ESEV - DCL - Resumos de eventos científicos não indexados à WoS/Scopus
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- Daniel da Silva e a Escola Naval no século XIXPublication . martins, ana patríciaSucessora da Academia dos Guardas-Marinhas, a Escola Naval foi criada em 1845 com o intuito de fornecer aos futuros oficiais de Marinha instrução teórica e disciplina militar adequadas que a Companhia dos Guardas-Marinhas não estava a satisfazer. Apesar das frequentes críticas ao curso ministrado pela Escola Naval, nomeadamente ao funcionamento em articulação com a Escola Politécnica de Lisboa, a primeira reforma do seu curso ocorreu apenas em 1864. Daniel Augusto da Silva (1814-1878), um dos mais importantes matemáticos portugueses do século XIX, foi Lente da Escola Naval desde a sua fundação até 1865, ano em que se jubila. A ligação que manteve com a Marinha Portuguesa reporta-se aos seus quinze anos, com a frequência do Curso Matemático da Academia Real da Marinha e, de seguida, com o ingresso na Academia dos Guardas-Marinhas. Completou a formação matemática na Universidade de Coimbra, donde saiu Bacharel em Matemática em 1839, com vinte e cinco anos. Regressou à Companhia dos Guardas-Marinhas e em 1845 foi nomeado Lente Substituto da Escola Naval. Passou a Lente Proprietário em 1848, lugar que conservou até à jubilação, três anos antes de se reformar. Mas já em 1859, com apenas quarenta e cinco anos, é considerado pela Junta de Saúde Naval, "incapaz de serviço activo". A carreira docente de Daniel da Silva, marcada por longos períodos de ausência por motivos de saúde, será um dos objectos desta comunicação. Procuraremos ainda caracterizar o curso ministrado na Escola Naval desde a sua criação até à primeira reestruturação em 1864, atendendo, entre outros aspectos, às disciplinas do plano de estudos, aos compêndios seguidos nas aulas e ao mérito dos seus Lentes.
- De copistas a leitores: representações da literária do olharPublication . Silva, Ana Isabel; Coelho, SandraA Literacia visual marca-se hoje no friso cronológico de forma sofisticada, ancora-se na compreensão e interpretação da imagem em documentos mediatizados, ou não, e cristaliza-se de formas várias. Dos alfabetos mais incipientes à decifração de mensagens pictográficas, da construção de imagens a partir de leitura, a criança enceta o processo de categorização do mundo de forma consciente e subscreve o que se denomina, também, de literacia crítica e, por isso, não ingénua. Esta comunicação pretende, assim, abordar representações do que se constitui a literacia do olhar ao nível da leitura e da escrita na literatura infantil. Pegando nesta, propomos esclarecer a passagem da literatura à literacia, ilustrando os pontos de contacto intrínsecos a ambas. Neste ponto propomos, ainda uma abordagem da literacia visual conferindo-lhe um carácter essencial e atribuindo-lhe a categoria de competência, passível de ser treinada através da leitura de imagens ao longo da escolaridade. Propomos, ainda, uma reflexão acerca do sentido da visão em toda a sua polissemia, promovendo-a não como o principal sentido, mas como aquele que se metaforiza, também, nas mundividências de copistas e leitores. Pensamos, assim, ter assumido este evento também como uma oportunidade para reflectir sobre leitura, literatura Infantil, interculturalidade e políticas culturais a elas associadas.
- E se eu fosse s/Surda, seria bilingue?Publication . Silva, Ana Isabel; Silva, LilianaSe eu fosse s/Surda, seria bilingue? Propomos uma visita à educação s/Surda promotora do bilinguismo fundado na mestria de duas línguas: a Língua Gestual Portuguesa (LGP) e a Língua Portuguesa (LP) na modalidade escrita. Sustentada em evidências das neurociências, pretende-se que capacite o aluno s/Surdo para a literacia emergente, redimensionando as suas mundividências na plataforma multilingue e multicultural. Abordar o bilinguismo para s/Surdos pressupõe perspetivá-lo de duas formas: por um lado, a escola propõe à criança o acesso a duas línguas em modos distintos, a LGP como L1, pressupondo ser a língua natural, e a LP, na vertente escrita, L2; por outro lado, abordar o bilinguismo para alunos s/Surdos é necessário considerar o reconhecimento da sua condição enquanto pessoa s/Surda. Este bilinguismo percorre o mundo da escola e o mundo da sociedade onde terá de ser efetivo o conhecimento de duas línguas bem como o reconhecimento desta minoria e desta forma de bilinguismo, pressupondo biculturalismo e processo de comunicação intercultural (Goldfeld, 2002:114). Rudser (1998:106) refere que o bilinguismo para que seja eficaz terá de ser exigente com a formação dos professores de línguas gestuais e a sua competência e proficiência nesta língua (Leigh, 2000:52). Aos professores de LP, requer-se uma formação específica em LGP. Só assim o bilinguismo parece ser eficaz, mas atualmente fomentado por intérpretes de LGP. Destacamos aqui a importância destes profissionais como mediadores de língua e de cultura. A perspetiva socioantropológica surge, assim, como ideologia que se rebela contra “colonialismo ouvinte” (Afonso, 2005:64) e que perspetiva o acesso à LGP, reivindicando o direito de ser educado com base no bilinguismo, permitindo o contacto com a cultura s/Surda e atingir níveis de desempenho em língua portuguesa na vertente escrita.
