ESEV - DCA - Artigo em ata de evento científico nacional
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Browsing ESEV - DCA - Artigo em ata de evento científico nacional by Author "Barroso, Paulo"
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- Arte e sociedade: comunicação como processoPublication . Barroso, PauloAo partirmos do binómio arte/sociedade subentendemos, antes de tudo, as áreas disciplinares onde se inserem cada um dos elementos em análise: a Estética e a Sociologia. Áreas que, por seu turno, são atravessadas por outras, tornando multidisciplinares os assuntos que abordam. Assumindo como claro este princípio, entendemos correcto falar do campo social e do campo cultural como pautados por modelos de comunicação que visam expressar a sociabilidade. Essas relações contribuem para determinar a dimensão social da arte ou o lugar da arte na sociedade (cf. READ, 1968: 175). Pretendemos explorar aspectos que devem ser contextualizados no âmbito disciplinar que designamos por Sociologia da Arte. Assumimos a pretensão de reflectir, pelo menos, ou descobrir e explicar, ambiciosamente: as relações entre a arte e o meio social; as condições sociais que tornam possível e influenciam a produção artística; o acento das circunstâncias materiais e sociais que condicionam a produção das formas artísticas; a discussão e reflexão do conceito de belo e das funções sociais da experiência estética.
- Comportamentos sociais de manifestação de fé no Algarve contemporâneoPublication . Barroso, PauloNo Algarve, milhares de pessoas manifestam colectivamente a fé, desde tempos ancestrais, através de comportamentos sociais, símbolos religiosos e rituais sagrados e profanos. Conservam, desta forma, uma tradição que é, também, uma forma de expressão da identidade local. Mediante a realização de festas religiosas que evidenciam a peculiaridade histórica, social e cultural quer da região quer das suas gentes, o Algarve tem também uma dimensão patrimonial tão enraizada como muitas vezes desconhecida. Como acontecimentos de envolvente simbolismo e de multifacetada expressividade de uma identidade local e colectiva, apesar de apresentarem denominadores comuns, as festas religiosas (não necessariamente patronais, de freguesia ou de paróquia) são fenómenos que caracterizam e determinam, principalmente, o património histórico-cultural do Algarve. Património também religioso e popular, que se traduz em momentos propiciadores, capazes de aglutinar indivíduos provenientes de diferentes locais, alguns distantes (como os emigrantes), em idênticos rituais de culto num espaço sagrado comum e mediante a partilha e compreensão acordada de símbolos. “Como enquadrar e compreender estes comportamentos sociais de manifestação colectiva de fé?” é a questão central, tendo por base o pressuposto de um património ideológico construído e, acima de tudo, intangível.
- Comunicação do culto e culto da comunicaçãoPublication . Barroso, PauloProcesso transmissor de mensagens entre agentes, a comunicação não se resume às formas verbais (orais ou escritas), mas alarga-se às formas não verbais (gestos, actos, comportamentos, atitudes, padrões culturais, interacções quotidianas, etc.). Eventos de expressivo significado, as romarias constituem palcos privilegiados para o estabelecimento de canais comunicativos entre os crentes e as entidades sagradas. Se, além das interacções quotidianas que preenchem o tempo profano, os crentes têm a oportunidade periódica de estabelecer interlocuções com as entidades sobrenaturais no tempo sagrado, mediante uma experiência religiosa resultante da participação na romaria, com este artigo pretendemos sublinhar o papel imperativo que, segundo uma abordagem antropológica da comunicação, os ritos comunicativos assumem para o culto quer da entidade quer da identidade da festa religiosa.
