ESSV - UESPFC - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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- Desafios do enfermeiro de família no cuidar de famílias imigrantesPublication . Alves, Ana Beatriz Pais Loureiro; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: A crescente diversidade cultural coloca novos desafios ao exercício profissional do Enfermeiro de Família, particularmente no cuidado a famílias imigrantes. Estas famílias enfrentam múltiplas barreiras no acesso e utilização dos serviços de saúde, o que exige dos Enfermeiros uma resposta culturalmente competente, sensível e centrada no indivíduo e família. Objetivo: Mapear a evidência científica sobre os desafios do Enfermeiro de Família no cuidar de famílias imigrantes, em contexto de Cuidados de Saúde Primários. Metodologia: Scoping review realizada conforme as recomendações do Joanna Briggs Institute. Pesquisa realizada nas bases de dados PubMed, CINAHL Complete, Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive, MEDLINE Complete, B-On, Web of Science e no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal. Os estudos identificados foram organizados no Rayyan®. Foram incluídos estudos publicados em português, espanhol e inglês e sem limite temporal. Dos 1383 estudos elegíveis, 13 foram incluídos na revisão. Resultados: Da análise dos estudos emergiram dois temas: barreiras aos cuidados de Enfermagem transcultural (barreira linguística; barreira cultural, religiosa e social; abordagem etnocêntrica dos Enfermeiros; desconhecimento da legislação associada ao acesso aos cuidados de saúde pelos Enfermeiros; baixa competência cultural dos Enfermeiros e falta de recursos humanos e materiais) e fatores facilitadores aos cuidados de Enfermagem transcultural (competências de comunicação; relação interpessoal Enfermeiro-família; práticas de Enfermagem orientadas para a família; desenvolvimento de competências culturais em Enfermagem; visão positiva da imigração; documentar os cuidados prestados em sistemas informatizados e presença de instituições de saúde culturalmente recetivas). Conclusão: A prestação de cuidados culturalmente competentes a famílias imigrantes representa um desafio crescente para o Enfermeiro de Família. É essencial investir na formação contínua em Enfermagem transcultural e na criação de ambientes de cuidados inclusivos e culturalmente sensíveis. Palavras-chave: Emigrantes e Imigrantes; Família; Enfermagem Familiar; Enfermagem Transcultural; Cuidados de Saúde Primários.
- Regime terapêutico e autogestão : Implicações para a saúde da pessoa com hipertensão arterial e dinâmica familiarPublication . Sampaio, Margarida Marques; Chaves, Cláudia Margarida Correia BalulaIntrodução: As doenças do foro cardiovascular são a principal causa de morte em todo o mundo, e muitas dessas mortes podem ser evitadas através do tratamento da hipertensão arterial (World Health Organization, 2023). Na Europa, calcula-se que a hipertensão arterial afete cerca de 35-40% da população (SNS 24, 2023). Em Portugal, a hipertensão é a doença crónica mais frequente, afetando 36% dos portugueses com idades entre os 25 e os 74 anos, sendo a principal causa de morte no território nacional (Santos et al., 2022). Objetivo: Sintetizar a evidência científica disponível sobre a autogestão do regime terapêutico na pessoa com HTA e dinâmica familiar. Metodologia: Foi efetuada uma revisão integrativa da literatura pelo método PICOD através da pesquisa nas seguintes bases de dados científicas: PubMed, CINAHL Complete e RCAAP. De forma a avaliar criticamente a qualidade dos estudos incluídos foi utilizada a grelha de apoio à avaliação da qualidade metodológica do JBI. Estudos incluídos em português, espanhol e inglês, com o limite temporal 2018-2024. Dos oito artigos disponíveis, quatro foram incluídos na revisão. Resultados: Da análise dos artigos foram identificados quatro subtemas: fatores facilitadores de autogestão adequada do regime terapêutico na pessoa com HTA; fatores dificultadores de autogestão adequada do regime terapêutico na pessoa com HTA; estratégias promotoras de autogestão adequada do regime terapêutico; e autogestão do regime terapêutico e dinâmica familiar. Conclusão: É importante identificar fatores facilitadores e dificultadores da autogestão do regime terapêutico em pessoas com hipertensão, bem como estratégias que promovam essa autogestão e as mudanças na dinâmica familiar durante a transição saúde/doença. É necessário desenvolver estudos primários sobre o tema, contudo, é necessário ter em atenção as características da população em estudo, já que existem aspetos culturais que diferem consoante a população. Descritores: Autogestão; Enfermagem; Família; Hipertensão Arterial; Regime Terapêutico
