ESSV - UEMOG - Relatórios finais (após aprovados pelo júri)
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- Aleitamento materno : determinantes e prevalência na região de abrangência do Centro Hospitalar Universitário Cova da BeiraPublication . Lourenço, Dulce Maria Silva; Coutinho, Emília de CarvalhoEnquadramento: O aleitamento materno [AM] é a forma ideal de alimentação de todos os recém-nascidos a nível mundial, sendo determinante na prevenção da morbilidade e mortalidade infantil. Pretende-se determinar a taxa de prevalência do aleitamento materno exclusivo ao 6ºmês de vida e identificar os determinantes do AM. Métodos: Estudo quantitativo, transversal descritivo-correlacional. Amostra aleatória de 349 mães, cujos filhos nasceram entre janeiro 2016 e dezembro 2018. Aplicado questionário online após contacto telefónico, durante abril 2019. Resultados: A taxa de prevalência do AME ao 6ºmês de vida é de 33.2%. São determinantes do AM: local de residência urbano(p=0,028:1ºmês); situação profissional - trabalho por conta de outrem(p=0.035:1ºmês); rendimento mensal durante AM(p=0.020:4ºmês; p=0.010:5ºmês); gravidez não planeada(p=0.015:1ºmês); acompanhamento no parto por pessoa significativa (p=0.012:4ºmês); parto vaginal(p=0.015:1ºmês; p=0.018:4ºmês); contacto pele-a-pele (p=0.002:1ºmês; p=0.040:4ºmês); início precoce AM(p<0.001:1ºmês; p<0.001:4ºmês; 0.015:5ºmês); experiência anterior positiva(p<0.001:1ºmês; p<0.001:4ºmês; p=0.002:5ºmês); AM anterior≥11meses(p=0.009:1ºmês; p<0.001:4ºmês; p<0.001:5ºmês; p=0.001:6ºmês); influência de terceiros na decisão AM(p=0.023:4ºmês; p=0.040:5ºmês); assistir cursos AM (p=0.009:5ºmês; p=0.006:6ºmês); receber informação escrita AM(p<0.024:1ºmês); muito confiante durante gravidez e alta na capacidade para amamentar(p<0001:1ºmês; p=0.001:4ºmês; p<0.001:5ºmês; p=0.003:6ºmês e p<0001:1ºmês; p=0.001:4ºmês; p<0.001:5ºmês; p=0.003:6ºmês); visita domiciliária primeiras duas semanas pósparto( p<0.001:1ºmês); satisfação no AM nas primeiras duas semanas pós-parto(p<0.001: 1º, 4º e 5ºmês); classificação Boa na informação AM após alta(p=0.022:4ºmês; p=0.028:5ºmês); classificação Boa na ajuda prática AM após alta(p=0.010:4ºmês); regresso trabalho(p=0.021:5ºmês); Idade bebé aquando regresso ao trabalho(p=0.014:5ºmês; p<0.001:6ºmês). Conclusões: São determinantes do AM: fatores sociodemográficos, obstétricos, experiência anterior, assim como visita domiciliária nas duas semanas pós-parto, informação e ajuda prática recebida após alta, devendo estas práticas ser incentivadas. Palavras-chave – Aleitamento materno, prevalência, determinantes.
- Aleitamento materno : Experiência vivida por puérperas, casais e enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica, no âmbito da visita domiciliar no pós-partoPublication . Silva, Vanessa Durão; Coutinho, Emília de CarvalhoEnquadramento: O presente trabalho enquadra-se no Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia e Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica composto por uma componente clínica e uma componente de investigação. Assenta nos pressupostos inerentes ao desenvolvimento de competências na área, tendo sido para tal necessário ter em conta o Regulamento de competências comuns enumeradas no Regulamento das Competências Comuns, Regulamento nº140/2019; e especificas, enumeradas no Regulamento de Competências Específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, Regulamento nº391/2019; os padrões de qualidade dos cuidados especializados em enfermagem de saúde materna e obstétrica; Diretiva 2013/55/UE do Parlamento Europeu e do Conselho; Conceções teóricas e filosóficas nomeadamente a Teoria de Enfermagem de Hildegard Peplau – Teoria das Relações Interpessoais em Enfermagem. Tendo por base uma problemática da prática profissional, e a sua importância para a saúde das populações, desenvolve-se um estudo primário sobre as experiências vividas por puérperas/casais e Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica nas visitas domiciliares no pós-parto, no âmbito do aleitamento materno. O título de Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica exige o desenvolvimento de um perfil de competências específicas ao Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e de competências comuns, com padrões de qualidade nos diversos objetivos e intervenções de enfermagem, dependendo de cada projeto de saúde da mulher. Para isso foi definido no 2º ano do Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia, – 7ª Edição um plano de estudo constituído por um estágio com duração de 36 semanas que incorpora um trabalho de investigação, no relatório final. Nas diferentes unidades de estágio são proporcionados contextos à aplicação de conhecimentos pormenorizados em obstetrícia, ginecologia, farmacologia no domínio da obstetrícia, recém-nascidos, relação entre o estado de saúde e o ambiente físico e social de cada pessoa e do seu comportamento. Para além do estágio, constrói-se um relatório final no âmbito da saúde materna obstétrica e ginecológica. Objetivos: Na componente clínica, através das unidades de estágio com relatório final, tem se como objetivo geral a formação de Mestres e Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica capazes de conceber, planear, executar e avaliar intervenções relacionados à promoção da saúde reprodutiva e prestar cuidados especializados nos diferentes projetos em cada fase da vida da mulher. Na componente de investigação, elabora se um relatório final com o objetivo de compreender a experiência vivida por puérperas/casais e Enfermeiros/as Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica durante a visita domiciliar no pós-parto, no âmbito do aleitamento materno. Metodologia: Na componente clínica frequenta-se diferentes unidades de estágio com objetivos específicos e número de experiências mínimas. No que se refere à componente de investigação, desenvolve-se um estudo qualitativo, hermenêutico, com base nos pressupostos de Max Van Manen, através de entrevistas a puérperas/casais e Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, usando a técnica bola de neve. Resultados: Na componente clínica, responde-se aos diferentes objetivos e intervenções de cada unidade de estágio, com base nos padrões de qualidade dos cuidados especializados em enfermagem de saúde materna e obstétrica, conforme o regulamento das competências específicas e segundo a diretiva europeia. Na componente de investigação, apresenta-se um estudo qualitativo, hermenêutico, seguindo os pressupostos de Max Van Manen com a 20 questão de investigação “Qual a experiência vivida por puérperas/casais e Enfermeiros/as Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica durante a visita domiciliar no pós-parto, no âmbito do aleitamento materno?”. Segundo a evidência científica há uma diminuição do aleitamento materno devido às dificuldades e necessidades das puérperas/casais, bem como à falta de apoio por parte dos profissionais de saúde especializados após a alta hospitalar. Conclusão: No que se refere à componente clínica alcança-se as experiências mínimas expostas na diretiva nº2005/36/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, transportada para o direito interno português pela Lei 9/2009 de 4 março para o título de EEESMO, para além de adquirir competências específicas de EEESMO, segundo o Regulamento nº391/2019. Na componente de investigação, conclui-se que em Portugal existe uma grande lacuna ao nível das visitas domiciliares no pós-parto, atualmente realizadas por enfermeiros de cuidados gerais com pouca ou nenhuma formação em aleitamento materno. As mulheres/casais sentem-se desapoiadas após a alta hospitalar, por não terem acompanhamento ou acompanhamento ineficaz no pós-parto, acarretando consequências no sucesso, exclusividade e duração do aleitamento materno. Palavras-chave: Unidade de estágio, cuidados especializados, enfermeiro especialista em saúde materna e obstetra, amamentação, pós-parto, aleitamento materno.
