ESSV - UECA - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
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Browsing ESSV - UECA - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri) by advisor "Costa, Maria da Graça Ferreira Aparício"
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- Atitudes face à sexualidade dos alunos do 3º ciclo do ensino básicoPublication . Teixeira, Daniela Alexandra Mendes; Nelas, Paula Alexandra Andrade Batista; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: Numa sociedade em crescente transformação de valores e padrões culturais, são inúmeros os desafios que se colocam aos adolescentes, em particular na área da sexualidade, e estes podem levar a adopção de atitudes e condutas sexuais com implicações na sua saúde. Objectivos: Identificar as atitudes face à sexualidade; analisar as relações existentes entre as atitudes face à sexualidade e as variáveis sócio-demográficas e as vivências da sexualidade e ainda identificar os factores determinantes que influenciam as atitudes face à sexualidade dos alunos do 3º ciclo das escolas do Concelho de Tabuaço e Fundão. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo-correlacional, explicativo e transversal, com uma amostra não probabilística por conveniência de 545 alunos (262 rapazes e 283 raparigas), idade média de 13,95 anos. O protocolo de avaliação inclui um questionário que permite fazer a caracterização sócio-demográfica e as vivências da sexualidade e ainda a Escala de atitudes face à sexualidade em adolescentes (Nelas, Silva, Ferreira, Duarte e Chaves, 2010). Resultados: Os principais interlocutores da sexualidade são os amigos (59,8%), secundado pela mãe (40,9%). Na amostra, 12,7% já teve relações sexuais, sendo que 43,1% iniciou-as aos 14 anos, com os rapazes a começarem mais cedo a prática sexual. A maioria (46,6%) apresenta atitudes favoráveis face à sexualidade e 40,4% atitudes desfavoráveis. Os alunos do sexo feminino, com 14 anos, que frequentam o 8º e 9º ano, residentes na cidade, que falam com a mãe sobre sexualidade e que ainda não iniciaram a actividade sexual apresentam atitudes mais favoráveis face à sexualidade. São factores determinantes das atitudes face à sexualidade o concelho, o sexo, a mãe, os amigos e o ano de escolaridade. Conclusão: Face aos resultados obtidos é essencial que os factores que influenciam as atitudes face à sexualidade sejam tidos em conta na implementação de programas de educação sexual no 3º ciclo do ensino básico. Palavras-chave: Alunos, Atitudes, Sexualidade, Educação sexual.
- Boas práticas nos cuidados ao coto umbilical : Um estudo de revisãoPublication . Luís, Sandra Paula Domingues; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: Os cuidados ao cordão umbilical foram ao longo dos anos considerados fulcrais e foram sofrendo mudanças consideráveis, muito ao sabor dos tempos ou experiência do prestador de cuidados. Objetivo: Identificar recomendações baseadas na evidência científica, de boas práticas nos cuidados de promoção da queda e prevenção da infecção do coto umbilical do RN. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura de estudos realizados nos idiomas português, espanhol e inglês, publicados posteriormente ao ano 2000, em bases de dados internacionais como a Medline, Cochrane, Scielo, B-on, Lilacs, Uptodate, American Academy of Pediatrics, Proquest, World Health Organization, com recurso a diversos descritores e operadores booleanos e recorrendo a dois revisores que avaliaram a qualidade dos estudos metodológicos. Resultados: Após avaliação crítica, foram excluídos 32 artigos e 14 incluídos, dos quais 11 de evidência A, 1 evidência B e 2 evidência D. Os outcomes mostraram a técnica dry care como a mais adequada nos cuidados ao coto umbilical, nomeadamente em países desenvolvidos onde a vigilância e os cuidados de saúde estão ao acesso de todos os indivíduos (Grau de Evidencia A). Esta técnica reduz ainda o tempo de queda do coto umbilical, quando comparada com a aplicação de solutos. Contudo, em regiões onde a taxa de infecção e mortalidade neonatal são elevadas, a aplicação de solutos, como a clorohexidina, é considerado o mais adequado, ainda que estes atrasem o tempo de queda do coto umbilical (Grau de Evidência A). Conclusões: Os enfermeiros devem procurar orientar a sua prática com base nas evidências científicas e tendo como suporte o estudo efectuado, recomenda-se o método dry care nos cuidados ao coto umbilical, ainda que este não seja o método tradicionalmente definido em todas as instituições. Palavras - Chave: cuidados ao coto umbilical, práticas de enfermagem, aplicação de solutos, dry care.