- What if I was d/Deaf? Would I be bilingual? Portuguese Sign Language deaf educators’ and Special education teachers’ vision about how to teach Portuguese Sign Language and Portuguese languagePublication . Silva, Ana IsabelWhat if I was d/Deaf? it’s a mental space built on the Cognitive Linguistic context which allows a look over the condition of being a deaf and how the categorization of the world is processed by the d/Deaf. Based on the socio-anthropologic and clinic-therapeutic’s paradigms we propose a visit to the d/Deafs’ education. We describe the urgency of a d/Deaf education that promotes the bilingualism anchored in two languages’ mastery: the Portuguese Sign Language (PSL) and the Portuguese Language (PL) in the written modality. Supported in neurosciences’ evidences, we intend that this education turns the d/Deaf student able to the emergent literacy, since the natural access to the PSL comes later than the access to the PL. What if I was d/Deaf would I be a bilingual? proposes the emancipation of the d/Deafs’ education, to which we think that also Language’s Teachers are determinant vectors in the promotion of the education, aiming the diversity. We found out that 74% of these professionals don’t recognize this idiom, making the d/Deaf almost invisible. From the 26% who knows the PSL, 56% consider this language as universal, no matter the existence of gesture languages formally recognized. What if I was d/Deaf would I be a bilingual? comes from the answers of PSL’s d/Deaf Educators/Teachers and Special Education Teachers to an interview: two different ways of conceptualizing the deafness and the evidence of being d/Deaf starting in the d/Deaf’s community and in the hearing’s community. If I was d/Deaf I would be a being in construction, a blending space, in which the PSL builds the world in a different way PL does. We underlined, in this assignment, what d/Deaf Educators/Teachers of PSL and Special Education Teachers consider being the meaning of teaching the PSL and PL to d/Deafs and listeners.
- Textual production in the knowledge-based society: The case of the future social educatorsPublication . Silva, Ana Isabel; Balula, João PauloThe PISA results have been shown the Portuguese student’s difficulties in what it concerns to the level of literacy development on the fifteen’s. After three years of schooling one part of these students begins the higher education and the needs of literacy in reading and written skills increase. On the other hand, the knowledge society demands from the youth and adults, the day-to-day, the capacity to read and use the information in multiple settings and with origin in several sources. To aim these ambitions and expectations we have been developing a program designed to support to increase competences’ levels in literacy on reading and written working with students of a future social educators from the School of Education course (First Cycle of Social Studies). One of the main aspects that are worked here is the elaboration of the introduction and the conclusion. These are the most revisited texts by the evaluators and we think the most underestimated ones by the students, which conceptions we tell from the answers to specific activities in what concerns textual production. In both introduction and conclusion the distribution of the information requires selection processes, organization and prioritization and not only the simple reproduction of the same contents. From the presentation of one activity developed with two classes of the first year (eighty students) we propose: a) to describe the evolution of the proposal structures conceptions for the introduction and for the conclusion of developed works in academic context; b) to describe the concept that these students reveal about the (academic) written skill; c) to determine what importance is given to the reflection about the written process in order to make it efficient, from the reflexive documents analysis produced by students. Therefore we intent implicate students in the literacy competences’ development in the Knowledge Society.
- A emancipação da Língua Gestual Portuguesa na plataforma multilinguePublication . Silva, Ana Isabel; Oliveira, Ana MariaA educação para a diversidade continua a ser redefinida à luz de diferentes paradigmas educacionais emergentes. Cabe nesta comunicação entender a LGP como uma língua minoritária, construtora de cidadania e de diversidade na plataforma multilingue europeia. Reflectiremos acerca da importância da comunidade surda na cultura de empowerment deste código linguístico visuo-espacial, cujo estatuto se inscreve num conjunto de documentos oficiais de natureza nacional e internacional, mas cuja consolidação se ancora ainda a (di)visões herdadas de mundividências co-construídas entre normo-ouvintes e surdos. Reequacionaremos esta dicotomia sublinhando o papel dos agentes educativos na construção de uma terceira margem (Zarate, 2003) almejando o cosmopolitismo.
