ESSV - UEMC - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri)
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESSV - UEMC - Dissertações de mestrado (após aprovadas pelo júri) by advisor "Duarte, João Carvalho"
Now showing 1 - 10 of 20
Results Per Page
Sort Options
- Adaptação à doença de Crohn : a influência do stresse e sentido de vida no bem-estar subjetivoPublication . Albuquerque, Sandra Cristina Almeida; Ribeiro, Olivério de Paiva; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A Doença de Crohn acomete especialmente a faixa etária dos 15 a 35 anos e 60 a 80 anos, e assume-se como uma patologia que afeta psicologicamente os doentes, podendo gerar stresse, ansiedade e depressão, resultando num negativo bem-estar subjetivo, com repercussões no sentido de vida. Objetivos: Identificar as variáveis sociodemográficas e clínicas que interferem no bem-estar subjetivo da pessoa com Doença do Crohn; averiguar a relação entre o stresse e o sentido de vida com o bemestar subjetivo da pessoa com Doença do Crohn. Métodos: Estudo quantitativo, com corte transversal, descritivo analítico-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 99 doentes com Doença do Crohn do Hospital Dia de Gastroenterologia e das Consultas Externas dum Hospital Central. Para a recolha de dados usou-se o questionário de caracterização sociodemográfica e clínica, a Escala Positive And Negative Affect Shedule (PANAS), (Pais-Ribeiro e Galinha, 2005), Escala de Ansiedade Depressão e Stress (Pais-Ribeiro, Honrado e Leal, 2004) e a Escala de Satisfação de Sentido de Vida (Lencastre, Silva e Teixeira,2014). Resultados: A amostra é maioritariamente de mulheres (54,5%), média de idades (40,10 anos ±13,19). O tempo médio de diagnóstico da Doença é de 9,52 anos (± 8,402). Prevalecem os doentes que possuem a Doença há menos de 5 anos (35,4%) e há mais de 10 anos (35,4%). A maioria (74,7%), não possui doenças concomitantes (59,6% não fizeram cirurgias intestinais prévias, 75,8% teve necessidade de internamentos hospitalares, e 42,6% vão ao hospital entre 2-4 meses. As variáveis sociodemográficas sexo, habilitações literárias e situação profissional, e as variáveis clínicas tempo de diagnóstico da Doença, presença de doenças concomitantes e abstenção ao trabalho interferiram no bem-estar subjetivo dos doentes. As variáveis preditoras do bem-estar subjetivo foram o sexo, a idade, a ansiedade, o stresse, a depressão e o sentido de vida. Conclusões: Os resultados obtidos no presente estudo revelam que é importante dar-se especial atenção a estes agentes moderadores e à própria comorbilidade psicológica inerente à Doença de Crohn Palavras-chave: Doença de Crohn; Sentido de vida; Bem-estar subjetivo, Stresse.