- Colheita de urina não invasiva em crianças: Revisão sistemática da literaturaPublication . Almeida, Andreia Catarina Coelho de; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEm pediatria, a colheita de urina deve respeitar os cuidados atraumáticos e a segurança da criança com vista à qualidade dos cuidados. O clean-catch (CC) tem sido recentemente descrito como método de colheita de urina para crianças que não controlam esfíncteres, não invasivo, para diagnóstico de ITU em detrimento do cateterismo vesical/punção supra-púbica (CV/PSP). Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com base nas orientações do Manual Cochrane 5.1.0 de Higgins & Green (2011) sobre estudos que comparam a taxa de contaminação da amostra de urina, entre o CC e CV/PSP. Foram selecionados estudos nas bases de dados: PUBMED, EBSCO, Web of Science e Scielo, com data de publicação entre janeiro de 2000 e junho de 2017 segundo os critérios de inclusão/exclusão previamente estabelecidos. Dois investigadores avaliaram a qualidade metodológica dos estudos. Resultados: Do total de 297 estudos foram incluídos dois Randomised Controlled Trial (RCT) que preenchiam os critérios de inclusão definidos. Num total de 117 amostras por CC e 122 obtidas por CV/PSP, verificou-se no primeiro estudo (Labrosse et al., 2016) que a taxa de contaminação do grupo CC era de 16% vs 6% para as colheitas por CV/PSP, enquanto no segundo estudo (Herreros, et al., 2015) foi de de 5% vs 8% para CC e CV respetivamente. Conclusão: Os resultados dos estudos são animadores. Contudo mais investigações precisam ser realizados para que este método revele evidência científica para a prática de enfermagem, dadas as limitações relacionadas com o número reduzido de estudos encontrados com qualidade metodológica para diagnosticar ITU por clean-catch, nas crianças que não controlam os esfíncteres Palavras-chave: Colheita de urina, recém-nascido, lactente, infeção do trato urinário.
- Conhecimento dos pais sobre alimentação infantil : relação com as caraterísticas sociodemográficas e estado nutricional da criançaPublication . Pinto, Luísa Pereira; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: As famílias têm grande influência na saúde das crianças, é importante que estas possuam conhecimentos para uma adequada alimentação dos seus filhos. Reconhece-se que as crianças devem ser ajudadas precocemente a desenvolver hábitos alimentares saudáveis, pois é na idade pré-escolar que os padrões básicos da alimentação são adquiridos e na idade escolar são consolidados. Objetivos: Classificar o estado nutricional da criança; analisar a influência das variáveis sociodemográficas no conhecimento dos pais sobre alimentação da criança; relacionar o estado nutricional da criança com o conhecimento dos pais sobre alimentação. Métodos: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional, realizado numa amostra não probabilística, por conveniência de 114 pais e crianças, mães com média de idade de 34,40 anos (Dp=5,777) e pais 36,50 (Dp=9,155). Das crianças, 56,1% tinham idade pré-escolar e 43,9% idade escolar, variando entre os 3 anos e 9 anos, (média= 5,53; Dp=1,93). Para a recolha de informação utilizou-se o questionário “Conhecimento dos Pais sobre Alimentação Infantil (QAI)” da autoria de Aparício, Nunes, Duarte e Pereira (2012). Para classificação do IMC, foi efetuada a avaliação antropométrica das crianças no jardimde-infância, escolas do 1º ciclo do ensino básico e nas consultas de vigilância de saúde infantil da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de um Concelho do distrito de Viseu e utilizados os pontos de corte do NCHCS (CDC, 2000) para a classificação do estado nutricional. Resultados: No global da amostra, 57,0% das crianças eram normoponderais, 16,7% tinham excesso de peso, 13,2% obesidade e 13,2% estavam em situação de baixo peso. Por grupo etário, apurou-se que 60,9% das crianças em idade pré-escolar eram normoponderais, com uma prevalência de excesso de peso de 17,2% (9,4% obesidade e 7,8% pré-obesidade) e 21,9% de baixo peso. Na idade escolar, 52,0% tinham peso normal, 46,0% excesso de peso (28,0% pré-obesidade e 18,0% obesidade) e 2,0% baixo peso. A caraterização dos conhecimentos sobre alimentação infantil revelou que 43,9% dos progenitores tinham conhecimentos suficientes, 30,7% bons e 