- Transição para a parentalidade e o impacto na saúde familiarPublication . Morais, Patrícia Alexandra Constança; Chaves, Cláudia Margarida Correia BalulaIntrodução: A transição para a parentalidade é um processo significativo na vida de uma família, marcando uma mudança de papéis e responsabilidades. Adaptação da família às exigências e desafios que surgem com a chegada de um filho, envolve questões emocionais, físicas e sociais, impactando na saúde familiar. Metodologia: O estudo enquadra-se no projeto Family2Care parecer favorável da comissão de ética da ULS Viseu Dão Lafões. Realizou-se a avaliação e intervenção familiar a quatro famílias, com o objetivo de analisar as famílias a vivenciar a transição para a parentalidade pela primeira vez. A seleção das famílias teve em consideração os critérios de inclusão: a vivência da transição para a parentalidade pela primeira vez e a presença de pelo menos um bebé de até 6 meses. O MDAIF foi utilizado como referencial teórico, enquanto matriz operativa. Foi utilizada como colheita de dados às famílias a entrevista familiar sistémica bem como os instrumentos de avaliação familiar. Resultados: A prática de Enfermagem em Saúde Familiar, com base em referenciais teóricos e instrumentos de avaliação, possibilitou identificar necessidades nas famílias e implementar planos individualizados, resultando em diagnósticos com alterações favoráveis e melhorias significativas no atendimento às suas necessidades de cuidados. Conclusões: As intervenções realizadas contribuíram para melhorias na saúde das famílias ao capacitá-las para mobilizar os seus próprios recursos perante os desafios das diferentes etapas do ciclo vital. A atuação próxima às famílias permitiu reconhecer a família como foco central dos cuidados. Palavras chave: enfermagem de saúde familiar, transição, parentalidade, família
- Dilemas sobre os benefícios e os riscos da utilização da tecnologia em crianças : Uma scoping reviewPublication . Amaral, Patrícia da Silva; Chaves, Cláudia Margarida Correia BalulaIntrodução: As consequências do uso de tecnologias em crianças com idade até aos cinco anos, assume uma relevância indelével no âmbito da prática colaborativa de Enfermagem de Saúde Familiar e, ainda, face ao elevado número de crianças com excesso de horas de contacto tecnologias, sobretudo para fins recreativos. Objetivo: Mapear a evidência científica existente sobre as consequências/efeitos negativos e positivos do uso da tecnologia. Metodologia: Scoping review realizada com base nas recomendações metodológicas do Joanna Briggs Institute, seguindo as diretrizes PRISMA-ScR. A pesquisa foi efetuada nas bases de dados PubMed e CINAHL Complete, em 24 e 27 de dezembro de 2024. Do total de 1116 artigos recuperados, seis preencheram os critérios de inclusão e foram incluídos na revisão. Resultados: As evidências mostram que os efeitos do uso de tecnologia digital por crianças até aos cinco anos são diversos e dependem de fatores como o tempo de exposição, a qualidade do conteúdo, a supervisão parental e o equilíbrio com outras atividades. O uso excessivo pode ter consequências negativas no desenvolvimento cognitivo, social e físico das crianças, incluindo atrasos no desenvolvimento, dificuldades de atenção, problemas comportamentais e dependência de dispositivos, está relacionado com comportamentos sedentários, como a obesidade e défices nas competências sociais. Todavia, quando moderado e educativo, com supervisão dos pais, pode trazer benefícios para o desenvolvimento cognitivo e social. Conclusão: O estudo confirma que o Enfermeiro de Família deve capacitar as famílias para uma gestão equilibrada do tempo de ecrã, maximizando os benefícios e minimizando os riscos. Palavras-chave: Criança; Tecnologias digitais; Família; Enfermeiro de Família.
