ESEV - DPCE - Capítulo em obra nacional, como autor
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- Animação para o bem-estar aos 100 anos de VidaPublication . Araújo, Lia; Ribeiro, OscarChegar aos 100 anos de idade é um patamar possível a um crescente número de pessoas. Apesar do interesse mediático sobre como lá chegar, pouca atenção tem sido dada ao modo como se vive esta fase e dias de vida. O objetivo deste estudo é analisar a associação entre as atividades ocupacionais (presentes e passadas) e a valoração de vida em centenários Portugueses. Os dados surgem no âmbito do PT100 – Estudo de Centenários do Porto e incluem 89 idosos com 100+ anos com capacidade cognitiva para responder a questões de autoperceção. A comparação entre as atividades do passado e do presente demonstra uma diminuição geral de execução de todas as atividades, sobretudo nas que decorrem fora do contexto domiciliar. As atividades religiosas surgem como as mais frequentes e importantes para o bem-estar. O seu significado foi analisado através de testemunhos dos próprios centenários, que revelam a importância destas atividades pelo propósito de vida que lhe está associado. Os resultados são interpretados à luz dos modelos de envelhecimento positivo, que enfatizam os recursos pessoais e as estratégias de adaptação como ingredientes a ser considerados na intervenção com os mais velhos.
- Apontamentos em torno da autodeterminação: da conceção às práticas no contexto escolarPublication . Xavier, PaulaO modelo de Qualidade de Vida tem vindo a merecer uma atenção crescente no contexto do apoio a pessoas com incapacidade intelectual/perturbação do desenvolvimento intelectual, desde logo nas respostas sociais destinadas aos adultos, mas também na escola, em linha com os preceitos da educação inclusiva. De entre as dimensões que constituem este constructo, esta análise irá incidir na Autodeterminação, começando por um enquadramento conceptual e prosseguindo com a apresentação de estratégias para a sua promoção no contexto escolar, com base na revisão da legislação e de trabalhos de investigação realizados em Portugal. Essa sistematização começará com a consideração do papel do contexto pré-escolar, estendendo-se até à possibilidade de prosseguimento de estudos para além da escolaridade obrigatória. Partindo do pressuposto de que o reconhecimento da importância da Autodeterminação é determinante para a adoção de práticas congruentes com a sua promoção, espera-se contribuir para a reflexão em torno da responsabilidade profissional nesta matéria.
- Bem-estar subjetivo e trabalho: Relevância da satisfação, sucesso e longevidade laboraisPublication . Fernandes, Rosina; Ferreira, Joaquim; Martins, EmíliaRESUMO Vários estudos têm apontado associações entre a satisfação com o trabalho e a satisfação com a vida (Ferreira et al., 2009). Embora menos estudados, também o sucesso profissional e a longevidade laboral se revelam cruciais neste âmbito (Herr et al., 2004; Lyubormsky et al., 2005). Procurou-se neste estudo, explorar a relação entre variáveis do bem-estar subjetivo (satisfação com a vida, afetividade positiva e negativa) e dimensões do domínio do trabalho (longevidade laboral, sucesso profissional e satisfação com o trabalho).Participaram 633 adultos de várias regiões do país (idade, 36.4±9.94) e de ambos os sexos (71%F e 29%M). Para além do questionário de caracterização sociodemográfica e ocupacional (satisfação, sucesso e longevidade laborais), foram aplicados instrumentos de bem-estar subjetivo (BES): Escala de Satisfação com a Vida (SV) de Simões (1992) e Escalas de Afetividade Positiva (AP) e Afetividade Negativa (AN) de Simões (1993). Realizaram-se análises descritivas e inferenciais (Pearson, p ≤.05).Verificaram-se correlações estatisticamente significativas entre as variáveis de BES. Também as dimensões laborais se revelaram estatisticamente correlacionadas entre si (exceto a satisfação com a longevidade). Encontraram-se associações estatisticamente significativas (p≤.01) entre: longevidade laboral e AN (r=.11); sucesso e SV (r=.30), também AP (r=.27) e AN (r=-.21); satisfação com o trabalho e SV (r=.41), também AP (r=.24) e AN (r=-.28). Vários autores confirmam estes resultados sobretudo relativamente à satisfação com o trabalho, entendida enquanto dimensão da satisfação com a vida (e.g. Robert et al., 2006). Revela-se fundamental alargar esta análise a outras dimensões com impacto no bem-estar dos trabalhadores, como o sucesso e a longevidade laborais. Atendendo à centralidade do trabalho na vida (que se pretende feliz) dos indivíduos, parece-nos crucial repensar a intervenção psicossocial nas organizações promovendo os aspetos positivos do funcionamento humano.