25,4% insuficientes. Concluiuse haver relação entre os conhecimentos dos pais e a idade, escolaridade, profissão, residência e número de filhos. Os pais das crianças com peso normal apresentaram melhores valores médios no QAI e pelos resultados obtidos, inferiu-se que melhores conhecimentos conduzem a melhores atitudes na alimentação da criança. O modelo de regressão multivariada explica cerca de 9% da variância observada no fator regras alimentares e 23% no fator alimentação e saúde. Conclusões: Os resultados indicam que os conhecimentos dos pais sobre a alimentação da criança continuam insuficientes e associados ao contexto sociodemoráfico de desigualdades em saúde. Assim, torna-se importante promover o empowerment da família, podendo esta ser uma das estratégias para a prevenção da obesidade infantil e minimização das iniquidades em saúde. Palavras-Chave: Obesidade Infantil; Conhecimentos sobre alimentação; Estado nutricional; Criança.
- Conhecimentos dos enfermeiros sobre técnicas não farmacológicas no alívio da dor na criançaPublication . Sanches, Alda Maria Melo; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: As técnicas não farmacológicas (TNF) são geralmente intervenções de carácter psicológico descritas como eficazes em situação de dor ligeira, procedimentos dolorosos ou como complemento dos analgésicos. A importância do recurso a estas intervenções reside no facto de muitas delas modificarem o significado e vivência da dor, constituindo assim um recurso primordial no controlo da dor da criança/adolescente. Na sua prática, o enfermeiro deve tomar como foco de atenção a dor e adotar as estratégias ao seu alcance para a prevenir e controlar em todas as situações que provoquem sofrimento sensorial e/ou emocional (OE, 2013). Objetivo: Avaliar a frequência com que os enfermeiros aplicam as TNF e descrever os conhecimentos sobre a aplicação das mesmas, no alívio da dor na criança; Analisar a influência das variáveis sociodemográficas e profissionais dos enfermeiros nos conhecimentos e na frequência da aplicação das TNF no alívio da dor na criança. Métodos: Estudo descritivo-correlacional, de corte transversal e de abordagem quantitativa, no qual participaram 81 enfermeiros de três unidades de um centro hospitalar da zona norte de Portugal, com média de idades de 43,28 anos (Dp=8,16) selecionados de forma não probabilística por conveniência. Na recolha de dados utilizou-se um questionário de autopreenchimento, composto por uma parte de caracterização sociodemográfica e profissional e de uma adaptação da Escala de Conhecimentos na Aplicação das TNF de Sousa (2009). Resultados: A maioria da amostra (97,5%) pertencia ao sexo feminino, 50,6% enquadrava-se no grupo etário dos 45-64 anos, 84,0% exercia funções há 10 ou mais anos, (média=20,19; p=8,219), 65,4% com a categoria de enfermeiro, 25,9% era especialista. A maioria dos enfermeiros (60,5%) não possuía formação específica sobre a dor e TNF, mas realizava a avaliação da dor de forma sistemática (96,3%) e 66,7% aplicava as TNF algumas vezes. A maioria (44,4%) demonstrou conhecimento fraco sobre a aplicação das TNF e 42,0% conhecimento elevado. O local onde os enfermeiros exercem funções (p=0,011) e a formação específica nesse âmbito (p=0,002) exercem influência na frequência de aplicação das TNF no alívio da dor na criança. O grupo etário (p=0,009), o tempo de exercício profissional (p=0,013), a categoria profissional (p=0,001) e a frequência com que aplicam as TNF têm relação com os conhecimentos na aplicação das TNF, verificando-se que os enfermeiros mais velhos, com mais tempo de serviço, com categoria de enfermeiro especialista e que aplicam sempre as TNF detêm mais conhecimentos nesse âmbito. Conclusão: A formação específica sobre a dor e as TNF influencia a frequência da sua aplicação, constituindo um forte impulsionador da sua aplicação nestes contextos da prática. O maior grupo de enfermeiros demonstrou possuir conhecimento fraco sobre a aplicação das TNF, sendo que este conhecimento resulta essencialmente da experiência profissional. Este estudo poderá contribuir para a melhoria dos cuidados prestados à criança no alívio da dor, para uma prática mais reflexiva e para que a sua base possa assentar em evidência científica. Palavras-chave: Dor, Técnicas não farmacológicas, Criança, Enfermeiro, Conhecimentos.
