ESEV - DCL - Resumos de eventos científicos não indexados à WoS/Scopus
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- Articulando o português e a matemática através da literatura para a infânciaPublication . Menezes, Luís; Melão, DulceEste estudo assenta numa experiência de ensino realizada no âmbito da formação inicial de professores, no 1.º ano do mestrado profissionalizante, na unidade curricular (UC) “Linguagens e Representações em Português e Matemática” (LRPM). Esta UC, da área da docência Português e Matemática, funciona em articulação e está fundada em duas ideias fortes: (i) a análise e conceção de episódios de ensino de natureza problemática constitui uma forma poderosa de conduzir os futuros professores a construir o seu conhecimento pedagógico de conteúdo para ensinar; e (ii) a literatura para a infância constitui um contexto favorável à aprendizagem articulada de Português e de Matemática. Estas ideias levaram-nos a desenhar uma experiência de ensino em que se recorreu a três livros-álbum com potencial didático. Em todos os episódios, foi proposto aos formandos o roteiro seguinte:(1) analise o episódio e explique como daria continuidade à discussão; (2) tendo como base o episódio apresentado, identifique e aprofunde os conceitos envolvidos e repense a sua continuidade; e (3) compare as duas propostas. A partir desta experiência de ensino, procuramos compreender: (i) como os futuros professores desenvolvem o seu conhecimento pedagógico de conteúdo de Matemática e de Português; (ii) como integram e valorizam a literatura para a infância na construção do seu conhecimento. Utilizando uma metodologia qualitativa e interpretativa, recolhemos dados dos trabalhos escritos dos formandos, organizados em pequenos grupos, nos episódios desenvolvidos. Os resultados mostram que os futuros professores desenvolvem o seu conhecimento para ensinar Matemática e Português e valorizam a literatura para a infância como suporte dessa aprendizagem, reencontrando, concomitantemente, modos renovados de fruição na leitura.
- Certificação de manuais escolares: estudo exploratório do caso português no início do século XXIPublication . Balula, João PauloApesar de se ter mantido ao longo de várias legislaturas, o processo de certificação de manuais escolares tem sofrido modificações, com frequentes adiamentos e alterações à sua regulamentação. A partir de um estudo de natureza exploratória, baseado numa análise documental, pretende-se avaliar o impacto do processo de certificação nos manuais escolares, em Portugal, tendo como ponto de partida a atividade desenvolvida por uma entidade acreditada para proceder à avaliação no âmbito da disciplina de Português do Ensino Básico (1.º, 2.º e 3.º ciclos).
- O contributo dos manuais de Português para práticas de leitura literária - percursos de análise no 1.º Ciclo do Ensino BásicoPublication . Melão, Dulce; Silva, Ana Isabel; Amante, Susana; Castelo, Adelina; Matos, Isabel Aires; Balula, João PauloÉ reconhecido que o processo de avaliação e certificação dos manuais escolares implicou um conjunto significativo de mudanças na reorganização dos mesmos. Relativamente aos manuais de Português destinados ao 1.º CEB, tais mudanças repercutiram-se, sobretudo, no reajustamento dos domínios da Oralidade, da Leitura e Escrita, da Gramática e da Educação Literária. Tendo como quadro teórico de referência o cruzamento da reconceptualização da Educação Literária no Programa e Metas Curriculares de Português (2015) com o desenvolvimento de estratégias didáticas de ensino da compreensão na leitura, traçámos os seguintes objetivos: i) analisar o modo como as atividades propostas nos manuais promovem o cumprimento dos objetivos do domínio da Educação Literária em articulação com a compreensão na leitura; ii) compreender que repercussões terão tais opções para a reconstrução conjunta, de docentes e de alunos(as), de itinerários de leitura que possibilitem cultivar o gosto pela mesma. Relativamente às opções metodológicas, a nossa abordagem foi de natureza qualitativa, tendo sido selecionados três manuais do 1.º CEB adaptados ao Programa e Metas Curriculares de Português. Recorremos à técnica da análise de conteúdo para o estabelecimento de categorias a posteriori, de modo a podermos compreender que tipo de atividades os manuais privilegiam e quais as razões que subjazem a tal escolha. Concluímos que as atividades propostas, embora contribuam para a promoção da Educação Literária, se articulam, por vezes, de forma débil, com o desenvolvimento da compreensão na leitura, o que poderá repercutir-se nos itinerários de leitura partilhados em contexto escolar.