- Didáctica da Filosofia: Educação para a Autonomia da formação do PensamentoPublication . Barroso, PauloUma criança de seis anos pode ou não usar e compreender os conceitos abstractos de “liberdade”, “verdade” ou “justiça”? A resposta a esta questão pode, por um lado, ser orientada se tomarmos como exemplos as histórias infantis que as crianças conhecem, por outro, ser explorada se tomarmos a Filosofia como prática de aprendizagem básica para a formação e desenvolvimento de um pensamento correcto, crítico e criativo. Por exemplo, na história da Branca de Neve, de Jacob Grimm, uma criança pode ou não questionar se a Branca de Neve tem liberdade face às regras impostas pela sua madrasta. Uma criança de seis anos tem ou não capacidade para compreender a falta de liberdade da Branca de Neve dadas as circunstâncias oferecidas pela história? Já deve ter essa capacidade interrogativa da liberdade como bem supremo dos seres humanos, mas nas devidas proporções? O ensino da Filosofia nas crianças constitui, essencialmente, um projecto educativo que visa disponibilizar os instrumentos, métodos e modos de desenvolvimento do raciocínio e do pensamento. Através da prática do diálogo, do desenvolvimento cognitivo, afectivo e social das crianças e dos jovens, o programa explora as dimensões crítica, criativa, lógica, estética e ética, numa relação inevitável entre o pensamento, a linguagem e a acção. Quer o entendimento dos conceitos filosóficos (como “liberdade”, “verdade” ou “justiça”) quer a formulação e posterior resposta a perguntas do tipo “O que é a liberdade?” exigem a formação de um pensamento crítico, reflexivo e conceptual apurado, bem como a definição de critérios de valor e de juízo. Formar um pensamento crítico, reflexivo, lógico e normativo em crianças exige um programa curricular adaptado e acessível, de modo a tornar útil, no presente, métodos, ideias e questões de uma história da Filosofia com cerca de 2 500 anos. Um tipo de pensamento como este é facultado e estimulado pelo exercício da actividade filosófica. É precisamente este papel da Filosofia que é proposto como problemática a analisar, a discutir e a defender.
- A incomunicação da imagem: heterodoxia da publicidade no espaço público pós-modernoPublication . Barroso, PauloNo espaço público contemporâneo proliferam imagens publicitárias que formam uma retórica visual específica capaz de, enquanto estratégias de comunicação de massa, alterar o espaço e a percepção visual do mesmo e influenciar as formas de estar em sociedade. Formas de massificação, onde os discursos mediáticos revelam uma iconolatria e uma emergente convivência global. Coloca-se a questão da literacia mediática enquanto influência dos media sobre estilos de vida regularizados, i.e. disseminação de convenientes valores e práticas sociais uniformizadas. Nas sociedades modernas exige-se cada vez mais uma literacia universal, visual e comunicacional em detrimento de uma literacia para a auto-consciência como advogou Marshall McLuhan. Mais do que mensagens, exige-se o domínio de meios tecnológicos e digitais para a produção e reprodução social. O acesso e exposição aos novos media são facilitados, mas não tanto quanto o auto-reconhecimento da cidadania nos processos de transmissão de conhecimentos, competências, valores e práticas requeridos. As funções ideológicas dos media (da publicidade) sustentam a tese de que este espaço a) é o produto da aceleração moderna dos estilos de vida típicos de culturas de massa e b) consiste num estímulo para hábitos instantâneos, efémeros, imediatos e banais. Pretende-se: i) compreender as retóricas actuais e específicas dos media no espaço público; ii) indagar a iniciação cultural na compreensão da imagem publicitária enquanto protótipo e campo representação visual; iii) reconhecer a importância das imagens nas sociedades actuais. Através de uma perspectiva crítica, incide-se num problema de raiz: Como as imagens publicitárias constroem o imaginário colectivo e a memória/identidade no espaço público? Este espaço público é um território ideológico de manifestação de valores sociais e padrões culturais, campo da sedução onde a retórica das imagens publicitárias actua para a construção de um ecossistema de transmissão de ideologias.