- Avaliação e intervenção familiar em famílias migrantes : Contributo do enfermeiro de famíliaPublication . Balula, Telma Sofia Carreira; Bica, IsabelIntrodução: Nos últimos anos, Portugal tornou-se um destino cada vez mais atrativo para migrantes de diversas partes do mundo. Esta nova realidade apresenta desafios e oportunidades, tanto para população que é recebida como para a população que os acolhem. Para famílias migrantes com crianças pequenas, os desafios são ainda mais significativos, abrangendo áreas críticas como educação, integração social e saúde. Esses desafios podem afetar gravemente o seu bem-estar e dificultar a sua integração na sociedade portuguesa. Neste contexto, a Enfermagem de Saúde Familiar assume um papel fundamental na identificação de necessidades e na promoção de ganhos em saúde. Objetivos: O presente estudo teve como objetivos: avaliar as famílias migrantes à luz do Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF); identificar necessidades nas diferentes dimensões da estrutura e funcionamento familiar; e implementar planos de intervenção em Enfermagem de Saúde Familiar, construídos em colaboração com as famílias, culturalmente sensíveis e ajustados ao seu ciclo de vida. Métodos: Trata-se de uma investigação qualitativa, sustentada em quatro estudos de caso individuais com famílias migrantes acompanhadas por uma Unidade de Saúde Familiar (USF) integrada na Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões. A seleção das famílias foi intencional, tendo por base o respetivo ficheiro clínico. A recolha de dados decorreu em diferentes contextos (consultas presenciais, visitas domiciliárias e videochamadas), e recorreu a instrumentos como o MDAIF, Genograma, Ecomapa, Escala de Graffar, FACES II e a Escala de Risco Familiar de Segovia-Dreyer e de Garcia-Gonzalez. As áreas de atenção em destaque foram: Planeamento Familiar Não Eficaz, Papel Parental Não Adequado e Gravidez Não Adequada. Resultados: Os resultados evidenciam a eficácia do Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar (MDAIF) na prática de enfermagem centrada na família migrante. A abordagem colaborativa entre enfermeiro e família destacou-se como essencial para identificar focos de atenção, definir prioridades e implementar intervenções eficazes. A utilização de instrumentos como o Genograma, Ecomapa e escalas de avaliação familiar permitiu uma leitura holística e detalhada das dinâmicas familiares, facilitando planos de cuidados individualizados. O enfermeiro de família revelou-se peça-chave, promovendo educação, empoderamento e autonomia das famílias, mesmo perante os desafios inerentes ao processo migratório. A flexibilidade do MDAIF permitiu adaptar intervenções ao contexto sociocultural, reforçando a pertinência de uma abordagem culturalmente sensível. A análise evidenciou lacunas nos ficheiros familiares, sublinhando a importância de uma avaliação abrangente que contemple toda a rede familiar, incluindo membros não registados formalmente. Apesar das limitações do estudo (pequena amostra e contexto específico), os resultados reforçam o valor da intervenção sistémica e holística em enfermagem de saúde familiar, apontando caminhos para investigações futuras com amostras mais amplas e diversificadas. Conclusões: Este estudo reforça a importância de uma abordagem holística e sistémica da família na prática de Enfermagem de Saúde Familiar. Reconhecer a família como unidade dinâmica, com recursos, vulnerabilidades e contextos próprios, permite ao enfermeiro intervir de forma mais personalizada, culturalmente sensível e orientada para ganhos efetivos em saúde. A proximidade e o vínculo terapêutico estabelecido foram elementos-chave para o sucesso das intervenções e para a promoção da autonomia e da resiliência familiar. Palavras-Chave - Família, Migração, Enfermagem de família; Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar; Intervenção Familiar
- Da avaliação familiar aos registos de enfermagem : A realidade de uma unidade local de saúdePublication . Galvão, Ana Rita Oliveira; Amaral, Maria Odete PereiraEnquadramento: A inclusão das famílias no processo de cuidados tornou-se uma prioridade, exigindo dos enfermeiros competências especializadas para realizar avaliações familiares precisas e implementar intervenções que suprimam as necessidades das famílias. Para garantir a continuidade dos cuidados, é necessário que os enfermeiros registem no processo familiar, todas as informações relevantes sobre a unidade familiar. Objetivos: Avaliar as atitudes dos enfermeiros face às famílias, conhecer a sua prática no âmbito da enfermagem de saúde familiar e a importância atribuída a essa prática e identificar a realização de registos em enfermagem de saúde familiar. Métodos: Estudo transversal analítico, com uma amostra não probabilística por conveniência, constituída por 64 enfermeiros a exercer funções em Unidades de Cuidados de Saúde Primários de uma Unidade Local de Saúde, sendo a maioria do género feminino (97,1%) e com uma média de idades de 49,03±8,515 