- Criação de narrativas multilineares como ferramenta de aprendizagem das línguas estrangeiras no ensino superior em PortugalPublication . Delplancq, Véronique; Costa Lopes, Ana Maria; Costa, Cristina Amaro; Coutinho, Emília; Oliveira, Isabel; Pereira, José; Lopez Garcia, Patricia; Gillain, Romain; Amante, Susana; Fidalgo, Susana; Relvas, Susana
- Daniel da Silva e a Escola Naval no século XIXPublication . martins, ana patríciaSucessora da Academia dos Guardas-Marinhas, a Escola Naval foi criada em 1845 com o intuito de fornecer aos futuros oficiais de Marinha instrução teórica e disciplina militar adequadas que a Companhia dos Guardas-Marinhas não estava a satisfazer. Apesar das frequentes críticas ao curso ministrado pela Escola Naval, nomeadamente ao funcionamento em articulação com a Escola Politécnica de Lisboa, a primeira reforma do seu curso ocorreu apenas em 1864. Daniel Augusto da Silva (1814-1878), um dos mais importantes matemáticos portugueses do século XIX, foi Lente da Escola Naval desde a sua fundação até 1865, ano em que se jubila. A ligação que manteve com a Marinha Portuguesa reporta-se aos seus quinze anos, com a frequência do Curso Matemático da Academia Real da Marinha e, de seguida, com o ingresso na Academia dos Guardas-Marinhas. Completou a formação matemática na Universidade de Coimbra, donde saiu Bacharel em Matemática em 1839, com vinte e cinco anos. Regressou à Companhia dos Guardas-Marinhas e em 1845 foi nomeado Lente Substituto da Escola Naval. Passou a Lente Proprietário em 1848, lugar que conservou até à jubilação, três anos antes de se reformar. Mas já em 1859, com apenas quarenta e cinco anos, é considerado pela Junta de Saúde Naval, "incapaz de serviço activo". A carreira docente de Daniel da Silva, marcada por longos períodos de ausência por motivos de saúde, será um dos objectos desta comunicação. Procuraremos ainda caracterizar o curso ministrado na Escola Naval desde a sua criação até à primeira reestruturação em 1864, atendendo, entre outros aspectos, às disciplinas do plano de estudos, aos compêndios seguidos nas aulas e ao mérito dos seus Lentes.
- De copistas a leitores: representações da literária do olharPublication . Silva, Ana Isabel; Coelho, SandraA Literacia visual marca-se hoje no friso cronológico de forma sofisticada, ancora-se na compreensão e interpretação da imagem em documentos mediatizados, ou não, e cristaliza-se de formas várias. Dos alfabetos mais incipientes à decifração de mensagens pictográficas, da construção de imagens a partir de leitura, a criança enceta o processo de categorização do mundo de forma consciente e subscreve o que se denomina, também, de literacia crítica e, por isso, não ingénua. Esta comunicação pretende, assim, abordar representações do que se constitui a literacia do olhar ao nível da leitura e da escrita na literatura infantil. Pegando nesta, propomos esclarecer a passagem da literatura à literacia, ilustrando os pontos de contacto intrínsecos a ambas. Neste ponto propomos, ainda uma abordagem da literacia visual conferindo-lhe um carácter essencial e atribuindo-lhe a categoria de competência, passível de ser treinada através da leitura de imagens ao longo da escolaridade. Propomos, ainda, uma reflexão acerca do sentido da visão em toda a sua polissemia, promovendo-a não como o principal sentido, mas como aquele que se metaforiza, também, nas mundividências de copistas e leitores. Pensamos, assim, ter assumido este evento também como uma oportunidade para reflectir sobre leitura, literatura Infantil, interculturalidade e políticas culturais a elas associadas.
