intervenções e para a promoção da autonomia e da resiliência familiar. Palavras-Chave - Família, Migração, Enfermagem de família; Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar; Intervenção Familiar
- Capacitação para o uso do estatuto de cuidador informal : O papel do enfermeiro de saúde familiar no suporte às famílias com membros dependentesPublication . Valente, Daniela Sofia Sousa; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira de Azevedo eIntrodução: O processo de envelhecimento implica mudanças inevitáveis, influenciadas por diversos fatores biopsicossociais, afetando os idosos de forma imprevisível. O aumento da dependência leva a que os cuidados sejam assumidos pelos familiares mais próximos, tornando-os cuidadores. Esta responsabilidade tem impacto na dinâmica familiar, sendo necessário planear e implementar intervenções adequadas às especificidades da família. A introdução do cuidador informal é ainda desconhecida e cabe aos enfermeiros de família a capacitação dos cuidadores para a existência do mesmo. Partindo desta premissa foi realizado o presente relatório com a temática “Capacitação para o uso do estatuto de Cuidador Informal: o papel do Enfermeiro de Saúde Familiar no suporte às famílias com membros dependentes”. Objetivos: Avaliar as famílias segundo o MDAIF; identificar as necessidades das mesmas no que respeita ao estatuto do Cuidador Informal, intervir numa perspetiva sistémica para a capacitação das famílias, nos seus processos de desenvolvimento. Métodos: O presente estudo enquadra-se no projeto Family2Care aprovado pelo parecer de ética da ULS Viseu Dão Lafões. Foi utilizada como colheita de dados às cinco famílias a entrevista familiar sistémica bem como os instrumentos de avaliação familiar. Resultados: Em todas as cinco famílias havia um desconhecimento relativamente ao estatuto de Cuidador Informal, havendo assim uma necessidade de as capacitar, tendo assim duas das cinco famílias iniciado o pedido do estatuto. Conclusão: A proximidade e o conhecimento da família são elementos cruciais para o sucesso das intervenções aplicadas pelo enfermeiro de família, resultando em ganhos em saúde. Palavras-chave: Cuidador Informal; Capacitação; Enfermagem Saúde Familiar.
- Consulta de asma e doença pulmonar obstrutiva crónica nos cuidados de saúde primários : Capacitação da família para a gestão da doençaPublication . Clemente, Liliana Marisa Ramos; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira de Azevedo eIntrodução: A asma e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) são doenças respiratórias crónicas com impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas e das suas famílias. Requerem uma abordagem centrada na pessoa e no seu contexto familiar. A capacitação familiar nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) é fundamental para o autocuidado, adesão terapêutica e prevenção de agudizações (Pantelyat-Kamath & Smith, 2025). Objetivo: Avaliar as famílias com elemento portador de DPOC e/ou asma; capacitar a família para a gestão da doença e analisar o impacto na melhoria da condição de saúde nas mesmas. Metodologia: Estudo de caso múltiplo de três famílias com um elemento com DPOC, integrado no projeto de investigação Family2Care. Recolha de dados realizada com recurso à matriz operativa do Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar, realizando-se, num primeiro momento, a avaliação familiar, seguida do planeamento das intervenções de enfermagem e a operacionalização das mesmas. Foram utilizadas a Escala de Apgar Familiar de Smilkstein e a Escala Family Adaptability and Cohesion Evaluation Scale (FACES II). Resultados: A avaliação de três famílias permitiu identificar a presença de desafios associados à gestão da DPOC por parte de um dos seus membros. Foi possível estabelecer diagnósticos de enfermagem centrados nas necessidades específicas de cada família, nomeadamente ao nível da sobrecarga do cuidador, gestão ineficaz do regime terapêutico e défices na literacia em saúde. As intervenções de enfermagem, planeadas e implementadas com base nos diagnósticos formulados, tiveram como foco a capacitação da família para a gestão da doença, a promoção de estratégias de coping, e o reforço da coesão e funcionalidade familiar. Observou-se uma melhoria na comunicação entre os membros da família, maior envolvimento no autocuidado do ente querido e uma perceção positiva relativamente ao controlo da doença. Deste modo, verificaram-se ganhos em saúde significativos, nomeadamente na literacia em saúde, na eficácia da gestão do regime terapêutico e na qualidade de vida percebida pela família, respondendo-se assim aos objetivos propostos de avaliação, capacitação e melhoria da condição de saúde. Conclusão: O estudo confirma a necessidade de se maximizar a capacitação das famílias de pessoas com DPOC, a gestão adequada dos sintomas e considerar as complexas e profundas questões psicológicas e sociais que a doença acarreta e as suas famílias enfrentam, o que torna viável a Consulta de Asma e DPOC nos Cuidados de Saúde Primários. Passavas-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica; Asma; Cuidados de Saúde Primários; Enfermagem de Saúde Familiar.