- Coma bem e faça escolhas saudáveisPublication . Araújo, Lia; Sousa, Odete
- "Como é que se diz agora?" Uma análise sobre Educação Inclusiva em PortugalPublication . Xavier, PaulaPartindo de interpelações do quotidiano da docência em cursos da área da Educação e Formação de Professores, o presente texto tem como objetivo revisitar alguns aspetos da implementação do regime jurídico da Educação Inclusiva em Portugal e, complementarmente, chamar à atenção para questões que se impõem à reflexão no quadro da contemporaneidade do sistema de ensino português. Nesse sentido, com base numa revisão da literatura com enfoque em documentos oficiais e estruturantes, são desenvolvidos três tópicos de análise: Inclusão para todos/as os/as alunos/as!; Como chegar a todos/as e cada um/a dos/as alunos/as?; Em que ponto estamos na implementação do regime jurídico da Educação Inclusiva em Portugal? Espera-se que esta análise se possa constituir como um contributo para a formação e desenvolvimento profissional neste domínio.
- Como regressar à normalidadePublication . Araújo, LiaOs últimos tempos têm sido particularmente desafiantes. A síndrome respiratória aguda grave coronavírus 2 (SARS-CoV-2), um novo vírus que causa a infeção por COVID-19, causou uma pandemia sem precedentes, que de forma mais ou menos significativa veio alterar a vida de todos. As pessoas mais velhas, devido à maior possibilidade de comorbilidades, como a hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes, doença respiratória crónica e doença renal crónica, são particularmente vulneráveis a contrair o vírus e a sofrer complicações graves, incluindo a morte (Shahid et al., 2020). O controlo da situação pandémica exigiu uma série de regras, que apesar de necessárias e eficazes, reforçaram a vulnerabilidade dos mais velhos pelas suas consequências ao nível do isolamento social, solidão e falta de acesso a recursos de saúde (Burlacu et al., 2021). A vacinação veio trazer um luz de esperança mas ainda há muitas incertezas sobre como regressar ao “novo normal”, nomeadamente por parte dos técnicos que intervêm com os mais velhos (Araújo et al., 2021). O Educador Social, por ser um profissional que a partir dos processos de aprendizagem promove melhores trajetórias pessoais mas também a transformação social, pode ter um contributo muito grande nesta fase de desafios e oportunidades que a pandemia fez surgir. Convido-vos a esta reflexão.
- Comportamentos aditivos numa amostra de estudantes do ensino superiorPublication . Gonçalves, Amadeu; Ferreira, Manuela; Campos, Sofia; Magalhães, Cátia; Cardoso, Ana Paula; Guiné, Raquel P. F.
- O conhecimento e o currículo: transformações, modos de pensar e significados futurosPublication . Figueiredo, Maria PachecoA discussão e o pensamento sobre o currículo são empreendimentos ligados ao futuro e ao desiderato de influenciar ou desenhar os contornos desse futuro. Ao definir um currículo, o conjunto de aprendizagens que uma sociedade considera que os jovens precisam de adquirir num determinado momento (Roldão, 2009), estamos a intervir no presente dos jovens mas também a delinear o seu (e nosso) futuro. Há medida que as sociedades mudam, respostas anteriores mudam, e torna-se necessário retomar as questões, revisitar decisões, redirecionar ou confiar no percurso construído. A escola, como instituição social, é chamada a participar enquanto uma das ferramentas essenciais quer de desenho quer de concretização dos futuros desejados. Mas é importante não esquecer o papel específico da escola e não deixar de o considerar em articulação com outras instituições e instâncias. Fazê-lo permite-nos descartar mandatos impossíveis, como Young nos alerta – a escola não consegue garantir emprego, não consegue sozinha garantir equidade e democracia na sociedade (2010a). Por outro lado, o seu mandato particular é insubstituível. Diferentes autores apresentam formulações do mandato social da escola, destacando uns aspetos em detrimento de outros mas incluindo dimensões de desenvolvimento pleno da pessoa, de integração na sociedade e continuidade desta, de construção de relações e de capacitação para a autoria, quer do ser pessoa quer de conhecimento. Integrar na sociedade os alunos com a sua história passada e esperanças futuras e contribuir para a concretização da pessoa via sentido crítico e criatividade implica garantir a todos o que precisam de saber para serem autores críticos do seu presente e vidas futuras imaginadas (Allsup, Westerlund, & Shieh, 2012). O mandato é, assim, triplo incluindo qualificação – conhecimentos e capacidades, socialização – tradições e práticas, e subjetificação – formação da pessoa na sua agência e liberdade (Biesta, 2014). Em qualquer formulação ou instância, a missão da escola encontra-se imbricada com o conhecimento e o currículo - esse corpo de saberes tidos como socialmente necessários quer à integração social quer ao desenvolvimento dos