- Conhecimentos e dificuldades das mães face à amamentaçãoPublication . Andrade, Laurentina de Fátima Vaqueiro da Silva; Costa, Maria da Graça Ferreira Aparício; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Devido à elevada prevalência de abandono precoce da amamentação, diversas instituições (e.g., OMS, UNICEF) têm-se preocupado em proteger, promover e apoiar o aleitamento materno um pouco por todo o mundo, defendendo a sua exclusividade durante os primeiros seis meses de vida do bebé, complementado a partir dessa idade pela introdução de alimentos e mantido até aos 2 anos de idade ou mais, se esse for o desejo da mãe. Objetivos: Avaliar os conhecimentos das mães sobre a amamentação; identificar as dificuldades vivenciadas pelas mães em relação à amamentação; analisar a relação entre as variáveis sociodemográficas e obstétricas das mães e os seus conhecimentos e dificuldades sobre a amamentação. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo, analítico, correlacional e de corte transversal, conduzido numa amostra não probabilística de 100 mães de recém-nascidos e/ou lactentes até 1 ano de vida, internadas no serviço de obstetrícia, neonatologia, pediatria e urgência de uma Unidade Local de Saúde do Norte do País. As inquiridas tinham idade mínima de 16 e máxima de 43 anos (M=30,77; Dp=6,356). Foi utilizado um questionário de caraterização sociodemográfica e um questionário de autorrelato da vivência das mães sobre a amamentação, desenvolvido por Sousa (2014). Resultados: Os principais resultados mostraram que 50% das mães consideram possuir bons conhecimentos relativos à amamentação, porém, apenas 39% foram classificadas com bons conhecimentos, enquanto 52% revelaram dificuldades elevadas. Os conhecimentos foram avaliados tendo por base a sinalização correta da importância da amamentação na primeira hora de vida do bebé por 93% das mães, exclusiva até aos 6 meses (28%), a composição do leite materno e composição imunológica 93%, a maioria das mães considerou saber identificar os sinais da pega correta. Relativamente ao horário da amamentação, 62% ainda considera correto amamentar de três em três horas e 14% defende que o bebé deve mamar 10 minutos em cada mama. Os conhecimentos relacionaram-se significativamente com as mães com ensino superior (x2=17,828; p=0,00) e nas que se encontram a amamentar atualmente (UMW=278,000; p=0,01). As dificuldades mais prevalentes associaram-se às fissuras (56,4%), ingurgitamento mamário (38,5%), mastite (3,8%), dor (40%) e dificuldade na pega (60%), tendo-se constatado diferenças estatisticamente significativas associadas ao ingurgitamento mamário, à mastite e abcesso mamário. Exerce influência nas dificuldades das mães, ter sido informada pelo obstetra (UMW=324,000; p=0,02) e não ter expectativas na primeira amamentação (UMW=521,500; p=0,01). Conclusão: O estudo revela bons conhecimentos globais mas dificuldades elevadas, sendo estas as comumente referenciadas noutros estudos. Face a isto, mantem-se necessário apoiar nas dificuldades vividas durante a amamentação, adequando as estratégias de promoção, proteção e apoio ao AM, para que os resultados possam ser bem-sucedidos. Palavras-chave: aleitamento materno, conhecimentos, dificuldades.