- A aplicação de técnicas não farmacológicas para alívio da dor no trabalho de partoPublication . Loureiro, Maria dos Anjos Lopes Peres; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaEnquadramento: Este relatório pretende descrever o percurso do estágio de natureza profissional enquanto estudante do 6º Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia e 11º Curso de Pós-Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. A sua conceção tem por base uma análise retrospetiva do processo de aquisição e desenvolvimento de competências inerentes à aquisição do título de EEESMO pela Ordem dos Enfermeiros. O estágio foi desenvolvido em contextos que permitiram cuidar a mulher/família durante o ciclo gravídico-puerperal: a sala de partos, o puerpério, e a patologia da gravidez; ginecologia e neonatologia. O presente relatório descreve as experiências vividas durante o estágio, as intervenções realizadas e uma reflexão crítica sobre as mesmas. Entre as intervenções realizadas, salienta-se a aplicação das técnicas não farmacológicas no trabalho de parto e parto, para promoção de conforto à parturiente e de um parto mais humanizado, respeitando sempre a sua vontade expressa. Neste sentido, optou-se, como contributo pessoa, realizar um estudo sobre a aplicação das técnicas não farmacológicas no trabalho de parto e parto pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia. Objetivos: Analisar criticamente as atividades as atividades que permitiam adquirir e desenvolver competências específicas na prestação de cuidados à doente do foro ginecológico, às grávidas, parturientes, puérperas e recém-nascidos. Determinar que variáveis sociodemográficas, profissionais e de contexto de formação interferem na aplicação das técnicas não farmacológicas no trabalho de parto e parto pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia. Metodologia: Quanto à componente de ensinos clínicos, seguiu-se uma metodologia reflexiva da prática clinica desenvolvida, sustentada no perfil de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e os padrões de qualidade em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica da Ordem dos Enfermeiros. A nível investigativo, trata-se de um estudo analítico, descritivo-correlacional, transversal, quantitativo, com amostra não probabilística, intencional por conveniência constituída por 204 enfermeiros, maioritariamente do sexo feminino (85,3%), com uma média de idade de 41,16 anos (±8,39). O instrumento de colheita de dados foi um questionário composto por duas partes. A primeira parte permite caracterizar a amostra nas dimensões sociodemográficas, académicas e profissionais. A segunda parte integra uma escala, construída e validada na presente investigação, com um alfa global de 0,906. Esta escala permite avaliar a utilização das diversas técnicas não farmacológicas para alívio da dor no trabalho de parto pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna Obstétrica. Resultados: A realização dos ensinos clínicos permitiu constatar a importância da figura do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica na promoção de cuidados holísticos à doente do foro ginecológico, às grávidas, parturientes, puérperas e recém-nascidos. As evidências do estudo de investigação mostram que, em 84,3% da amostra, a sala de partos onde exercem proporciona técnicas não farmacológicas de alívio da dor à parturiente; 59,3% referiram que as técnicas não farmacológicas de alívio da dor são disponibilizadas à parturiente desde a admissão na sala de partos e 31,9% mencionaram que estas são disponibilizadas desde o início do trabalho de parto, sendo as mais evidentes: Bola de nascimento (66,7%), hidroterapia (53,9%), massagem (43,1%), a livre deambulação (34,3%), musicoterapia (29,9%), técnicas de respiração (21,6%), termoterapia (11,8%), liberdade de movimentos (11,8%) e rebozo (10,3%). Os enfermeiros do género feminino aplicam mais as técnicas não farmacológicas sensoriais, mecânicas, emocionais e dinâmicas, enquanto os do género masculino utilizam mais as técnicas não farmacológicas de concentração; os que se encontram na faixa etária dos 36-44 anos de idade aplicam mais as técnicas não farmacológicas sensoriais, emocionais e dinâmicas, os mais novos (≤35 anos de idade) as técnicas não farmacológicas mecânicas e as de concentração são mais aplicadas pelos mais velhos (≥45 anos de idade); os que ministraram Programas de Preparação para o Parto e Parentalidade, têm entre 5-10 anos de experiência profissional, exercem funções numa sala de partos onde se proporcionam técnicas farmacológicas de alívio da dor à parturiente, que frequentaram Programas de Preparação para o Parto e Parentalidade e com formação específica na área são os que mais aplicam todas a técnicas estudadas. Conclusões: Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica desempenham um papel privilegiado ao nível do acompanhamento do trabalho de parto, cabendolhes informar as grávidas/parturientes) sobre as técnicas não farmacológicas de alívio da dor, proporcionando a sua aplicação durante o trabalho de parto, tornando, assim, o parto mais humanizado e uma experiencia mais gratificante para o EESMO. Palavras-chave: Trabalho de parto; Dor; Técnicas não farmacológicas; Parturientes; Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica.