- O primado do “homem-meio”: o legado ético da revolução coperniciana do self-mediaPublication . Barroso, PauloFace à mudança de modelo comunicacional e às valências dos novos media, importa indagar: a) O poder da informação aumentou ou diminuiu? b) Há uma maior ou menor responsabilização do papel do jornalista? c) Qualquer cidadão pode fazer de jornalista recorrendo aos self-media? A ascensão do sujeito-objeto ou homem-meio apaga o recetor e inverte os papéis do jornalista e do público (figurativamente comparável a uma revolução coperniciana: o primado do cidadão-jornalista ou “homem-meio”). Em conformidade com esta problemática, os objetivos desta proposta são: 1) analisar criticamente o atual campo dos media, designadamente as relações entre os agentes (emissor e recetor); 2) compreender o processo de mudança enquanto forma de identificar as características da sociedade da informação e as suas implicações na mediação com um mundo global, complexo e em mudança e que, por isso, exige novas formas de literacia e cidadania. Esta proposta tem um cariz eminentemente teórico, porque se funde nas perspetivas mais conhecidas e acuradas sobre a comunicação de massas (e.g. McLuhan, McQuail, Sartori ou Ramonet). Por conseguinte, não existe objeto empírico de análise nem caso de estudo, mas apenas um objeto de estudo reflexivo: os self-media. Considerando este âmbito teórico, bem como o objeto de estudo e os objetivos acima mencionados, a metodologia prima pela análise crítica: parte-se dos autores e estudos de referência para se interpretar o modo como os self media (extensões dos avanços tecnológicos e globais na comunicação e consequência da “Era de Emerec” idealizada por Cloutier na década de 1970) representam, por um lado, a forma de participação moderna individualizada (e não profissionalizada nem regulamentada) de novos atores nos processos de comunicação social (no espaço público/mediático e igualmente modificado), por outro lado, a forma de reconhecimento quer da própria construção mediática quer da construção de sentido da atualidade virtualizada.
- Religion, heteronomy and ethics of the intersubjectivityPublication . Barroso, PauloReligious experience is peculiar among all other experiences and it is eminently functional, because it presupposes forms of living and being, which have direct and immediate implications in human relations. Connoted with certain concepts and values (e.g. freedom of choice or goodness) religious experience tries to improve human relations. This is a recognizable role of religion either as a natural or cultural manifestation. Along with Ethics, human being has guidelines to choose forms of life, to think, to say or to do what it is convenient. There is a heteronomy of symbolic representation forms and human relations that are guided through them either by religion or Ethics. Therefore, the accurate use of freedom is always convenient. The purpose of this essay is to trace a path of mutual subjectivity, i.e. a desirable and ideal transition from an “individual I” provided by religious experience to a “social I” of what I call the mutual subjective ethicism. Religion and Ethics are a condition sine qua non to understand the heteronomy of ways through which there is a mutual subjectivity, allowing to operate the production and consumption ofsocial meanings and values.
- Romarias como ideologia e representação da identidade local: crenças e formação do património simbólico e popularPublication . Barroso, PauloNo concelho de Guimarães, milhares de pessoas “alimentam”, durante todo o ano e desde tempos ancestrais, a chama de uma tradição que é, também, a de uma identidade, mediante a realização de manifestações religiosas colectivas que evidenciam a peculiaridade histórica, social e cultural quer da região do Minho quer das suas gentes. Como acontecimentos de envolvente simbolismo e de multifacetada expressividade de uma identidade local e colectiva, apesar de apresentarem denominadores comuns, as romarias são fenómenos que caracterizam e determinam, principalmente, o património histórico-cultural de Guimarães. Património também religioso e popular, que se traduz em festas (não necessariamente patronais, de freguesia ou de paróquia), capazes de aglutinar indivíduos provenientes de diferentes locais, alguns distantes (como os emigrantes), em idênticos rituais de culto num espaço sagrado comum e mediante a partilha e compreensão acordada de símbolos. Como enquadrar e compreender este património ideológico e, acima de tudo, intangível?
- O triunfo do despotismo soft como maleita da modernidade ou o fracasso do jornalismo regional no desenvolvimento do AlgarvePublication . Barroso, PauloConsiderações sobre a forma como a produção jornalística reflecte ou não as mudanças estruturais na empresa jornalística e no espaço público regional em que se insere. A importância da constituição de um espaço de participação pública e a emergência de uma opinião pública regional crítica e de intervenção na res ("coisa pública").