- Cuidados paliativos pediátricos : necessidades formativas, coping e perceção de esperança dos profisssionais de saúdePublication . Paixão, Sara Margarida Barreto; Costa, Maria da Graça Ferreira Aparício; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Cuidar a criança com doença crónica complexa (DCC), limitante ou ameaçadora de vida é uma tarefa desafiante, devido às etapas de desenvolvimento da criança, aos dilemas éticos associados e à falta de formação dos próprios profissionais. A formação e educação são indispensáveis para a tomada de decisão dos cuidados de saúde prestados à criança/família nesta condição. Objetivos: Identificar as necessidades de formação dos profissionais em CPP; determinar as suas estratégias de coping, no cuidar da criança com DCC limitante ou ameaçadora de vida; identificar o seu perfil de esperança e analisar a influência das variáveis sociodemográficas, profissionais e das estratégias de coping e de esperança nas necessidades de formação em CPP. Metodologia: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional realizado numa amostra, não probabilística, de 102 profissionais de saúde, 92,2% do género feminino, 64 enfermeiros, 29 médicos pediatras, 6 assistentes sociais e 3 psicólogas, a desempenhar funções numa unidade hospitalar pública da região Centro de Portugal, com idades entre 25 e 63 anos (Média= 39,9 anos; Dp= 9,6). Utilizou-se um questionário informatizado com recurso ao programa formulários do Google com questões de caracterização sociodemográfica, uma adaptação da escala de necessidades de formação em cuidados paliativos, (Candeias 2009), a Escala de coping (Carver, 1997) validada para a população portuguesa por Pais Ribeiro & Rodrigues (2004) e a Escala de Esperança (do futuro) de (Snyder, 1991) validada para a população portuguesa por Ribeiro, Pedro, & Marques (2006). Resultados: Quanto à necessidade de formação em CPP, 39,2% dos profissionais admitem uma necessidade moderada, 32,4% alta necessidade e 28,4% baixa necessidade. Apenas 10,8% já fizeram formação na área. Ter formação em CPP assumiu-se como a única variável que interferiu nas necessidades de formação dos profissionais em CPP, revelando-se que aqueles que já tiveram formação em CPP manifestam mais necessidades de formação (reconhecimento da necessidade de desenvolvimento de competências em CPP p=0,012). As variáveis preditoras da conceção dos CPP são o planear e o desinvestimento comportamental; as variáveis preditoras dos aspetos emocionais no cuidar são a utilização do suporte social emocional e a religião; a variável preditora do trabalho em equipa é a autoculpabilização; as variáveis preditoras do reconhecimento da necessidade de desenvolvimento de competências em CPP são a motivação para trabalhar diretamente com crianças, com necessidade paliativas e suas famílias e o uso de substâncias (medicamentos/álcool). Conclusão: Recomenda-se que todos os serviços de pediatria possuam profissionais, com um nível básico de formação para atender às necessidades específicas das crianças com DCC limitante ou ameaçadora de vida e família. Constatou-se no estudo, que os profissionais possuem pouca formação o que tem impacto na qualidade de prestação de cuidados e na satisfação profissional, e reconhecem áreas específicas para o desenvolvimento de competências Palavras-chave: Profissionais de saúde; Cuidados Paliativos Pediátricos; Necessidades formativas, Coping; Esperança.