- O desenvolvimento do Processo de Bolonha e a (re)construção da(s) literacia(s) – que pedagogia para a autonomia?Publication . Melão, DulceNo ensino superior em geral, e no âmbito do ensino politécnico em particular, debatemo-nos hoje com múltiplos e renovados desafios que se alimentam hodiernamente da necessidade de realizar práticas educativas que configurem a miríade de literacias exigidas no âmbito de uma cidadania ativa. Nesse sentido, os itinerários de trabalho autónomo e colaborativo que traçamos com/para os estudantes merece particular atenção, pelas suas possíveis repercussões no labor que futuramente desenvolverão. Nesta comunicação procuramos, pois, refletir sobre um conjunto de indagações entretecidas nas nossas práticas docentes, numa instituição do ensino superior politécnico, com sessenta estudantes inscritos na unidade curricular de Teoria da Informação e da Comunicação I (integrada no plano de estudos do curso de Comunicação Social, 1.º ano), no 1.º semestre do ano letivo 2013/2014, partilhando uma abordagem pedagógica apoiada na (re)organização do processo de ensino/aprendizagem, a partir dos conteúdos programáticos desta unidade curricular. Deste modo temos como objetivos: i) refletir sucintamente sobre as razões que nortearam a planificação e o desenvolvimento de tal processo; ii) apresentar algumas propostas de redimensionamento de práticas de ensino/aprendizagem que possam favorecer a consolidação do trabalho autónomo dos estudantes, bem como o trabalho colaborativo desenvolvido em sala de aula, tendo como ponto de partida a articulação entre a metodologia de ensino e a avaliação; iii) refletir sobre a autoavaliação realizada pelos estudantes no final da unidade curricular no que respeita ao trabalho levado a cabo, a partir da análise de conteúdo das suas reflexões individuais sobre o mesmo. Considerou-se adequada para este estudo uma abordagem de natureza qualitativa, sendo a opção pela técnica de análise de conteúdo de tipo exploratório entendida enquanto favorecedora do descortinar dos sentidos implícitos e explícitos que pudessem emergir das reflexões dos estudantes. Foi possível compreendermos que estes consideraram positiva a abordagem dos conteúdos programáticos ao longo das aulas, embora as modalidades de trabalho concretizadas em sala de aula tivessem constituído um desafio para alguns. Relativamente às modalidades de avaliação propostas, embora tivessem sido objeto de (re)negociação ao longo da abordagem desenvolvida, verificámos que o seu acolhimento foi menos entusiástico, possivelmente por exigir um exercício de autonomia que não realizariam de forma sistemática e habitual. Dados os resultados obtidos, espera-se que uma abordagem pedagógica com estes contornos, privilegiando a autonomia dos estudantes e a sua participação mais ativa no processo de ensino/aprendizagem, possa vir a ser realizada, no próximo ano letivo, com estudantes do 1.º ano do curso de Publicidade e Relações Públicas.
- E se eu fosse s/Surda, seria bilingue?Publication . Silva, Ana Isabel; Silva, LilianaSe eu fosse s/Surda, seria bilingue? Propomos uma visita à educação s/Surda promotora do bilinguismo fundado na mestria de duas línguas: a Língua Gestual Portuguesa (LGP) e a Língua Portuguesa (LP) na modalidade escrita. Sustentada em evidências das neurociências, pretende-se que capacite o aluno s/Surdo para a literacia emergente, redimensionando as suas mundividências na plataforma multilingue e multicultural. Abordar o bilinguismo para s/Surdos pressupõe perspetivá-lo de duas formas: por um lado, a escola propõe à criança o acesso a duas línguas em modos distintos, a LGP como L1, pressupondo ser a língua natural, e a LP, na vertente escrita, L2; por outro lado, abordar o bilinguismo para alunos s/Surdos é necessário considerar o reconhecimento da sua condição enquanto pessoa s/Surda. Este bilinguismo percorre o mundo da escola e o mundo da sociedade onde terá de ser efetivo o conhecimento de duas línguas bem como o reconhecimento desta minoria e desta forma de bilinguismo, pressupondo biculturalismo e processo de comunicação intercultural (Goldfeld, 2002:114). Rudser (1998:106) refere que o bilinguismo para que seja eficaz terá de ser exigente com a formação dos professores de línguas gestuais e a sua competência e proficiência nesta língua (Leigh, 2000:52). Aos professores de LP, requer-se uma formação específica em LGP. Só assim o bilinguismo parece ser eficaz, mas atualmente fomentado por intérpretes de LGP. Destacamos aqui a importância destes profissionais como mediadores de língua e de cultura. A perspetiva socioantropológica surge, assim, como ideologia que se rebela contra “colonialismo ouvinte” (Afonso, 2005:64) e que perspetiva o acesso à LGP, reivindicando o direito de ser educado com base no bilinguismo, permitindo o contacto com a cultura s/Surda e atingir níveis de desempenho em língua portuguesa na vertente escrita.