grupos e indivíduos (Gaspar & Roldão, 2007). A missão da escola concretiza-se, assim, como organizadora da passagem do currículo por profissionais especializados na função de fazer com que outros (que hoje são todos os cidadãos) aprendam um saber que socialmente se considera que lhes é necessário (Roldão, Figueiredo, Luís, & Campos, 2009). A distinção entre o saber que se ensina e o saber construído sobre o ensino, que permite saber ensinar, é crucial para entender a profissão docente, pois é na mediação entre o saber e o aprendente que a função do professor se estabelece e justifica (Roldão, 2005). Depois de séculos de experiência e produção pedagógica, reconhece-se a importância desta distinção, investindo-se na produção de conhecimento sobre como se ensina conhecimento. A escola representa, pois, acesso a conhecimento sendo simultaneamente local de produção de conhecimento. Essa é parte da sua força enquanto instituição que responde a um mandato tão complexo: a sua flexibilidade e capacidade de resolver problemas através da construção localizada e contextualizada de saber. Tentativas de centralização e de imposição de formas de organização e trabalho pedagógico obnubilam essa característica tão essencial da escola na sua relação com o conhecimento. Essa flexibilidade e resposta local não permitem, contudo, abordar todas as questões que se colocam à instituição escola e ao seu mandato social. O currículo é um direito de todos, de quem o aprende e da sociedade que dele depende para a sua continuidade. É, portanto, necessário discuti-lo e concebê-lo de forma participada e fundamentada. O seu impacto presente – o potencial transformativo e de alargamento de experiência e capacidades – tem de ser pensado em conjunto com um exercício de prova de futuro – apreciar a capacidade de continuar a ser de valor no futuro distante, não se tornando obsoleto. Dadas as múltiplas facetas do futuro, o empreendimento de definição das aprendizagens importantes, do conhecimento que apoia os futuros desejados, implica pensar a relevância do currículo em termos futuros e presentes. Na resposta a esta complexidade, a irredutibilidade do conhecimento volta a revelar-se: a maioria das discussões tornam-no o grande vilão, inerte e desatualizado, ou a pedra de toque, o núcleo central. Considerar estas questões com uma perspetiva histórica, que valoriza as tradições de investigação sobre o ensino, permite-nos apreciar como as discussões contemporâneas reproduzem, muitas vezes, debates antigos levados a cabo por outros intervenientes noutros contextos socio históricos mas que abordam as mesmas problemáticas e se baseiam em visões de mundo semelhantes. Reconhecer a historicidade dos debates implica, ainda, valorizar o legado ou herança teórica da Pedagogia, da Didática e do Currículo que consideramos urgente considerar na discussão contemporânea, evitando movimentos pendulares entre alternativas extremadas que apenas esgotam a complexidade prenhe de saber, de articulações e de reciprocidade (Figueiredo, 2013). Assumimos, assim, que discutir o currículo é discutir o conhecimento que nele deve constar mas considerando a visão de conhecimento que perfilhamos e a forma de o perspetivar no contexto específico do ensino. Neste texto, procuramos contribuir para esse duplo desiderato: uma visão de conhecimento como poderoso mas não monolítico baseada, entre outros aspetos, na sua relação com as práticas de produção de conhecimento pedagógico e curricular.
- Contributos do método Montessori à luz do atual enquadramento legislativo da educação inclusiva em Portugal: A intervenção com crianças com perturbação do espectro de autismoPublication . Gomes, Laura; Rodrigues, Ana; Pereira, Sara; Lima, Pâmela; Ribeiro, Esperança JalesSão analisados os contributos do método Montessori para a educação inclusiva e, neste sentido, é averiguada a existência de linhas convergentes com o quadro conceptual da legislação mais atual neste domínio, o Decreto_Lei n.º 54/2018 de 6 de julho, que procura garantir a igualdade de oportunidades e o pleno desenvolvimento de quem aprende. Exploram-se ainda os benefícios do referido método na intervenção socioeducativa orientada para crianças com perturbações do espectro do autismo.
- Cuidados à população centenáriaPublication . Ribeiro, Oscar; Araújo, LiaO presente capítulo insere-se no âmbito do “PT100 – Estudo de Centenários do Porto”, o primeiro estudo nacional e de base populacional sobre centenários em Portugal, e procura prover uma apreciação geral das suas principais características de saúde (doenças, capacidade funcional e estado cognitivo) e dos cuidados que lhe são prestados. Abrangendo os principais apoios formais e informais (familiares) ao nível social e de saúde, expõe, além de um perfil sociodemográfico global da população abrangida, as principais diferenças entre os centenários que residem na comunidade e aqueles que se encontram institucionalizados.