- O desenvolvimento de competências do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde infantil e pediatriaPublication . Pereira, Teresa Gonçalves; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioNo momento em que a criança/jovem é submetida a cuidados de saúde, quer sejam cuidados de saúde primários ou no âmbito de uma hospitalização, vivencia um elevado grau de ansiedade e diversos medos e quanto maior a distância do seu ambiente seguro e habitual, como uma hospitalização, maior a intensificação desses sintomas. Os enfermeiros, por serem os profissionais de saúde com maior proximidade da criança, devem tentar quebrar as barreiras inerentes aos cuidados de saúde, tornando as suas intervenções e abordagem o mais personalizadas possíveis, tendo em vista a parceria de cuidados, incluindo a família e ou cuidadores no cuidado à criança/jovem. O objetivo principal da acção dos enfermeiros deverá ser a promoção da saúde/prevenção da doença e ou complicações, actuando nos diversos ambientes possíveis. Este relatório, desenvolvido no âmbito do Curso de Pós-Licenciatura de Especialização e Mestrado em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica, teve como principal objetivo: descrever e analisar as atividades desenvolvidas ao longo dos estágios para a aquisição de competências inerentes ao Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediatria e sua consequente reflexão crítica. Os Estágios decorreram em locais de assistência à criança / família (centro de saúde, serviço de urgência pediátrica e serviço de pediatria) e integraram três módulos distintos, com o intuito de aquisição e desenvolvimento de competências. Os objetivos gerais dos estágios foram: desenvolver competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Saúde Infantil e Pediátrica no âmbito das diversas valências dos cuidados à criança/jovem e família. De entre as atividades realizadas destaca-se a realização de ações de formação, tanto para profissionais de saúde, como para a comunidade (profissionais de infantários, crianças e professores), elaboração de propostas de procedimentos operativos para o serviço de Urgência Pediátrica e serviço de Pediatria. Destaca-se ainda a importância dos cuidados em parceria com as famílias, que teve oportunidade de implementar aquando da prestação de cuidados. Podemos concluir que cada estágio constituiu uma oportunidade de desenvolvimento de competências inerentes ao Enfermeiro Especialista de Saúde Infantil e Pediátrica, indispensáveis enquanto futura enfermeira especialista e mestre neste âmbito. Palavras-chave: Parceria de Cuidados, Criança, Jovem, Família, Enfermeiro, Competências.
- Estado nutricional da criança : influência do comportamento alimentar e da cultura organizacional da famíliaPublication . Cardoso, Ana Filipa Matos; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioEnquadramento: As famílias têm grande influência na saúde das crianças, constituem o seu primeiro ambiente de aprendizagem e possuem o potencial necessário para desenvolver estilos de vida saudáveis, nomeadamente no que respeita ao comportamento alimentar aprendido. As suas características sociodemográficas e o tipo de cultura e organização da família podem influenciar o desenvolvimento de excesso de peso, pelo que foi neste âmbito que surgiu a problemática em estudo. Objetivo: Analisar a influência das variáveis sociodemográficas da criança e parentais, do comportamento alimentar da criança e da cultura organizacional da família, no estado nutricional da criança. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, correlacional e transversal, de análise quantitativa realizado numa amostra de 1424 crianças de várias regiões de Portugal Continental, média idade (M=4,58; Dp=0,995) anos e respetivos pais. Para recolha de informação utilizou-se: a EDIEP, uma adaptação de Aparício Costa, (2012) do QFA de Rito, (2007), o Questionário do Comportamento Alimentar da Criança (ChildEatingBehaviourQuestionnaire [CEBQ]) de Wardle (2001), validado para a população portuguesa por Viana & Sinde (2008) e o Inventário da Cultura Organizacional da Família (Nave 2007). Foi efetuada avaliação antropométrica das crianças e a classificação do seu estado nutricional teve por base o referencial NCHS (CDC,2000). Resultados: Das crianças 60,2% eram normoponderais, com uma prevalência de excesso de peso de 34,3% (17,4 % obesidade e 16,9% pré-obesidade) e 5,5% tinham baixo peso. Pelos resultados obtidos podemos inferir que o estado nutricional é dependente da idade e sexo das crianças, com maior prevalência nas crianças de 5 anos e do sexo masculino, enquanto a relação com as variáveis sociodemográficas parentais, indicou que as crianças com obesidade pertencem a famílias com rendimento baixo, as crianças com peso normal residem com a mãe em zona urbana e com baixo-peso são filhas das mães mais jovens, enquanto nas crianças com obesidade o pai tem o 2º e 3º ciclo de escolaridade. A análise do Comportamento Alimentar da Criança e da Cultura Organizacional da Família revelaram que apenas quatro dos fatores do CEBQ se revelam preditores do IMC da criança, indicando que quanto maior a Resposta á Comida/ Prazer em Comer e Seletividade maior o IMC da criança e quanto maior a Subingestão Emocional e Resposta á Saciedade/Ingestão Lenta, menor o IMC. Conclusões: Face aos resultados, conclui-se que é pertinente ponderar estratégias de intervenção, sobretudo na consulta de vigilância de saúde infantil, num trabalho de parceria com as famílias, aumentando as suas competências em práticas alimentares saudáveis, visto estas serem uma referência na aprendizagem dos comportamentos das crianças, especificamente no que respeita à alimentação. Palavras chave: Estado nutricional da criança; comportamento alimentar; cultura organizacional da família; criança pré-escolar.