- Zenith e a construção do espaço subjetivo em Babbitt, de Sinclair LewisPublication . Costa Lopes, Ana Maria; Ferreira, Zaida Maria PintoZenith, o lexema escolhido para designar o espaço onde decorre a ação do romance Babbitt, convoca, desde logo, imagens de bem-estar e progresso que a focalização do narrador (heterodiegético) aparentemente corrobora: “THE towers of Zenith aspired above the morning mist […] They were neither citadels nor churches, but frankly and beautifully office-buildings. The whistles rolled out in greeting a chorus cheerful as the April dawn; the song of labor in a city built it seemed for giants” (Babbitt 6). Por contraste com a cidade, supostamente robusta e vibrante de energia, como se de um organismo vivo se tratasse, o protagonista, George F. Babbitt, não ostenta qualquer grandiosidade: “There was nothing of the giant in the aspect of the man who was beginning to awaken on the sleeping porch of a Dutch Colonial house in that residential district of Zenith known as Floral Heights” (6). Na verdade, do ponto de vista físico, Babbitt assemelha-se a um bebé: “His large head was pink […] His face was babyish in slumber” (6). Inúmeras referências a uma fada-criança com quem Babbitt mantém, em sonhos, uma relação afetiva, corroboram a ideia de que o protagonista é uma personagem infantilizada. Considere-se ainda que o encontro com a fada- -criança ocorre habitualmente num jardim ou outro espaço próximo da Natureza e que, para além deste aspeto, existe habitualmente uma alusão ao mar. Conjugados, estes espaços remetem para um (re) nascimento e este para o ventre materno, um estádio de dependência anterior ao (re) conhecimento da subjetividade. Babbitt é pois uma espécie de não-sujeito, facto que o torna ainda mais vulnerável aos mecanismos de controlo da comunidade/sociedade. Importa lembrar, a este propósito, que instituições comunitárias como a Igreja, um partido politico, uma associação ou clube social, o clube de futebol, etc, funcionam como um espelho doutrinário ou ideológico, onde o sujeito vê uma imagem gestaltiana de um corpo com o qual se identifica, por ser composto por sujeitos que se assemelham a si próprio, concitando-o a anularse voluntariamente, para poder participar da força que inere ao Todo, seja Deus, a Nação, ou outros grupos/ corpos colectivos. O grupo transforma-se assim numa espécie de Éden, um espaço quase transcendental, onde o sujeito sente que está em segurança (Hinshelwood 74). A construção do espaço subjetivo de Babbitt está, pois, simbiótica e indelevelmente subordinada ao espaço social de Zenith, pelo que, quando do fecho da narrativa, o leitor conclui que a Babbitt apenas lhe resta projetar sobre o seu filho Ted os desejos que um espaço social omnipotente sempre o obrigaria a sublimar: “I´ve never done a single thing I´ve wanted to in my whole life […] Well, those folks in there will try to bully you and tame you down…Tell ‘em to go to the devil! […]. Don´t be scared of the family. No, nor all of Zenith. Nor of yourself, the way I´ve been. Go ahead, old man! The world is yours!“(Babbitt 319)
- Phonological awareness after Portuguese secondary schooling: some results and “challenges”Publication . Castelo, Adelina; Freitas, Maria João
- Representações literárias da educação formal e informal: possibilidades e inacabamentos em torno de Praeterita e A vida no céu – romance para jovens e outros sonhadoresPublication . Melão, DulceAtualmente as práticas educativas no âmbito da educação formal e informal têm sido objeto de particular atenção por parte da academia, tendo vindo a ser destacada a relevância das segundas para complementar/questionar as primeiras, num processo reflexivo potencialmente gerador de conhecimento. As representações literárias da educação formal e informal, na medida em que nos oferecem uma tela privilegiada para lançar sobre tais práticas um olhar mais atento, merecem, pois, particular atenção. Face ao exposto, nesta comunicação teremos como objetivos: (1) revisitar brevemente os conceitos de educação formal e não formal, encarando-os na sua multidimensionalidade; (2) refletir sobre o modo como em Praeterita, a autobiografia de John Ruskin e em A vida no céu - romance para jovens e outros sonhadores, de José Eduardo Agualusa, é representada a educação formal e informal e quais os múltiplos contornos de que se reveste; (3) indagar de que forma as duas obras poderão contribuir para uma reflexão sobre os atuais (desa)fios da Educação dos jovens enquanto espaço onde permanentemente circulam múltiplas e enriquecedoras leituras do mundo. Conclui-se que as duas obras possibilitam que lancemos um olhar renovado sobre a educação formal e informal e que os benefícios mútuos resultantes do seu possível cruzamento deverão continuar a ser explorados.
- Certificação de manuais escolares: estudo exploratório do caso português no início do século XXIPublication . Balula, João PauloApesar de se ter mantido ao longo de várias legislaturas, o processo de certificação de manuais escolares tem sofrido modificações, com frequentes adiamentos e alterações à sua regulamentação. A partir de um estudo de natureza exploratória, baseado numa análise documental, pretende-se avaliar o impacto do processo de certificação nos manuais escolares, em Portugal, tendo como ponto de partida a atividade desenvolvida por uma entidade acreditada para proceder à avaliação no âmbito da disciplina de Português do Ensino Básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos).