ESSV - UEMOG - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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Browsing ESSV - UEMOG - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri) by advisor "Coutinho, Emília Carvalho"
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- Benefícios e constrangimentos do envolvimento paterno no trabalho de parto e partoPublication . Antunes, Joana Gomes Vilaça Cardoso; Coutinho, Emília Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento - O envolvimento paterno no trabalho de parto tem suscitado o interesse de vários profissionais de saúde, nomeadamente dos enfermeiros obstetras, dado que os benefícios da presença paterna no contexto de parto ainda não são clara e totalmente assumidos por todos os profissionais. Por outro lado reconhece-se que o pai é o acompanhante ideal da grávida durante o trabalho de parto, pelo seu apoio e lugar que ocupa na tríade. Objetivos – Identificar os benefícios e constrangimentos do envolvimento paterno durante o trabalho de parto e parto. Método – Efetuada revisão integrativa da literatura sobre os “Benefícios e constrangimentos do envolvimento paterno durante o trabalho de parto e parto” nas bases de dados: PubMed, LILACS, SciELO, Repositórios Institucionais e Bibliotecas Digitais e EBSCO Host, elaborados entre 2000 e 2014. Selecionaram-se 19 artigos que obedeceram aos critérios de inclusão deste estudo. Dos 19 artigos selecionados, 4 são revisões sistemáticas da literatura, 13 são estudos qualitativos e 2 são estudos quantitativos. Resultados – Evidenciou-se um “novo” pai, que acompanha a grávida desde a gravidez, e que esteve presente no trabalho de parto. É dada grande relevância aos Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia, pelo seu papel na inclusão do pai na sala de parto e desmitificação de tabus. Após esta pesquisa constatou-se que, ainda há lacunas relativamente à presença do pai parto. São muitos os benefícios do envolvimento paterno no parto, mas ainda são visíveis constrangimentos por parte do pai relativamente ao contexto de parto. Conclusões - A presença do pai na sala de parto permite estreitar os laços mais íntimos, consolidando a união familiar e proporcionando bem-estar à grávida. Realça-se o papel dos profissionais de saúde na integração do pai na maternidade. Caminhamos para um contexto de parto mais alargado e do qual já não faz parte apenas a grávida e o seu filho, mas no qual o pai é também elemento chave de todo o processo. Palavras- chave: “Pai”, “Nascimento”, “Envolvimento paterno” e “Recém - Nascido”.
- Expectativas da mulher portuguesa e da imigrante relativas aos profissionais e sistema nacional de saúde, durante a gravidez, parto e pós-partoPublication . Rocha, Ana Maria Anjos; Coutinho, Emília Carvalho; Duarte, João CarvalhoA maternidade representa desde sempre um fenómeno difícil de ultrapassar. Trata-se de um evento marcante, complicado de superar, mesmo quando a mulher se encontra inserida no seu meio, quer ambiental, quer familiar. As dificuldades agravam-se quando a mesma se encontra longe do seu país de origem, deslocada do seu núcleo familiar e sujeita a uma língua estrangeira, como é o caso da mulher imigrante. Muitas vezes, geram-se obstáculos difíceis de transpor, com especial destaque para a comunicação, frequentemente pelo desconhecimento da língua do país recetor. No caso desta se encontrar grávida pela primeira vez, a ansiedade e o medo agravam-se, dificultando a sua adaptação ao ‘papel de mãe’. Surgem expectativas em torno da nova realidade que é a maternidade, na esperança de que tudo corra bem e de acordo com o imaginado, tendo em conta o que espera receber do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e dos profissionais que dele fazem parte. Para satisfazer as necessidades da futura mãe portuguesa e imigrante, é preciso conhecer aquilo que a mesma considera como fulcral para si e respetiva família, no sentido de serem desenvolvidas estratégias de ajuda facilitadoras do seu processo de transição, já por si dificultado no caso das imigrantes. Com base no exposto, este estudo tem como objetivos: identificar as expectativas da mulher portuguesa e da imigrante relativas ao Serviço Nacional de Saúde e aos profissionais de saúde, durante a gravidez, parto e pós-parto; identificar as expectativas concretizadas e as não concretizadas; identificar ações facilitadoras do processo de transição. O estudo realizado é de natureza qualitativa, do tipo exploratório-descritivo, com recurso à entrevista semiestruturada e análise de conteúdo de Bardin, com categorização do verbatim de oitenta e duas entrevistas, de mulheres imigrantes e portuguesas, suportada pelo QSR e pelo NVivo 10. Da análise dos dados emergem duas grandes categorias que são: ‘Expectativas da mulher portuguesa e da imigrante relativas ao SNS, durante a gravidez, parto e pós-parto’ e ‘Expectativas da mulher portuguesa e da imigrante relativas aos profissionais de saúde, durante a gravidez, parto e pósparto’. Na generalidade, as mulheres imigrantes revelaram ter mais expectativas acerca do SNS e dos profissionais de saúde do que as portuguesas, sendo que, tanto para umas como para outras, as expectativas concretizadas foram superiores às não concretizadas no que toca aos profissionais de saúde. Em relação ao SNS, quer para as portuguesas quer para as imigrantes, as expectativas defraudadas superaram em número de unidades de registo as que foram satisfeitas. Contudo, tendo em conta o número de fontes, as mulheres imigrantes satisfeitas superaram as insatisfeitas, passando-se o inverso em relação às portuguesas. Globalmente, o grau de satisfação pelos aspetos positivos parece superar em número de participantes e em número de unidades de registo a não satisfação percecionada nos aspetos negativos. Contribuiu para estes resultados, em grande escala, a proficiência no cuidar, revelada pela classe profissional de Enfermagem, reforçando a importância do seu papel em momentos de crise como facilitadores dos processos de transição. Palavras-chave: maternidade, imigração, expectativas, satisfação, transição.
- Parto na água em Portugal : experiência das mãesPublication . Gonçalves, Mariana Alves; Coutinho, Emília CarvalhoO parto na água é um modelo de assistência às mães/casais que priorizam uma experiência que respeita o parto espontâneo e natural, numa perspetiva de maior pro-atividade da mulher. É desta forma que o momento do parto constitui uma experiência que responde às necessidades, expectativas e satisfação materna. Partindo deste pressuposto, o presente estudo pretende avaliar a experiência vivida por mães que tiveram um parto na água. Desta forma, foram realizadas entrevistas a 13 mães dos distritos de Setúbal, Lisboa, Leiria e Porto de forma a perceber quais os benefícios que destacam desta experiência. Os testemunhos foram agrupados em 7 categorias, e estas em subcategorias. E face os resultados foi possível constatar que a maioria das mães refere como benefícios do parto na água o alívio da dor e a oportunidade de ver o filho nascer. Destacam ainda a importância do EESMO na promoção da adoção de estratégias não farmacológicas para o alívio da dor, da participação ativa da mãe no parto e menor intervenção do EESMO, e no respeito e proximidade demonstrados pelo mesmo. Salientam ainda a sua elevada satisfação sentida na experiência de um parto natural. Palavras-chave: Parto na água, parto natural, experiência, EESMO.
- A prática baseada na evidência : a amamentação como fator preventivo da depressão pós-partoPublication . Cunha, Marlene da Conceição Martins; Coutinho, Emília CarvalhoEnquadramento: É expectável que o pós-parto seja um período de alegria. Todavia, nem sempre é assim, já que pode ser um período marcado por momentos de tristeza, cansaço e desânimo. Reconhecendo as vantagens da amamentação para a saúde e bem-estar do recémnascido e da mãe, acreditamos que esta possa ser preventiva da depressão pós-parto. Objetivos: Obter a melhor evidência científica para compreender se a amamentação tem efeito preventivo na depressão pós-parto. Método: Foi efetuada uma revisão integrativa da literatura sobre a relação entre a amamentação e a depressão pós-parto através das bases de dados: EBSCO host, LILACS, PubMed, SciELO, Repositórios institucionais e Google Académico. Selecionaram-se quinze artigos que obedeceram aos critérios de inclusão deste estudo. Resultados: A maioria dos estudos identifica a amamentação como sendo preventiva da depressão pós-parto, destacando a importância da amamentação para a saúde mental da puérpera e consequentemente para a diminuição das hipóteses de desenvolver depressão pósparto. Cinco artigos identificam-na também como sendo um fator de risco e um estudo não encontrou uma associação clara entre a amamentação e a depressão pós-parto. Conclusões: São descritos vários benefícios da amamentação, os quais terão um efeito preventivo contra a depressão pós-parto. Uma mulher informada e apoiada acerca da amamentação será capaz de se sentir confiante no seu novo papel. É essencial um investimento constante por parte da equipa de saúde, iniciado durante o processo do planeamento do casal para a gravidez, e mantendo-se ao longo da gravidez, parto e pós-parto. Palavras-chave: “Amamentação”, “depressão pós-parto”, “prevenção”.
- Prevalência e determinantes do aleitamento materno em mulheres com esclerose múltiplaPublication . Leal, Daniela Miriam Pereira; Coutinho, Emília Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Desconhece-se a realidade portuguesa sobre a prática de aleitamento materno em mulheres com Esclerose Múltipla e os poucos estudos desenvolvidos internacionalmente ainda não facultam orientações consistentes aos profissionais de saúde. Objetivos: Quantificar a prevalência do aleitamento materno em mulheres com Esclerose Múltipla em Portugal e identificar os determinantes do aleitamento materno em mulheres com Esclerose Múltipla em Portugal. Método: Estudo transversal, quantitativo, analítico e correlacional. A amostra é constituída por mulheres com Esclerose Múltipla em Portugal, que tiveram pelo menos um filho após o diagnóstico de Esclerose Múltipla. Após autorização pela CNPD e respeito pelos procedimentos éticos, recorreu-se a protocolo de colheita de dados online, de 06/11/2015 a 02/04/2016, sendo rececionados 39 questionários. Resultados: Quantificando a prevalência do aleitamento materno aos 1, 3, 6, 12, 18, e 24 meses de vida da criança verificaram-se prevalências de 76,9%; 53,8%; 46,2%; 23,1%; 12,8%; e 2,6% respetivamente. Acresce que 15,4% das mulheres não amamentaram tempo algum. Analisando os determinantes que poderiam influenciar a prevalência do aleitamento materno, encontramos uma variável com significado estatístico: a intenção de amamentar numa futura gravidez (OR=11.2 IC95% 1.60-78.40). Conclusões: As mulheres com Esclerose Múltipla apresentam uma prevalência de aleitamento materno relativamente baixa quando comparadas com as mulheres que não apresentam esclerose múltipla. Estes dados constituem um primeiro contributo para se começar a conhecer o contexto português a este respeito. Contudo são necessários mais estudos que clarifiquem esta realidade e orientem a prática baseada na evidência por parte do enfermeiro de saúde materna e obstétrica. Palavras-chave: Aleitamento Materno, Esclerose Múltipla, Prevalência.
- Rastreio do cancro do colo do útero: O significado que lhe é atribuído pelas mulheresPublication . Almeida, Susana Maria Marques de; Coutinho, Emília CarvalhoEnquadramento: O cancro do colo do útero (CCU) assume um enorme impacto na saúde pública mundial, e particularmente nos países em desenvolvimento, uma vez que implica não apenas alterações significativas na qualidade de vida das mulheres, bem como gastos avultados em cuidados de saúde. No entanto, é sobre este tipo de cancro que mais se pode atuar em termos de prevenção e cura. O rastreio do cancro do colo do útero (RCCU) assume um papel fundamental em termos preventivos, uma vez que permite a deteção precoce de alterações celulares quais podem levar a formas de cancro altamente invasivas. Considerando a importância do RCCU realizámos um estudo do tipo não experimental, de natureza quanti/qualitativa, transversal, exploratório e descritivo os quais apresentamos separadamente. O estudo respeitou todos os princípios éticos ao desenvolvimento de estudos de investigação pelo que para além do pedido de autorização aos intervenientes através do consentimento informado foi obtida autorização pela Comissão de Ética da ULS da instituição envolvida no estudo (Região Centro de Portugal) Estudo Quantitativo Objetivos: Determinar o número de mulheres inscritas na Unidade de Cuidados Saúde Personalizados de Seia, com idade para realizarem RCCU, no triénio 2013-2015; Identificar a prevalência de não comparências à consulta de RCCU por parte das mulheres; Determinar a prevalência de casos positivos de CCU. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo: a população é constituída pelas mulheres inscritas numa UCSP de uma ULS da região centro de Portugal. A amostra não probabilística por conveniência é constituída por mulheres inscritas numa UCSP de uma ULS da região centro de Portugal que faltaram, pelo menos, a uma consulta de RCCU, e tem idade compreendida entre os 27 e os 64 anos de idade. Os dados relativos ao número de mulheres inscritas na UCSP em idade de rastreio (25-64 anos) foram obtidos a partir do Sistema de Informação Nacional dos Cuidados de Saúde Primários (SINUS), facultados pelo Serviço de Estatística, Planeamento e Apoio à Gestão (SEPAG) da ULS participante no estudo. Os dados da frequência à consulta de rastreio de cancro do colo do útero para determinação de prevalência de RCCU foram obtidos pela contagem dos resultados de citologia através dos ficheiros em suporte de papel existentes na respetiva unidade. Para a análise de dados foram tidos em conta os valores numéricos e percentuais para a determinação das prevalências, com recurso ao SPSS versão 24. Resultados: O estudo da UCSP revelou um decréscimo do número das mulheres (em idade de realizarem rastreio) que se apresentaram na consulta de RCCU no triénio de 2013-2015. Se em 2013 cerca de 16% das mulheres fizeram a consulta de RCCU, em 2015 a prevalência de presenças foi de apenas 11%. O estudo qualitativo realizado permitiu observar que os principais motivos que explicam a ausência das mulheres são pessoais (como a vergonha e o pouco à vontade com o médico do sexo masculino) e profissionais (incompatibilidade de horários e indisponibilidade do médico para convocar). Devido a estes constrangimentos, algumas mulheres recorrem ao setor privado para terem cuidados continuados, poderem escolher o médico que faz o RCCU, poderem escolher o horário da consulta e sentirem-se mais à vontade. Conclusões: Os indicadores de vigilância de saúde no que respeita ao RCCU na UCSP em estudo são altamente preocupantes por não cobrirem sequer um quinto da população inscrita nesta consulta. Estes indicadores devem ser motivo de reflexão não apenas por parte dos profissionais de saúde da Unidade de cuidados em causa, bem como pelas entidades competentes e reguladoras da saúde as quais deverão desenvolver planos de ação corretivos e de melhoria que assegurem cuidados de saúde de qualidade à população.Estudo Qualitativo Objetivos: Compreender o significado atribuído pelas mulheres à consulta de RCCU; Compreender a perceção das mulheres acerca do risco de cancro do colo do útero; Compreender o significado que as mulheres atribuem aos cuidados de enfermagem, dos quais são alvo na consulta de RCCU. Métodos: Para a recolha de dados convidámos 20 participantes que integraram a amostra do estudo quantitativo. A recolha de dados foi efetuada através de questionário, para a caracterização sociodemográfica, e por entrevista semiestruturada, para responder aos objetivos de investigação. As entrevistas decorreram num gabinete reservado na UCSP para esse fim. Para a análise qualitativa dos dados foram tidos conta os pressupostos apresentados por Bardin, com recurso ao NVivo versão 11. Resultados: Emergiram as seguintes categorias - Percepção das mulheres acerca dos fatores de risco de CCU; Percepção das mulheres sobre requisitos da prevenção de CCU; Significado atribuído pela mulher à consulta de RCCU; Motivos para não ir à consulta de rastreio do CCU; Atitudes da mulher perante a consulta de rastreio do CCU; Intervenções de enfermagem valorizadas pelas mulheres na consulta de rastreio CCU; Constrangimentos referidos pelas mulheres na consulta de enfermagem do RCCU; Expectativas das mulheres relativamente ao trabalho que deveria ser desenvolvido pelos enfermeiros na consulta de rastreio do CCU; Crenças das mulheres face ao género do profissional que realiza a consulta de RCCU; Sentimentos vivenciados pela mulher face à consulta de RCCU. Conclusão: São vários os motivos apresentados pelas mulheres para a não comparência à consulta de RCCU, estando os aspetos culturais na génese de diferentes perceções, decisões, comportamentos, atitudes e sentimentos vivenciados pela mulher. Pretende-se que a compreensão desta problemática capacite o enfermeiro e os profissionais de saúde em geral para a criação de condições adequadas e intervenções culturalmente sensíveis que se traduzam não apenas na adesão das mulheres à consulta de RCCU, mas que as mesmas sejam experiências agradáveis e de bemestar para a mulher/família/comunidade.
- A sexualidade da mulher casal durante a gravidez : Uma revisão integrativa da literaturaPublication . Severino, Susana Patrícia Santiago; Coutinho, Emília CarvalhoEnquadramento: A gravidez é caracterizada por várias transformações na vida da mulher/casal decorrentes de alterações fisiológicas, psicológicas, sociais, entre outras, com impacto no dominio afetivo e vivência da sexualidade. Ao enfermeiro, enquanto educador para a saúde, é reservado um papel de capacitação da mulher/casal na vivência da sua sexualidade. Objetivo: Compreender a evidência sobre a sexualidade da mulher/casal durante a gravidez. Metodologia: Foi efetuada uma revisão integrativa da literatura sobre a relação entre as transformações da gravidez e a sexualidade da grávida/casal. Os estudos integrantes foram pesquisados nas bases de dados PubMed, LILACS, SciELO e Google elaborados entre 2010 e 2017. Selecionaram-se 25 artigos que obedeceram aos critérios de inclusão deste estudo. Resultados: Da análise efetuada emergiram três grades categorias: Adaptação física do organismo materno à gravidez; Adaptação psicológica à gravidez; e Adaptação da sexualidade à gravidez. Nesta última categoria emergem a frequência sexual, a relação conjugal, a posição sexual, e com maior destaque os fatores que interferem no relacionamento sexual dos quais se realçam o desejo sexual, o autoconceito particularmente no que se refere à autoimagem, o medo de causar dano ao bebé, e a dor. Em alguns estudos o enfermeiro assume um papel importante na capacitação da mulher/casal, fornecendo informação e orientação, para que experienciem a gravidez de forma única e especial. Conclusão: A forma como o casal encara a sexualidade durante a gravidez decorre de múltiplas adaptações. A partilha mútua facilita a gestão das emoções que surgem com as alterações características da gravidez, seja a nível físico, emocional, social ou sexual. O enfermeiro, pela sua relação privilegiada com a grávida/casal, pode capacitá-la(os) para comportamentos de saúde e bem-estar. Palavras-chave: Gravidez, Sexualidade, Vivências.
- Violência na gravidez : Prevalência e alguns factores associadosPublication . Almeida, Fátima Susana Jesus; Coutinho, Emília Carvalho; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A violência doméstica contra as mulheres é uma situação que ocorre sobretudo no espaço privado familiar que pode ser infligida pelo companheiro/cônjuge. Este tipo de violência é considerado pela Organização Mundial de Saúde como um problema de saúde pública que tem repercussões ao nível da saúde da mulher em todo o ciclo vital, incluindo o gravídico-puerperal. Objetivos: Determinar a prevalência de violência doméstica na gravidez nas dimensões física, psicológica e sexual; Caracterizar as grávidas vítimas de violência doméstica; Identificar alguns fatores associados à violência doméstica durante a gravidez. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo, correlacional, utilizando uma amostra não probabilística de conveniência, constituída por um total de 852 puérperas, das quais 370 foram vítimas de violência doméstica segundo os critérios adotados pela escala modificada de prevalência, aplicada entre fevereiro e junho de 2012, em duas instituições de saúde públicas portuguesas, uma da Região Centro e outra da Grande Lisboa. Resultados: A caracterização da grávida vítima de violência: mulher imigrante (p=0,000), de outra raça/etnia que não a branca (p=0,000), solteira/divorciada/viúva (p=0,000), com habilitações literárias ≤ 9º ano (p=0,000), desempregada (p=0,000), multípara (p=0,021) e com um IMC antes da gravidez de pré-obesidade (p=0,003). Como fatores preditores encontramos o companheiro/cônjuge imigrante (p=0,000), com habilitações literárias ≤ 9º ano (p=0,000) e desempregado (p=0,000); rendimento mensal ≤ 1000 euros (p=0,000) e com bom índice de aglomeração (p=0,002); gravidez planeada (p=0,001), mas não vigiada (p=0,000). Como fatores protetores encontramos as grávidas e companheiros/cônjuges com o ensino Superior (p=0,000). A prevalência de violência doméstica na gravidez foi de 43,4% (incluindo os três tipos de violência). Com violência física ligeira encontramos 11,7%, moderada 3,2% e grave 7%; a violência psicológica ligeira 24,9%, moderada 2,9% e grave 15,4%; e a violência sexual ligeira 15,1%, moderada 3,1% e grave 1,4%. Conclusão: A prevalência de violência das grávidas pode ser tão elevada como a da população em geral. A violência psicológica foi a mais prevalente durante a gravidez e os fatores de natureza socioeconómicos revelaram-se importantes preditores de violência doméstica. Estes resultados obrigam-nos a repensar estratégias, de modo a serem implementados programas de intervenção adequados à detecção de vítimas de violência durante a gravidez. A determinação dos fatores associados de violência doméstica na gravidez é muito importante, pois o seu conhecimento por parte dos profissionais que contactam com a mulher no âmbito da vigilância de saúde materno-fetal, poderá permitir uma maior atenção aos sinais que possam surgir no decorrer dessas consultas. Palavras-chave: Violência domestica; Gravidez; Prevalência; Fatores associados.