- Adesão à terapêutica na pessoa diabética tipo 2 : influência das variáveis sociodemográficas, clínicas e motivacionaisPublication . Abrantes, Luís Carlos Boto; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Portugal regista uma prevalência de 12,90 % para a diabetes mellitus tipo 2. A prevalência da diabetes mellitus tipo 2 está associado às rápidas mudanças culturais e sociais, ao envelhecimento da população, à crescente urbanização, às alterações alimentares, à redução da atividade física e a estilos de vida não saudável, bem como a outros padrões comportamentais. A motivação impulsiona a pessoa a agir de determinada forma. Considera-se que uma elevada motivação é um fator de predisposição para uma adesão eficaz. Objetivos: Os objetivos deste estudo são: (i) Determinar a prevalência da adesão à terapêutica da pessoa com diabetes mellitus tipo 2. (ii) Analisar a relação entre a motivação da pessoa com diabetes mellitus tipo 2 e consequentemente a sua adesão à terapêutica. (iii) Identificar as variáveis sociodemográficas e clinicas que influenciam a adesão à terapêutica da pessoa com diabetes tipo 2 quando mediadas pela motivação para a adesão à terapêutica. Métodos: Estudo do tipo observacional, transversal, descritivo-correlacional e explicativo, realizado numa amostra de 181 participantes. Para a recolha de dados foi usado um questionário de caracterização sociodemográfica, uma escala de motivação para o tratamento (EMT) que resulta de uma adaptação para a língua portuguesa do Treatment Self-regulation Questionnaire (TRSQ) realizada por Apóstolo, Viveiros, Nunes, Domingues (2007). E uma escala de adesão ao tratamento (MAT) de Morisky, Green e Levine (1986), traduzida, adaptada e validada para Portugal por Delgado e Lima (2001). Resultados: Constatámos que os participantes no estudo ingerem excessivamente hidratos de carbono e lípidos em relação ao recomendado. Existe um défice de acompanhamento em consultas de diabetologia. Os participantes apresentam em 91,20% dos casos complicações associadas á diabetes. Só realizam exercício físico 1 vez por semana o que é escasso. A amostra apresenta uma média de 175,64 mg/dl de glicémia capilar, o que nos indica valores acima dos padronizados. Os participantes encontram-se medicados em 96,10 % dos casos. A taxa de motivação é de 54,40% e a adesão à terapêutica acontece em 69,50 % dos casos. A prevalência da diabetes no estudo é de 65,58 %. A variável adesão é não preditora da motivação. A Escolaridade, existência de problemas saúde associados e o tempo de diabetes mediada pela motivação são as variáveis dependentes da adesão à terapêutica. Conclusões: As evidências encontradas neste estudo indicam que o grau de motivação influência a aderência ou não à terapêutica. A enfâse na tríade de tratamento é dado à medicação colocando em segundo plano a alimentação e o exercício físico. Neste sentido, atendendo às competências do enfermeiro especialista de enfermagem Médico-cirúrgica, seria de extrema importância atuar no sentido de promoção de hábitos saudáveis e ainda realçar perante os outros profissionais de saúde a importância dos determinantes do tratamento na diabetes mellitus tipo 2. Palavras-chave: Diabetes mellitus tipo 2; Adesão; Motivação.
- Adesão ao regime terapêutico da pessoa com patologia cardíaca : Perceção do próprio e da famíliaPublication . Oliveira, Helena Cristina Soares; Duarte, João Carvalhoterapêutico e pode ser influenciada por vários fatores ligados à doença, ao tratamento, à própria pessoa, às condições socioeconómicas, ao apoio social e até à relação com os profissionais de saúde. A patologia cardíaca é uma das doenças que exige bastante empenho dos seus portadores, no sentido de procederem a um conjunto de alterações na sua vida diária, para controlar a progressão da doença e prevenir consequências nefastas. Objetivos: Determinar a prevalência da adesão ao regime terapêutico da pessoa com patologia cardíaca, identificar os fatores que a influenciam, analisar a influência do apoio social, conhecer a perceção da família em relação ao nível de adesão terapêutica e fatores que a influenciam. Métodos: Triangulação metodológica que engloba um estudo de natureza quantitativa do tipo descritivo correlacional, analítico realizado numa amostra não probabilística por conveniência com 110 participantes e outro de natureza qualitativa de características fenomenológicas realizado com uma amostra de 8 familiares de doentes. Resultados: No estudo um registou-se que a percentagem de adesão farmacológica é 51,8%. Em relação às medidas de adesão não farmacológica registou-se que 92,7% não são fumadores mas a ingestão de bebidas alcoólicas ocorre em 51,8% dos participantes. A prática de exercício físico e a alimentação saudável são dois estilos de vida adotados por uma percentagem da amostra inferior a 40%. No estudo 2, a percepção dos familiares indica que na adesão farmacológica, prática de exercício físico e a alimentação saudável rondam os 50%. O consumo de álcool é assumido por 62,5% enquanto o tabagismo está presente em 12,5%. Conclusão: Os resultados evidenciam a pouca influência exercida pelos fatores sociodemográficos nomeadamente género e idade. Em relação à adesão não farmacológica ainda há muito a fazer no que diz respeito às alterações de estilos de vida. Cabe aos profissionais de saúde incutir nos doentes o sentido de responsabilidade pelo seu autocuidado e pela participação ativa no processo de tratamento da doença. Palavras-chave: adesão ao regime terapêutico, fatores de adesão, patologia cardíaca.