- O consumo de tabaco e o ambiente familiar : Prevenção e cessação em estudantes de enfermagemPublication . Sousa, Susana Marisa Mota Veiga de; Chaves, Cláudia Margarida Correia Balula; Pires, Sofia Margarida Guedes de Campos; Costa, Fernando José Gama daIntrodução: O consumo de tabaco constitui-se como um dos maiores desafios para a saúde mundial. Segundo a OMS (2017) afeta aproximadamente sete milhões de pessoas sendo uma das principais causas de morte na União Europeia. O início precoce do consumo associado ao ambiente familiar evidencia a necessidade da prevenção, cessação e consciencialização especialmente em futuros profissionais de saúde. Objetivo: Analisar comportamentos tabágicos entre estudantes do 1º ano do Curso em Enfermagem e a Influência Familiar; Identificar alternativas sociais de prevenção e cessação tabágica através do projeto NoSmokeStudents (NSS). Metodologia: A pesquisa desenvolveu-se em duas etapas. Na primeira, de natureza mista, foi aplicado um questionário a 86 estudantes para recolha de dados sociodemográficos, hábitos tabágicos, funcionalidade familiar (APGAR), dependência (Fagerström) e motivação para cessação (Richmond). Na segunda, qualitativa e participativa, envolveu 61 estudantes em metodologias colaborativas (World Café, Árvore de Problemas/Soluções e plataforma Mentimeter) com posterior análise de conteúdo. Resultados: A prevalência de consumo foi de 8,1%, com início na adolescência, motivada pela curiosidade. Verificou-se um baixo consumo diário, baixa dependência e fraca motivação para a cessação. Apesar do conhecimento dos riscos, observam-se lacunas face à legislação. A influência familiar foi identificada, sem significado estatístico. Emergiram seis categorias principais destacando-se estratégias inovadoras como apoio emocional, tecnologias digitais e gamificação. Conclusão: A iniciação ao consumo de tabaco relaciona-se com fatores sociais e emocionais. Estratégias de motivação assentes no bem-estar e apoio familiar associadas a políticas revelam-se fundamentais para a prevenção e cessação entre estudantes de enfermagem. Palavras-chave: Tabaco, Estudantes, Família, Prevenção, Cessação.