- Os benefícios da aromaterapia na fase ativa do trabalho de partoPublication . Dias, Bruna Daniela da Cunha; Ferreira, ManuelaEnquadramento: O estágio de natureza profissional desenvolvido e que deu resposta a este relatório visa o desenvolvimento de competências para a obtenção do título de especialista e grau de mestre em Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica. Na componente de investigação estudou-se os benefícios da aromoterapia na fase ativa do trabalho de parto. Atualmente são vários os métodos não farmacológicos a ser utilizados durante o trabalho de parto, sendo um deles a aromaterapia. As massagens lombares com óleos essenciais durante o trabalho de parto são conhecidas há muitos séculos, estando ao dispor uma variedade destes óleos que poderão ser vantajosos durante a fase ativa do trabalho de parto, pois fortalecem e aumentam as contrações e, simultaneamente, possuem um efeito analgésico e relaxante. Objetivo: Adquirir competências especificas comuns ao Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; Mapear a evidência científica sobre os benefícios da aromoterapia na fase ativa do trabalho de parto. Metodologia: No que diz respeito ao Capítulo I, foi realizada uma análise reflexiva da prática, tendo como referência o perfil de competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. No âmbito do eixo de investigação foi realizado um mapeamento da evidência científica da revisão integrativa da literatura, teve-se como método de identificação de estudos que atendessem aos critérios de inclusão. Assim, fez-se uma pesquisa de estudos datados entre 2017 a 2022, nos idiomas português e inglês, recorrendo a plataformas eletrónicas de bases de dados, nomeadamente: PubMed/Medline e Web of Science, tendo sido incluídos, após todo o processo metodológico, 7 estudos. Resultados: A evidência dos estudos analisados revela que a aromoterapia contribui para a gestão da dor, diminuição da ansiedade durante o trabalho de parto e parto, aumentam a sensação de tranquilidade, as mulheres sentem mais contrações e ajuda a avançar o trabalho de parto, relaxando-as mais. Os óleos essenciais mais utilizados, na fase ativa do trabalho de parto, são o óleo de lavanda, de rosas, canela e rosa damascena, mas com predomínio do óleo de lavanda. Relativamente às experiências mínimas propostas, verificou-se que no decorrer dos estágios realizados foram antigidas. Conclusão: A dor vivenciada pelas parturientes durante e após o parto, requer especial atenção do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, que no âmbito da sua intervenção autónoma pode recorrer a práticas complementares recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. Conclui-se que aromaterapia, quando utilizada com os óleos essenciais citados na presente revisão promove efeitos físicos e psicológicos positivos na saúde materna, reduzindo também a ansiedade e aliviando a dor e desconforto na fase ativa do trabalho de parto. Como tal, sugere-se uma maior implementação desta prática complementar. Palavras-chave: Trabalho de parto; Fase ativa do trabalho de parto; Aromoterapia; Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica.
- Os benefícios da aromaterapia no pós-partoPublication . Oliveira, Filipa Barbas; Ferreira, ManuelaEnquadramento: A realização do estágio de natureza profissional, espelhado neste relatório, ao longo da primeira parte, permitiu o desenvolvimento de competências comuns e especializadas para a obtenção do título de Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e grau de mestre em Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica. Na componente de investigação que surge na segunda parte, analisou-se os benefícios da aromaterapia no pós-parto, período na qual a mulher pode apresentar diversas alterações físicas e/ ou psicológicas, que afetam o seu nível de energia, conforto e bem-estar. O recurso à aromaterapia pode ser essencial nesta fase, auxiliando assim no processo de adaptação ao pós parto, papel parental e na qualidade de vida da mulher, casal e recém-nascido. Objetivos: Descrever as experiências clínicas, fundamentadas em evidência científica, dos vários estágios realizados; desenvolver as competências específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e competências comuns, tendo por base os diferentes estágios, assim como o cumprimento das experiências mínimas exigidas; compreender a existência de benefícios com a utilização da aromaterapia no período pós-parto. Métodos/ procedimentos: Na primeira parte, realizou-se uma análise crítico-reflexiva da prática clínica desenvolvida ao longo dos estágios, guiada pelo perfil de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e no cumprimento das experiências mínimas exigidas. Na