- Os alunos do terceiro ciclo do ensino básico e a formação em suporte básico de vida.Publication . Pereira, Carla Alexandra Carvalho Matos; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A paragem cardíaca súbita é uma das principais causas de morte na Europa. Cerca de 25 a 50% das vítimas de paragem cardíaca súbita, apresentam fibrilhação ventricular (FV). O único tratamento para FV é a desfibrilhação precoce. Cada minuto de atraso na desfibrilhação diminui a sobrevida; no entanto quando iniciado SBV de imediato esse declínio é mais gradual. O início imediato das manobras de SBV por quem presencia o colapso da vítima, aumenta significativamente a sobrevida da mesma. Neste estudo são avaliados os conhecimentos em SBV e a disponibilidade para iniciar manobras de SBV dos alunos do 3º ciclo de uma escola da cidade de Vila Real, antes e após ser ministrada uma formação sobre SBV. Objetivos: Avaliar os efeitos de uma formação sobre SBV no nível de conhecimentos em SBV dos alunos do 3º ciclo do ensino básico de uma escola da cidade de Vila Real; verificar os efeitos de uma formação em SBV na disponibilidade para a execução de SBV perante uma vítima a necessitar de ajuda. Metodologia: O estudo quantitativo, explicativo com corte longitudinal, quase-experimental com desenho de investigação antes-depois com grupo de controlo, objetivou avaliar o efeito de uma formação em SBV no nível de conhecimentos sobre SBV num grupo de alunos do 3º ciclo do ensino básico, bem como verificar a disponibilidade desses mesmos alunos em iniciar SBV perante uma vítima a necessitar de ajuda. Para isso aplicou-se um questionário de avaliação de conhecimentos e de disponibilidade antes e após a formação, sendo qua a formação ministrada foi diferente no grupo de controlo e no grupo experimental. Foi também efetuada uma avaliação de competências em SBV aos elementos do grupo experimental através de uma grelha de observação. Resultados: Antes da formação, 80.3% dos elementos não possuíam conhecimentos em SBV. Após a formação apenas 5.3% continuavam a não possuir conhecimentos em SBV. Quanto à disponibilidade para iniciar SBV antes da formação, apenas 13.2% da amostra demonstrava grande disponibilidade; 51.3% demonstravam disponibilidade moderada e 35.5% fraca disponibilidade. No final da formação, passaram a apresentar grande disponibilidade 47.4% da amostra; 14.5% passaram a apresentar fraca disponibilidade e 38.2% moderada disponibilidade. No intuito de verificarmos se os conhecimentos e a disponibilidade eram discriminados pelo grupo a que pertenciam, efetuamos um teste t para diferença de médias: o grupo experimental antes da formação apresentava mais conhecimentos e maior disponibilidade que o grupo controlo. Assumindo igualdade de variâncias pelo teste de Levenne verificámos, contudo, que as diferenças não são estatisticamente significativas. Após a formação denota-se um nível de conhecimentos e de disponibilidade no grupo controlo mais elevado que no grupo experimental mas as diferenças encontradas também não são significativas. Conclusão: Ensinar SBV a alunos do 3º ciclo do ensino básico foi bastante eficaz, tendo em conta que os conhecimentos antes da formação eram escassos tendo aumentado consideravelmente após a formação, assim como a disponibilidade para iniciar SBV se necessário. O tipo de formação não foi importante para o nível de conhecimentos adquiridos e da disponibilidade para iniciar SBV; já sobre as competências adquiridas não podemos comparar uma vez que estas só foram avaliadas ao grupo experimental. Podemos sim afirmar que neste grupo as competências foram adquiridas pela totalidade dos elementos. Demonstrando que gestos simples podem salvar vidas, gestos esses fáceis de aprender, de memorizar e de realizar. Palavras-chave: Basic life suport; availability; Knowledge.