- Da avaliação familiar aos registos de enfermagem : A realidade de uma unidade local de saúdePublication . Galvão, Ana Rita Oliveira; Amaral, Maria Odete PereiraEnquadramento: A inclusão das famílias no processo de cuidados tornou-se uma prioridade, exigindo dos enfermeiros competências especializadas para realizar avaliações familiares precisas e implementar intervenções que suprimam as necessidades das famílias. Para garantir a continuidade dos cuidados, é necessário que os enfermeiros registem no processo familiar, todas as informações relevantes sobre a unidade familiar. Objetivos: Avaliar as atitudes dos enfermeiros face às famílias, conhecer a sua prática no âmbito da enfermagem de saúde familiar e a importância atribuída a essa prática e identificar a realização de registos em enfermagem de saúde familiar. Métodos: Estudo transversal analítico, com uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 64 enfermeiros a exercer funções em Unidades de Cuidados de Saúde Primários de uma Unidade Local de Saúde, sendo a maioria do género feminino (97,1%) e com uma média de idades de 49,03±8,515 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário online, com questões sociodemográficas e profissionais, a escala “A Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem – Atitudes dos Enfermeiros”, a escala “Perceção dos Enfermeiros da Enfermagem com Famílias” e questões sobre os registos de enfermagem. Resultados: Os enfermeiros que constituem a amostra apresentam como grau académico licenciatura (76,6%) e 31,3% detêm o título profissional de enfermeiro especialista. Têm em média 25 anos de experiência profissional e 21 anos de prática em contexto de cuidados de saúde primários e a maioria não tem formação na área de enfermagem de saúde familiar (67,2%). Demonstram atitudes de suporte em relação às famílias, contudo atribuem maior importância à enfermagem de saúde familiar do que na realidade a integram na sua prática diária. A maioria dos enfermeiros não realiza a totalidade dos registos sobre a família no SClínico (59,4%). Conclusões: Embora reconheçam a importância de integrar a família nos cuidados de enfermagem, ainda há desafios a ultrapassar para que os enfermeiros de família da Unidade Local de Saúde adotem uma prática de cuidados com foco na família. O contributo da enfermagem de saúde familiar é indiscutível porque impulsiona a que o foco dos cuidados seja a unidade familiar e em particular todos os seus membros, favorecendo o envolvimento e a harmonia familiar. Palavras-chave: Família; Enfermagem de Saúde Familiar; Atitudes; Avaliação familiar; Registos;
- Desafios do enfermeiro de família no cuidar de famílias imigrantesPublication . Alves, Ana Beatriz Pais Loureiro; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: A crescente diversidade cultural coloca novos desafios ao exercício profissional do Enfermeiro de Família, particularmente no cuidado a famílias imigrantes. Estas famílias enfrentam múltiplas barreiras no acesso e utilização dos serviços de saúde, o que exige dos Enfermeiros uma resposta culturalmente competente, sensível e centrada no indivíduo e família. Objetivo: Mapear a evidência científica sobre os desafios do Enfermeiro de Família no cuidar de famílias imigrantes, em contexto de Cuidados de Saúde Primários. Metodologia: Scoping review realizada conforme as recomendações do Joanna Briggs Institute. Pesquisa realizada nas bases de dados PubMed, CINAHL Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, MEDLINE Complete, B-On, Web of Science e no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. Os estudos identificados foram organizados no Rayyan®. Foram incluídos estudos publicados em português, espanhol e inglês e sem limite temporal. Dos 1383 estudos elegíveis, 13 foram incluídos na revisão. Resultados: Da análise dos estudos emergiram dois temas: barreiras aos cuidados de Enfermagem transcultural (barreira linguística; barreira cultural, religiosa e social; abordagem etnocêntrica dos Enfermeiros; desconhecimento da legislação associada ao acesso aos cuidados de saúde pelos Enfermeiros; baixa competência cultural dos Enfermeiros e falta de recursos humanos e materiais) e fatores facilitadores aos cuidados de Enfermagem transcultural (competências de comunicação; relação interpessoal Enfermeiro-família; práticas de Enfermagem orientadas para a família; desenvolvimento de competências culturais em Enfermagem; visão positiva da imigração; documentar os cuidados prestados em sistemas informatizados e presença de instituições de saúde culturalmente recetivas). Conclusão: A prestação de cuidados culturalmente competentes a famílias imigrantes representa um desafio crescente para o Enfermeiro de Família. É essencial investir na formação contínua em Enfermagem transcultural e na criação de ambientes de cuidados inclusivos e culturalmente sensíveis. Palavras-chave: Emigrantes e Imigrantes; Família; Enfermagem Familiar; Enfermagem Transcultural; Cuidados de Saúde Primários.