segunda parte, referente à componente de investigação, realizou-se uma scoping review, como primeiro estudo, no qual foram analisados 13 artigos, pesquisados em bases de dados científicas e realizou-se uma investigação qualitativa do tipo fenomenológico, num segundo estudo, tendo por base o pressuposto de Van Manen, acerca dos benefícios da aromaterapia no pós-parto. Selecionaram-se 12 participantes para entrevista semiestruturada, sendo que os dados recolhidos foram alvo de análise suportada pelo software MAXQDA 24. Resultados: Contactar com a realidade das várias valências da atuação do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, durante os estágios, permitiu a aquisição de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista, assim como o cumprimento das experiências mínimas legalmente exigidas A análise dos 13 artigos, na scoping review, publicados no idioma inglês, entre os anos 2012 e 2022, revelaram a existência de benefícios da utilização desta terapia complementar no pós-parto. Da investigação qualitativa emergiram quatro categorias nomeadamente, “Uso anterior da aromaterapia”, “Aromaterapia no pós-parto”, “Experiência vivida” e “Perceção dos profissionais de saúde”, revelando um impacto positivo com a utilização desta terapia, nos vários desconfortos, tendo sido utilizada maioritariamente como alternativa à medicação convencional ou complementar, sem efeitos adversos. Conclusões: Através da conclusão da componente clínica foi possível obter o cumprimento das experiências mínimas exigidas e a aquisição de competências comuns e específicas para a obtenção do título de Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Na componente de investigação, tanto com a realização da scoping review como do estudo qualitativo, compreendeu-se o benefício da aromaterapia nos desconfortos sentidos pela puérpera, a nível físico, mental e emocional, pelo que a sua utilização pode ser útil, como terapia natural. Palavras-chave: Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; Pós-parto; Mulher; Aromaterapia.
- Competência cultural do enfermeiro especialista em enfermagem de saúde materna e obstétricaPublication . Domingos, Ana Raquel Duarte; Coutinho, Emília de CarvalhoEnquadramento: O enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica é desafiado a entender as perspetivas, as tradições, os valores, as práticas e os sistemas familiares de todas as populações, culturalmente diversas com as quais se cruza e às quais presta cuidados, bem como a conhecer as variáveis complexas que as pessoas atribuem ao seu sentido de saúde e de bem-estar. Objetivos: Compreender o significado de competência cultural na perspetiva do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica; compreender a contribuição dos mediadores interculturais nos cuidados prestados pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica às mulheres imigrantes. Metodologia: Estudo qualitativo, com recurso ao método fenomenológico-hermenêutico, tendo como instrumento de recolha de dados a entrevista semiestruturada. Quanto aos participantes no estudo foram selecionados 10 enfermeiros a exercerem funções no bloco de partos de um hospital da Grande Lisboa. Recorreu-se à análise qualitativa de dados, a qual foi apoiada pelo Nvivo12. Este estudo insere-se no estudo sobre os Mediadores Interculturais nas Unidades de Saúde – MEIOS – Mediação Intercultural e Outcomes em Saúde, desenvolvido pela Rede de Ensino Superior em Mediação Intercultural, promovido pelo Alto Comissariado para as Migrações, estudo que foi autorizado pela CNPD e obtido consentimento por parte da Comissão de Ética da Instituição onde foi realizado o estudo. Resultados: Da análise do verbatim das entrevistas emergiram sete categorias de significado cultural: constrangimentos dos enfermeiros na interação com a mulher imigrante; estratégias utilizadas pelo EESMO na interação com a mulher imigrante; estratégias utilizadas pelo EESMO para se tornar mediador intercultural; funções do mediador intercultural percecionadas pelo EESMO; significado de cuidado culturalmente competente; recursos escassos nos serviços para cuidar de imigrantes e dificuldades reconhecidas pelo EESMO para se tornar mediador intercultural. Conclusão: O enfermeiro depara-se com vários constrangimentos no cuidar mulheres imigrantes desenvolvendo estratégias pontuais para conseguir estabelecer uma comunicação efetiva. As evidências apontam para a necessidade de se dotarem as instituições de saúde de recursos humanos e materiais que ajudem o enfermeiro a promover cuidados culturalmente congruentes, o que se poderá vir a traduzir numa melhor qualidade de cuidados, saúde e bem-estar. Palavras-chave: Competência Cultural; Enfermeiro; Maternidade, Mediação Intercultural.