- Atitude dos estudantes de enfermagem ao cuidar a pessoa com dorPublication . Vaz, Marisa Isabel Pires; Dias, António Madureira; Duarte, João CarvalhoIntrodução: Cuidar da pessoa com dor é imprescindível à excelência dos cuidados de enfermagem. Refletindo sobre a natureza desses cuidados pelos estudantes, é possível promover atitudes de abertura ao sofrimento, para que como futuros profissionais respondam à necessidade de alívio. O comportamento humano é intencional, reflete preferências e para o prever podemos simplesmente examinar atitudes. Objectivo: Estimar a validade e confiabilidade da escala e analisar a atitude dos estudantes de enfermagem ao cuidar da pessoa com dor. Material e Método: Estudo analítico, correlacional e transversal, realizado com 255 estudantes da ESSV. Os dados recolhidos através de questionário autoaplicado que integra a escala: Atitude dos Estudantes de Enfermagem ao Cuidar a Pessoa com Dor. Resultados: Após o estudo psicométrico, a escala apresenta 17 itens e 2 fatores, fator 1 “Aptidão Terapêutico-Curativa” e fator 2 “Aptidão Centrada na Pessoa”. Os estudantes apresentam uma média de idade de 21.91 anos, 77.3% do sexo feminino, maioritariamente solteiros e 40.8% frequentam o 4º ano. Todos avaliam a dor nos ensinos clínicos, 86.4% com a EN e 94.9% conjuga intervenções farmacológicas e não farmacológicas, mais de 55% emprega a diminuição do ruído e luminosidade, aplicação do frio e massagem, havendo 87.5% que usa posicionamentos. Os do sexo masculino que aplicam exercícios de relaxamento e os do sexo feminino com idade ≥21 anos, do 3º ano, apresentam uma atitude mais adequada. Conclusão: A formação no tema dor ao longo do curso é preponderante no desenvolvimento de competências, mas também na aquisição de conhecimento e promoção de atitudes. Palavras chave: Estudantes de Enfermagem, Atitude; Dor; Cuidar.
- A avaliação da dor no doente cirúrgico com alterações cognitivasPublication . Almeida, Vera Lúcia Barbosa de; Martins, Maria da Conceição Almeida; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: A dor é considerada o 5º sinal vital e a sua avaliação e registos são obrigatórios, devendo ser sistemáticos. O ineficaz controlo da dor implica complicações no estado clínico dos doentes, tempos de internamento mais prolongados e maiores custos com a saúde. No doente cirúrgico com alterações cognitivas deve ser feita uma heteroavaliação, com base em indicadores comportamentais e/ou fisiológicos. Objetivos: Determinar a eficiência e eficácia das escalas do Observador, Abbey Pain Scale e Pain Assessment in Advanced Dementia (PAINAD). Métodos: Trata-se de uma investigação aplicada, não experimental, quantitativa e descritivo-analítica. Do instrumento de colheita de dados constam dados sociodemográficos e clínicos do doente, a Escala do Observador, a Abbey Pain Scale (Rodrigues, 2013) e a PAINAD (Batalha et al., 2012), avaliando a dor num momento inicial e 45 minutos após uma intervenção para alívio da mesma. Resultados: A amostra é não probabilística por conveniência, constituída por 76 doentes do foro cirúrgico, com alterações cognitivas, internados em serviços de Cirurgia de um hospital central, com idades compreendidas entre 38 e 96 anos. Verificámos correlação positiva entre os resultados das 3 escalas, sendo mais evidente na avaliação inicial. A intensidade da dor, no mesmo sujeito, é superior quando avaliada com a PAINAD (OM = 2,16) e inferior quando avaliada com a Escala do Observador (OM = 1,78). Conclusão: A escala mais eficaz e eficiente é a PAINAD. Dado o tamanho reduzido da amostra sugerem-se estudos confirmatórios para que possam generalizar-se os resultados. Palavras-chave Dor aguda, dor pós-operatória, cognição, cirurgia geral, medição da dor.