- Dilemas sobre os benefícios e os riscos da utilização da tecnologia em crianças : Uma scoping reviewPublication . Amaral, Patrícia da Silva; Chaves, Cláudia Margarida Correia BalulaIntrodução: As consequências do uso de tecnologias em crianças com idade até aos cinco anos, assume uma relevância indelével no âmbito da prática colaborativa de Enfermagem de Saúde Familiar e, ainda, face ao elevado número de crianças com excesso de horas de contacto tecnologias, sobretudo para fins recreativos. Objetivo: Mapear a evidência científica existente sobre as consequências/efeitos negativos e positivos do uso da tecnologia. Metodologia: Scoping review realizada com base nas recomendações metodológicas do Joanna Briggs Institute, seguindo as diretrizes PRISMA-ScR. A pesquisa foi efetuada nas bases de dados PubMed e CINAHL Complete, em 24 e 27 de dezembro de 2024. Do total de 1116 artigos recuperados, seis preencheram os critérios de inclusão e foram incluídos na revisão. Resultados: As evidências mostram que os efeitos do uso de tecnologia digital por crianças até aos cinco anos são diversos e dependem de fatores como o tempo de exposição, a qualidade do conteúdo, a supervisão parental e o equilíbrio com outras atividades. O uso excessivo pode ter consequências negativas no desenvolvimento cognitivo, social e físico das crianças, incluindo atrasos no desenvolvimento, dificuldades de atenção, problemas comportamentais e dependência de dispositivos, está relacionado com comportamentos sedentários, como a obesidade e défices nas competências sociais. Todavia, quando moderado e educativo, com supervisão dos pais, pode trazer benefícios para o desenvolvimento cognitivo e social. Conclusão: O estudo confirma que o Enfermeiro de Família deve capacitar as famílias para uma gestão equilibrada do tempo de ecrã, maximizando os benefícios e minimizando os riscos. Palavras-chave: Criança; Tecnologias digitais; Família; Enfermeiro de Família.
- Educação e envolvimento familiar no cuidado a idosos com risco de sarcopenia: O papel do enfermeiro de famíliaPublication . Marques, Célia Filipa Figueiredo; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira de Azevedo eIntrodução: A partir dos 60 anos há um aumento significativo do risco de sarcopenia nos idosos, doença que compromete significativamente o desempenho físico do indivíduo. Para a prevenção e tratamento desta condição, a nutrição é essencial na prevenção da evolução da sarcopenia em que é importante ter em conta a ingestão proteica do individuo e de que modo se relaciona com o aumento da função muscular bem como a prática regular de exercício físico. Objetivos: Avaliar as famílias que integrem membro idoso, com risco de sarcopenia. Identificar necessidades individuais e da família. Avaliar os ganhos em saúde resultantes das intervenções de enfermagem. Métodos: Estudo de casos múltiplos de famílias com idosos com risco de sarcopenia sustentado no Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar. Para a avaliação das três famílias foram desenvolvidas consultas no âmbito da Enfermagem de Saúde Familiar. Este estudo está inserido no Projeto Family2Care, com parecer favorável da Comissão de ética. Resultados: As intervenções realizadas, em parceria com as famílias, culminaram em ganhos em saúde para as mesmas e para os indivíduos, nomeadamente, nas áreas do Processo Familiar no estabelecimento de uma comunicação familiar eficaz, e no Papel do Prestador de Cuidados, nomeadamente conhecimento sobre o regime dietético (importância das proteínas no idoso) e regime de exercício na prevenção da sarcopenia no idoso e bem como a nível individual. Conclusões: A interação com as famílias é uma componente fundamental para a promoção da literacia em saúde bem como no fortalecimento do cuidado colaborativo a idosos com risco de sarcopenia. Palavras-Chave: Enfermagem de Saúde Familiar, Família, Envelhecimento, Sarcopenia.
- Enfermagem de saúde familiar e gestão terapêutica da DPOC : Capacitação da família no autocuidado da pessoa doentePublication . Seixas, Eunice José Carvalho Nogueira de; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira de Azevedo eA família, enquanto sistema dinâmico e complexo, passa por diversas transições ao longo do seu ciclo vital. A transição saúde – doença representa um dos maiores desafios, podendo comprometer o equilíbrio e o funcionamento familiar. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica constitui um dos principais desafios de saúde pública a nível global. Esta patologia afeta não só a qualidade de vida da pessoa doente, mas também a dinâmica familiar. O estudo tem como objetivos avaliar as famílias com membros portadores de DPOC; intervir nas famílias como unidade de cuidados, no que respeita às necessidades de gestão terapêutica identificadas; avaliar os ganhos em saúde para as famílias. A metodologia assenta numa abordagem qualitativa, recorrendo ao método de estudo de casos múltiplos, ao processo de enfermagem e ao MDAIF como referencial teórico. Foram realizadas cinco entrevistas a cada uma das famílias em estudo (quatro) para colheita de dados e respetivas intervenções de enfermagem. Foram cumpridos todos os procedimentos éticos. Resultados: As famílias em estudo apresentavam conhecimento não demonstrado na técnica inalatória. Após intervenção com base na capacitação do membro portador de DPOC e família verificou-se uma mudança no status. Obtiveram-se ganhos em saúde, nomeadamente na participação da família na administração da medicação inalatória e nas dinâmicas familiares. Conclusões: O MDAIF revelou-se um excelente instrumento de trabalho, permitindo sistematizar e orientar os cuidados de enfermagem à família. A abordagem sistémica da família revelou-se significativa, permitindo identificar necessidades familiares e desenvolver intervenções de capacitação, que impulsionaram mudanças positivas. Palavras-Chave: Enfermagem Familiar, Saúde da Família, Autocuidado, Cuidados de Saúde Primários
- O enfermeiro de família e a multiculturalidade : Desafios das famílias imigrantes no acesso aos cuidados de saúde primáriosPublication . Pais, Joana Borges; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: O presente relatório tem como propósito apresentar as atividades realizadas e as competências adquiridas durante o estágio na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados Juiz de Fora. Dado o elevado número de famílias imigrantes registadas em Portugal e na Unidade onde realizei estágio, tornou-se pertinente explorar as dificuldades que estas enfrentam no acesso e na utilização dos cuidados de saúde primários. Objetivo: Mapear a evidência científica disponível sobre os desafios das famílias imigrantes no acesso aos cuidados de saúde primários. Metodologia: Scoping review realizada com base nas recomendações metodológicas do Joanna Briggs Institute seguindo as diretrizes PRISMA-ScR. A pesquisa foi efetuada nas bases de dados PubMed, CINAHL Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, MEDLINE Complete, B-On, Web of Science e Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, em novembro de 2024. Do total de 3415 estudos identificados, 29 preencheram os critérios de inclusão, dos quais 9 foram incluídos na revisão. Resultados: Emergiram duas áreas temáticas: (i) Barreiras no Acesso aos Cuidados de Saúde Primários, com seis subtemas, Barreiras Linguísticas e Culturais, Barreiras Socioeconómicas, Barreiras Relacionadas com o Sistema de Saúde, Barreiras Geográficas e Estruturais, Barreiras Psicossociais e Emocionais e Barreiras Específicas para Grupos Vulneráveis, transversais à maioria dos estudos; (ii) Facilitadores do Acesso aos Cuidados de Saúde Primários que possui quatro subtemas, Estratégias Pessoais e Comunitárias, Medidas Institucionais e Políticas, Características do Serviço de Saúde e Infraestrutura e Acessibilidade. Conclusão: Os resultados revelam uma interseção complexa de barreiras que limitam o acesso das famílias imigrantes aos cuidados de saúde primários, mas também indicam facilitadores que podem atenuar essas dificuldades. Estes dados reforçam a necessidade de estratégias que promovam cuidados culturalmente sensíveis, garantindo um acesso mais equitativo e eficaz aos serviços de saúde. Palavras-chave: Emigrantes e Imigrantes; Família; Acessibilidade aos serviços de saúde; Cuidados de saúde primários