- E se eu fosse s/Surda? Implicações para a Educação BásicaPublication . Silva, Ana IsabelE se eu fosse s/Surda? é um espaço mental que permite um olhar sobre o que é ser s/Surdo e como se processa a categorização do mundo pela pessoa s/Surda. Descrevemos este matizado, revelando as conceções de surdez e da pessoa s/Surda a partir da dicotomia diferença – deficiência, atualizada pelos paradigmas sócio-antropológico e médico-terapêutico. Para tal, propomos uma viagem ao longo do friso cronológico, a partir do qual fazemos uma visita à educação de s/Surdos, às conceções, representações e estereótipos formados ao longo da História, da qual decorrem estigmas. Redimensionaremos uma reflexão sobre a educação s/Surda, promotora do bilinguismo fundado na mestria de duas línguas: a Língua Gestual Portuguesa (LGP) e a Língua Portuguesa (LP) na modalidade escrita. Esta educação, sustentada em evidências das neurociências, pretende capacitar o aluno s/Surdo para a literacia. A mediação para estes alunos não exige apenas o adulto, mas também a língua gestual em interação com a leitura e a escrita. As aprendizagens são feitas, maioritariamente, pela escrita, via secundária, sem aceder a via comum e primária, a expressão e compreensão oral. Recuperamos, neste contexto, que a literacia e a surdez se constroem na educação bilingue em curso para a educação de cidadãos s/Surdos, consubstanciada pela Educação Especial, da qual fazem parte o corpo do Intérprete, o do Formador de LGP e a família. É este o espaço de confluência de legislação e metodologias de ensino, apontando para a emergência da educação de s/Surdos, onde diferentes agentes participam de forma implicada na construção de uma didática, ainda neófita e, por isso, continente de dificuldades. Se eu fosse s/Surda, que intérprete de LGP seria o meu? Um tradutor? Que perfil de Formador de LGP seria o meu? Propomos descrever e refletir acerca do processo de emancipação do s/Surdo pela emancipação da LGP, refletindo sobre as implicações de ser s/Surdo na e para a Educação Básica, ao considerar os Professores [de língua(s) vetores determinantes na promoção da educação para a diversidade. O conceito de língua é, por isso, repensado e reconfigurado pela existência de línguas gestuais formalmente reconhecidas, corporizadas tridimensionalmente, mas que conservam o aluno s/Surdo ainda invisível. Se eu fosse s/Surda, seria um ser em construção, um espaço de amálgama, no qual a LGP constrói o mundo de forma diferente da Língua Portuguesa (LP). Se eu fosse s/Surda, que cenários de inclusão vivenciaria? Equacionaremos, aqui, cenários de inclusão na escola, na Educação Básica, sem “folclorizar” mundividências exóticas. E se eu fosse s/Surda? É a questão que enceta esta investigação. Findo este percurso, reequacionamo-la: o mundo sem s/Surdos, como seria?
- Educação, cidadania e intergeracionalidade: avós e netos na literatura para a infânciaPublication . Melão, DulceEducação e literatura entrelaçam-se num processo dinâmico de indagações múltiplas, instigadoras da liberdade. Em tempos de revisões sobre o tempo, tal processo ganha maior relevância, possibilitando repensar as relações intergeracionais através do acolhimento do texto literário, em distintos contextos. A literatura para a infância, mormente o livro-álbum contemporâneo, faculta-nos, através de percursos multifacetados, esteios que promovem essa reflexão. Nesta comunicação, tendo como recurso os livros-álbum A ilha do avô, de Benji Davies (2017) e À procura de ontem, de Alison Jay (2020), guiam-nos os seguintes objetivos: i) indagar modos de representação das relações intergeracionais e suas repercussões na criação de laços de empatia com os leitores; ii) refletir sobre os contributos dos livros-álbum selecionados para o redimensionar da educação para a cidadania enquanto geradora de reencontros com Outros, acolhendo-os; iii) rever o modo como os avós podem assumir um caráter versátil e multifacetado, partilhando caminhadas solidárias com os netos, repercutindo-se, mutuamente, nos percursos de ambos. O enquadramento teórico desta reflexão centra-se no papel atual da literatura para a infância na Educação, considerando a Estratégia nacional de educação para a cidadania (Ministério da Educação, 2017), em articulação com o Referencial de educação para o desenvolvimento – educação pré-escolar, ensino básico e ensino secundário (Torres el al, 2016). Concluímos que a fruição na leitura proporcionada pelos livros-álbum se plasma nos mo(vi)mentos de liberdade concedidos aos leitores, através das demoras na imaginação que ambos lhes oferecem. A relação feliz com os avós e harmonia daí resultante instiga cumplicidades que garantem a liberdade de sonhar, morada perene da intergeracionalidade que percorre, aqui, itinerários de ternura, instaurando a conciliação do texto literário com valores intemporais.