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário online, com questões sociodemográficas e profissionais, a escala “A Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem – Atitudes dos Enfermeiros”, a escala “Perceção dos Enfermeiros da Enfermagem com Famílias” e questões sobre os registos de enfermagem. Resultados: Os enfermeiros que constituem a amostra apresentam como grau académico licenciatura (76,6%) e 31,3% detêm o título profissional de enfermeiro especialista. Têm em média 25 anos de experiência profissional e 21 anos de prática em contexto de cuidados de saúde primários e a maioria não tem formação na área de enfermagem de saúde familiar (67,2%). Demonstram atitudes de suporte em relação às famílias, contudo atribuem maior importância à enfermagem de saúde familiar do que na realidade a integram na sua prática diária. A maioria dos enfermeiros não realiza a totalidade dos registos sobre a família no SClínico (59,4%). Conclusões: Embora reconheçam a importância de integrar a família nos cuidados de enfermagem, ainda há desafios a ultrapassar para que os enfermeiros de família da Unidade Local de Saúde adotem uma prática de cuidados com foco na família. O contributo da enfermagem de saúde familiar é indiscutível porque impulsiona a que o foco dos cuidados seja a unidade familiar e em particular todos os seus membros, favorecendo o envolvimento e a harmonia familiar. Palavras-chave: Família; Enfermagem de Saúde Familiar; Atitudes; Avaliação familiar; Registos;
- A visita domiciliária à família no pós-parto : Perceção dos enfermeiros de família de uma unidade local de saúdePublication . Mendes, Andreia Filipa Correia; Amaral, Maria Odete PereiraIntrodução: O nascimento de um filho, caracteriza-se por sucessivas transformações a nível físico, psicológico, emocional e social, e impõe a necessidade de uma reorganização familiar e de adaptação a novas transições/papéis. Considerando as intervenções do enfermeiro de família enquanto profissional de proximidade no cuidar a família e o domicílio como local privilegiado para essa intervenção, reconhece-se a visita domiciliária no pós-parto fundamental para a promoção da saúde familiar e para um processo de transição saudável. Objetivos: Avaliar as atitudes dos enfermeiros de família face ao envolvimento da família no processo de cuidados em enfermeiros de família de uma Unidade Local de Saúde; Conhecer a prática dos enfermeiros de família relativamente à visita domiciliária à família no pós-parto; Identificar fatores sociodemográficos e profissionais associados às atitudes e à prática dos enfermeiros de família; Analisar a relação entre as atitudes dos enfermeiros de família face ao envolvimento da família no processo de cuidados e a prática da visita domiciliária à família no pós-parto. Metodologia: Realizado um estudo transversal analítico com uma amostra não probabilística por conveniência, composta por 64 enfermeiros de família de uma Unidade Local de Saúde, sendo a maioria do género feminino com uma média de idades de 49,03±8,51 anos. Aplicado um questionário online, após parecer positivo da Comissão de Ética, composto por questões de caracterização sociodemográfica e profissional, escala “A Importância das Famílias nos Cuidados de Enfermagem – Atitudes dos Enfermeiros” e questões que visam avaliar a perceção dos enfermeiros sobre a visita domiciliária à família no pós-parto. Resultados: A maioria dos enfermeiros (60,9%) revelam uma atitude muito positiva face ao envolvimento da família, média de 81±6,52 pontos. Foram encontradas associações entre a dimensão “Família como parceiro dialogante e recurso de coping” e as variáveis grau académico, idade e tempo de exercício em cuidados de saúde primários. A maioria dos enfermeiros (70,3%) admite não realizar a visita domiciliária à família no pós-parto, não foram encontradas associações com os fatores sociodemográficos e profissionais. Os enfermeiros com atitude muito positiva face à família apresentam maior desempenho na realização da visita domiciliária no pós-parto, sem diferenças estatísticas. Conclusão: Os enfermeiros demonstram atitudes positivas face à família e reconhecem a prática da visita como importante embora não seja uma intervenção realizada. A disponibilidade de um guia orientador promotor da implementação da visita domiciliária pode ser um recurso facilitador, apoiando o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Familiar numa intervenção preponderante no acompanhamento às famílias. Palavras-chave: Visita domiciliária, Família, Pós-parto, Enfermagem de Saúde Familiar