- Determinantes de literacia em saúde mentalPublication . Vaz, Clara Madalena Ramos; Duarte, João Carvalho; Gonçalves, Amadeu MatosEnquadramento: A procura permanente de mais equidade social condições de saúde e qualidade de vida implica uma maior aposta na dotação da população de literacia em saúde mental. Objetivos: Determinar o nível de literacia em saúde mental nos profissionais da educação, saúde e segurança; identificar que variáveis sociodemográficas e socioprofissionais que interferem na literacia em saúde mental; averiguar a relação existente entre as crenças sobre a doença mental e a literacia em saúde mental nos referidos profissionais. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo-correlacional. Os dados foram colhidos junto de 136 agentes educativos, sendo 62,5% professores, 32,4% enfermeiros e 5,1% agentes policiais, maioritariamente do género feminino (70,6%), com uma idade média de 48,34 anos (±7,49 anos). Como instrumento de recolha de dados utilizou-se um questionário de caracterização sociodemográfica e socioprofissional, o Inventário de Crenças sobre a Doença Mental (Loureiro, Dias e Ferreira, 2009) e o Questionário de Literacia em Saúde Mental (LSMq) (Campos, Palha, Dias, Veiga & Duarte, 2012). Resultados: Os agentes educativos apresentam níveis mais elevados de crenças em relação ao reconhecimento da doença (M=4,69±0,64) e em relação à doença mental como condição médica (M=4,48±0,73), com menor índice médio na causa de estigma e discriminação (M=2,21±0,68). Índice médio de 4,21 (± 0,40) para os conhecimentos e estereótipos sobre problemas de saúde mental, 4.16 (±0,48) para a procura de ajuda e comportamentos e 4,29 (±0,47) para as estratégias de auto-ajuda. As mulheres apresentam maiores níveis de literacia em saúde mental em todos os fatores. Os agentes educativos com idade ≥55 anos expressam mais literacia em saúde mental, com exceção nas estratégias de auto-ajuda, onde pontuaram mais os agentes educativos com ≤44 anos de idade. Os participantes residentes em meio rural expressam mais literacia em saúde mental em todos os fatores. Os professores manifestam mais literacia em saúde mental no que se refere à procura de ajuda e comportamentos, sendo os enfermeiros os que manifestam mais literacia em saúde mental em relação aos conhecimentos e estereótipos sobre problemas de saúde mental, estratégias de autoajuda e no factor global. As variáveis preditoras de saúde mental foram o género, zona de residência, crenças no reconhecimento da doença e o grupo profissional. Os homens e os participantes residentes em meio urbano revelam mais literacia sobre os problemas de saúde mental e que quanto mais crenças têm os agentes educativos no reconhecimento da doença, maior é o nível de literacia ao nível dos conhecimentos e estereótipos sobre os problemas de saúde mental. Quanto mais crenças ao nível do reconhecimento da doença maior é a literacia em termos de procura de ajuda e comportamentos, bem como acerca das estratégias de auto-ajuda, revelando mais literacia em saúde mental global. Conclusões: Após a realização deste estudo chegou-se à conclusão que é necessário desenvolver ações de formação e/ou programas de educação para a saúde para que se possa dotar as comunidade de mais literacia em saúde mental, onde o enfermeiro tem um papel de destaque, como agente promotor de literacia em saúde mental.
- Expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativosPublication . Santos, Daniela Dinis dos; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Os cuidados paliativos objetivam promover o bem-estar e a qualidade de vida dos doentes e seus familiares, prevenir e aliviar o sofrimento, através da identificação precoce e de um tratamento rigoroso dos problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais. Nessa perspetiva, para que os enfermeiros possam aliviar a dor e outros sintomas que resultam em sofrimento e para que possam prestar todo o apoio ao doente/família, é imprescindível formação específica na área. Objetivos: Conhecer as expectativas, preocupações e necessidades formativas dos enfermeiros em cuidados paliativos. Métodos: Estudo qualitativo exploratório, realizado com uma amostra de 15 enfermeiros a exercerem funções numa unidade de cuidados paliativos. A grande maioria dos enfermeiros é do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 26 e os 56 anos, e tempo de exercício profissional a oscilar entre os 4 e os 32 anos, e tempo mínimo de 1 mês e um máximo de 9 anos de exercício profissional em cuidados paliativos. O instrumento de recolha de dados foi uma entrevista semiestruturada, elaborada para o efeito. Resultados: As lacunas encontradas na formação em cuidados paliativos, de acordo com os enfermeiros, são: apoio no luto, transmissão das más noticias, controlo da dor, formação contínua, formação específica em cuidados paliativos e humanização dos cuidados. Relativamente às necessidades de formação, os participantes referiram mais necessidades: no controlo de sintomas, comunicar com os familiares, transmitir más notícias, lidar com a morte, cuidados técnicos e científicos, formação global e apoio psicológico aos doentes. Todos os enfermeiros atribuíram muita importância à formação em cuidados paliativos. As sugestões para melhorar a prestação de cuidados na unidade de cuidados paliativos foram: formação, empenho, melhorar a relação entre os membros da equipa, mais recursos humanos, elaboração de protocolos, melhores condições físicas, encontrar outras formas de os doentes passarem os seus dias/criação de espaços agradáveis, pessoas vocacionadas para trabalhar em cuidados paliativos, maior número de reuniões, cuidar com mais tempo. Unanimidade de consenso em relação à prestação de cuidados por uma equipa multiprofissional. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de maior acesso por parte dos enfermeiros à formação em cuidados paliativos. De forma, a desvanecerem-se as suas preocupações decorrentes da falta de formação e, consequentemente, melhorarem a sua prática profissional junto dos doentes e seus familiares com necessidades de cuidados paliativos.
- Implicação dos sintomas na dignidade em pessoas em fim de vidaPublication . Carvalho, Fátima Cristina Lopes de; Duarte, João CarvalhoEnquadramento: Os cuidados paliativos assumem-se como um direito humano, uma vez que são preponderantes para o bem-estar e o conforto em situação de doença crónica, paliativa e de finitude, constituindo-se como dever ético por parte dos profissionais de saúde a sua promoção. Assentam, sobretudo, na prevenção e alívio do sofrimento físico, psicológico e espiritual, na melhoria do bem-estar e no apoio aos doentes e às suas famílias, respeitando a autonomia, a vontade, a individualidade, a dignidade da pessoa e a inviolabilidade da vida humana. O controlo de sintomas é uma das maiores preocupações da pessoa em fim de vida e sua família, requerendo uma avaliação sistemática, excelentes cuidados de enfermagem e uma prescrição clínica cuidadosa. De forma particular, os cuidados paliativos baseiam a sua atividade clínica multidisciplinar na dignidade da pessoa doente e sua família. Objetivos: Determinar o grau de dignidade auto-percebido das pessoas em fim de vida; caracterizar a sintomatologia das pessoas em fim de vida; avaliar se os sintomas têm implicação na dignidade auto-percebida das