- Evolução da perceção parental da imagem corporal da criança : análise retrospetiva de dois estudosPublication . Nascimento, Patrícia Filipa da Silva Carvalho; Costa, Maria da Graça Ferreira AparícioIntrodução: A obesidade é reconhecida pela OMS como um importante problema de saúde pública, que afeta adultos, crianças e adolescentes e que tem tomado proporções epidémicas em todo o mundo. Os estudos revelam que os pais, mas sobretudo as mães se mostram preocupadas e concordam com a adoção de hábitos alimentares saudáveis, no entanto a perceção que estas têm do estado nutricional dos filhos nem sempre é adequada e frequentemente a imagem corporal é distorcida, percebendo-se contudo que esta distorção tem vindo a diminuir. Foi neste âmbito que emergiu como objetivo geral deste estudo, explorar a evolução da perceção parental da imagem corporal da criança em dois estudos, estudo A (Graça Aparício) e estudo B (Graça Aparício, Madalena Cunha, João Duarte; Anabela Pereira, Jorge Bonito, Carlos Albuquerque), publicados respetivamente, em 2012 e 2013 e relacioná-la com o comportamento alimentar da criança do estudo B. Material e métodos: Este estudo de carácter retrospetivo e transversal, foi realizado com as crianças que participaram no estudo A e no estudo B, num total de 2216 crianças em idade pré-escolar, média idade= 4.51 anos (±0.97Dp), residentes as crianças do estudo A na região de Viseu e Dão e as do estudo B, nas regiões Viseu, Lamego, Vila Real, Évora e Leiria, tendo sido efetuada pelos autores originais, uma avaliação antropométrica e classificação nutricional das crianças com base no referencial NCHS (CDC, 2000). Para a recolha de dados os autores originais, utilizaram um Questionário de Caracterização Sociodemográfica das Crianças e dos Progenitores; o Questionário de Avaliação da Perceção Parental da Imagem Corporal da criança (Collins, 1991) e o Questionário de Caracterização do Comportamento Alimentar Infantil (CEBQ), traduzido e validado para a população portuguesa por Viana & Sinde (2008). Resultados: Comparativamente ao estudo A, no estudo B os pais revelaram-se significativamente mais preocupados com o estado nutricional dos seus filhos (p= 0,000). Ainda no estudo B uma maior percentagem de pais assinala as imagens representativas de pré-obesidade (27,5%) e obesidade (0,6%), comparativamente ao estudo A, onde se verifica o oposto; uma maior sinalização das crianças no grupo da normalidade e baixo-peso (56,3% e 20,4% respetivamente). Apurou-se uma diferença de médias significativa da perceção parental da imagem corporal da criança entre o estudo A e o estudo B, evidenciando a perceção dos pais, a uma maior aproximação com os valores mais elevados de IMC dos filhos, ou seja, os pais têm uma perceção menos distorcida da imagem corporal dos filhos, quando estes apresentam valores de IMC mais elevados. Relativamente ao comportamento alimentar, apesar dos comportamentos de “atração pela comida” se associarem a uma perceção parental de imagem corporal maior, e de alguns dos comportamentos de “evitamento da comida” se associarem a uma perceção parental de imagem corporal menor, a relação entre o comportamento alimentar e a perceção parental da imagem corporal criança não se revelou significativa. Conclusões: Os resultados indicam uma maior acurácia da perceção da imagem corporal dos pais ao real estado nutricional dos filhos, podendo este facto ser o primeiro passo para o seu reconhecimento do excesso de peso dos seus filhos e facilitar a adequação a um estilo de vida mais saudável entre as crianças em idade pré-escolar, e maior sensibilização da família para o controlo do excesso de peso na infância. Palavras-chave: Perceção parental, imagem corporal, Obesidade infantil.