- Entre laços e perdas : Um olhar dinâmico sobre a perda ambígua psicológica na famíliaPublication . Neves, Ângela Patrícia Ferreira; Chaves, CláudiaIntrodução: A perda ambígua psicológica, comum entre os cuidadores familiares de pessoa com demência (PcD), representa um desafio familiar contínuo marcado pela presença física e pela ausência psicológica do ente querido. Este fenómeno da perda ambígua impõe uma sobrecarga física e emocional considerável aos familiares cuidadores. Objetivo: Analisar a forma como os cuidadores familiares de PcD percecionam a perda ambígua. Metodologia: Estudo de natureza transversal, quantitativa e descritiva, com uma amostra de 10 familiares cuidadores de PcD cujos dados foram acedidos em consulta de enfermagem. Aplicação de um questionário sociodemográfico e da Escala de Limites Ambíguos (ELA), versão portuguesa. Foram considerados os procedimentos ético legais. Resultados: Os fatores da ELA sobre a ambiguidade no cuidar (Fator A) e na ligação com a PcD e rede de apoio (Fator B) sugerem que os familiares cuidadores enfrentam uma perceção moderada de ambiguidade em relação ao seu papel e à sua ligação com a PcD. Conclusão: A ambivalência, a confusão de papéis e a perda de ligação emocional aumentam a carga psicológica dos familiares cuidadores de PcD, a requerer intervenções de apoio adequadas para lidarem com emoções contraditórias e melhorar o seu bem-estar, um dos focos da ESF. Palavras-chave: Família; Demência; Perda ambígua psicológica; Enfermagem de Saúde Familiar
- Capacitação para o uso do estatuto de cuidador informal : O papel do enfermeiro de saúde familiar no suporte às famílias com membros dependentesPublication . Valente, Daniela Sofia Sousa; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira de Azevedo eIntrodução: O processo de envelhecimento implica mudanças inevitáveis, influenciadas por diversos fatores biopsicossociais, afetando os idosos de forma imprevisível. O aumento da dependência leva a que os cuidados sejam assumidos pelos familiares mais próximos, tornando-os cuidadores. Esta responsabilidade tem impacto na dinâmica familiar, sendo necessário planear e implementar intervenções adequadas às especificidades da família. A introdução do cuidador informal é ainda desconhecida e cabe aos enfermeiros de família a capacitação dos cuidadores para a existência do mesmo. Partindo desta premissa foi realizado o presente relatório com a temática “Capacitação para o uso do estatuto de Cuidador Informal: o papel do Enfermeiro de Saúde Familiar no suporte às famílias com membros dependentes”. Objetivos: Avaliar as famílias segundo o MDAIF; identificar as necessidades das mesmas no que respeita ao estatuto do Cuidador Informal, intervir numa perspetiva sistémica para a capacitação das famílias, nos seus processos de desenvolvimento. Métodos: O presente estudo enquadra-se no projeto Family2Care aprovado pelo parecer de ética da ULS Viseu Dão Lafões. Foi utilizada como colheita de dados às cinco famílias a entrevista familiar sistémica bem como os instrumentos de avaliação familiar. Resultados: Em todas as cinco famílias havia um desconhecimento relativamente ao estatuto de Cuidador Informal, havendo assim uma necessidade de as capacitar, tendo assim duas das cinco famílias iniciado o pedido do estatuto. Conclusão: A proximidade e o conhecimento da família são elementos cruciais para o sucesso das intervenções aplicadas pelo enfermeiro de família, resultando em ganhos em saúde. Palavras-chave: Cuidador Informal; Capacitação; Enfermagem Saúde Familiar.
- Enfermagem de saúde familiar e gestão terapêutica da DPOC : Capacitação da família no autocuidado da pessoa doentePublication . Seixas, Eunice José Carvalho Nogueira de; Andrade, Ana Isabel Nunes Pereira de Azevedo eA família, enquanto sistema dinâmico e complexo, passa por diversas transições ao longo do seu ciclo vital. A transição saúde – doença representa um dos maiores desafios, podendo comprometer o equilíbrio e o funcionamento familiar. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica constitui um dos principais desafios de saúde pública a nível global. Esta patologia afeta não só a qualidade de vida da pessoa doente, mas também a dinâmica familiar. O estudo tem como objetivos avaliar as famílias com membros portadores de DPOC; intervir nas famílias como unidade de cuidados, no que respeita às necessidades de gestão terapêutica identificadas; avaliar os ganhos em saúde para as famílias. A metodologia assenta numa abordagem qualitativa, recorrendo ao método de estudo de casos múltiplos, ao processo de enfermagem e ao MDAIF como referencial teórico. Foram realizadas cinco entrevistas a cada uma das famílias em estudo (quatro) para colheita de dados e respetivas intervenções de enfermagem. Foram cumpridos todos os procedimentos éticos. Resultados: As famílias em estudo apresentavam conhecimento não demonstrado na técnica inalatória. Após intervenção com base na capacitação do membro portador de DPOC e família verificou-se uma mudança no status. Obtiveram-se ganhos em saúde, nomeadamente na participação da família na administração da medicação inalatória e nas dinâmicas familiares. Conclusões: O MDAIF revelou-se um excelente instrumento de trabalho, permitindo sistematizar e orientar os cuidados de enfermagem à família. A abordagem sistémica da família revelou-se significativa, permitindo identificar necessidades familiares e desenvolver intervenções de capacitação, que impulsionaram mudanças positivas. Palavras-Chave: Enfermagem Familiar, Saúde da Família, Autocuidado, Cuidados de Saúde Primários