pessoas em fim de vida. Métodos: Estudo correlacional em corte transversal, realizado em contexto paliativo, numa amostra de 83 participantes (50,6% mulheres), com uma média de 70,95 anos. O instrumento de recolha de informação ficou constituído por um questionário sociodemográfico, Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton (Edmonton Symptom Assessment System) e a Escala de Dignidade do Doente (The Patient Dignity Inventory, Chochinov et al., 2008). Resultados: Cerca de 73,8% das mulheres e 73,2% dos homens autopercecionam uma dignidade positiva (moderada a elevada). Por outro lado, 76,2% das pessoas que experienciam uma elevada dignidade têm sintomatologia leve. De modo semelhante, 72,7% das pessoas com uma baixa dignidade auto-percebida apresentam sintomatologia grave e quanto maiores os valores dos sintomas (que correspondem a uma presença de sintomas mais intensa), maiores serão os valores da dignidade (que correspondem a uma dignidade mais baixa) nas suas diferentes vertentes e na sua globalidade. Os sintomas revelam poder explicativo na Dignidade (49,8%). Conclusão: Os resultados mostram que a dignidade é auto-percebida como positiva por 73,5% das pessoas em fim de vida. A identificação dos sintomas em pessoas em fim de vida potencia o desenvolvimento e implementação de estratégias clínicas promotoras da sua dignidade.
- A importância da comunicação como determinante da qualidade e da segurança na prestação de cuidadosPublication . Consciência, João Rui Bento; Duarte, João Carvalho; Ferreira, Manuela Maria ConceiçãoEnquadramento: A segurança do doente tem um carácter multidimensional e multidisciplinar que exige abordagens sistémicas e integradas que viabilizem a consecução de planos de melhoria da qualidade dos cuidados e, consequentemente, a garantia da segurança dos doentes nas organizações de saúde. No âmbito da sua índole multidimensional a OMS evidencia a importância da qualidade da interação e da comunicação como determinantes da qualidade e da segurança na prestação dos cuidados de saúde. Objetivo: Analisar qual a perceção dos enfermeiros, sobre a comunicação como determinante da qualidade e segurança dos cuidados de saúde. Método: Este estudo, de carácter quantitativo, descritivo/correlacional, analítico e transversal, realizou-se numa amostra de 138 enfermeiros. Foi utilizada a escala Avaliação da Cultura de Segurança do Doente em Hospitais (Eiras, 2011), e a Escala de Competências de Comunicação Clinica (ECCC) validada por Ferreira; Silva & Duarte (2016) para avaliação das competências comunicacionais. Resultados: Os inquiridos têm uma idade média de 32.51 anos, com um desvio padrão de 7.958. São maioritariamente do sexo feminino (77.54%) com licenciatura (94.4%) e tem, em média 9.41 anos, de experiência profissional. A idade, o estado civil, a experiência profissional não influenciam a cultura de segurança do doente. Após a análise inferencial através de uma regressão múltipla multivariada, registamos que todas as variáveis manifestas (Anos experiencia profissional, recolhe informação, partilha Informação e permite terminar o diálogo) registam valores significativos. Aferimos que a dimensão permite terminar o dialogo apresenta maior peso preditivo em relação à cultura de segurança no que diz respeito a frequência de notificação, comunicação e feedback acerca erro e aprendizagem organizacional – melhoria continua. Quanto maior os anos de experiencia profissional menor a resposta ao erro não punitiva. Conclusão: Os resultados apontam para a importância da comunicação sobre algumas variáveis na cultura de segurança do doente. Esta realidade circunscreve-se de novos pressupostos e atitudes, profissionais que têm que acompanhar, em tempo útil, a evolução do conhecimento, garantindo comunicação enfermeiro / utente eficaz e práticas de cuidados seguras, com garantia de qualidade dos cuidados prestados. Palavras-chave: Cultura de segurança, Enfermagem, Qualidade de cuidados, Comunicação.