- Complicações maternas decorrentes da realização da manobra de Kristeller durante o período expulsivo do trabalho de partoPublication . Pires, Ana Sofia da Silva; Ferreira, ManuelaEnquadramento O estágio de natureza profissional desenvolvido e que deu resposta a este relatório, visa o desenvolvimento de competências para a obtenção do título de especialista e grau de mestre em saúde materna, obstétrica e ginecológica. Na componente de investigação estudamos a manobra de Kristeller, uma prática obstétrica questionável. Objetivos Este relatório teve como objetivos demonstrar a aquisição de competências do enfermeiro especialista em saúde materna, obstétrica e ginecológica e identificar as complicações maternas associadas ao uso da manobra de Kristeller no segundo período do trabalho de parto. Metodologia No que diz respeito ao Capítulo I, foi realizada uma análise reflexiva da prática sempre baseada na mais recente evidência científica. No âmbito do eixo de investigação foi realizado um estudo de análise quantitativa, relacionalanalítico, em coorte transversal, numa amostra não probabilística por conveniência, segundo o método em bola de neve com colheita de dados através de questionário online a 275 mulheres que pariram em Portugal nos últimos 5 anos. Foram obtidos dados sobre antecedentes obstétricos, avaliação do incómodo relacionado com as disfunções do pavimento pélvico e o seu impacto e, a sua relação com fatores sociodemográficos da amostra e com os dados relativos ao último parto. Conclusão Das competências comuns e específicas previstas foram adquiridas. As evidências encontradas demonstram que a realização da Manobra de Kristeller é um ato de violência obstétrica, sendo caracterizada como uma prática invasiva e com resultados potencialmente negativos para a saúde da mulher e do bebé. Face a esta realidade, considera-se fundamental que o EESMO, pelas competências que possui e com base nos seus conhecimentos especializados, consciencialize os profissionais de saúde acerca das boas práticas obstétricas. Palavras-chave Obstetric labor complications; Delivery obstetric; Labor Onset; Labor, obstetric; Trial of labor; Labor stage, second; Parturition; Delivery Rooms; Kristeller.
- Conhecimento das mulheres sobre posições de trabalho de parto e parto : Uma revisão scopingPublication . Martins, Carina Andreia de Melo; Nelas, Paula Alexandra de Andrade BatistaEnquadramento: No âmbito da Unidade curricular, Estágio com relatório final: Enfermagem de Saúde Materna, Obstetrícia e Ginecologia – opção 3, foi elaborado o presente relatório. Este é composto pela componente clínica e a componente de investigação. A componente clínica pretende espelhar o percurso formativo desenvolvido ao longo de todo estágio nas diferentes áreas de atuação, refletindo sobre as intervenções planeadas e executadas que contribuíram para a aquisição de competências comuns e especializadas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. A componente de investigação explana o processo de execução da revisão scoping intitulada: “Conhecimento das mulheres sobre posições de parto: uma revisão scoping”. Este trabalho de investigação surgiu da reflexão crítica da prática clínica vivenciada. Objetivos: Evidenciar o processo de desenvolvimento de competências comuns e especializadas em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica. Na componente da investigação, pretendemos mapear a evidência científica em relação aos conhecimentos das mulheres sobre posições que podem adotar no trabalho de parto e parto. Metodologia: Na construção deste relatório, a parte clínica baseia-se numa reflexão teórica-crítica das atividades desenvolvidas e das evidências científicas disponíveis sustentadas num pensamento teórico de enfermagem (teoria das transições de Meleis). A revisão scoping foi desenvolvida segundo a metodologia proposta pelo Instituto Joanna Briggs para a realização deste tipo de revisões. Resultados: O desenvolvimento prático das diferentes áreas de estágio distintas e a reflexão teórica e crítica das mesmas, possibilitou a aquisição de competências comuns e específicas inerentes ao exercício profissional do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, bem como o cumprimento das experiências mínimas legalmente exigidas. O desenvolvimento do estudo de investigação, nomeadamente de uma revisão scoping permitiu desenvolver capacidades a nível de investigação e clarificou que várias mulheres em diferentes contextos, tem poucos conhecimentos sobre posições verticais que podem adotar no parto. Conclusões: Através da realização deste relatório final evidenciou-se o processo de desenvolvimento e aquisição de competências comuns e específicas regulamentadas para o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, conducentes à atribuição do título profissional de Enfermeiro Especialista e ao grau de Mestre. Relativamente à componente de investigação conclui-se que muitas mulheres, mesmo as que possuem partos anteriores, e/ou que têm acompanhamento profissional durante a gravidez, têm défices de conhecimentos em relação as posições que podem adotar durante o primeiro e segundo estádio do trabalho de parto. Pelo que emerge a necessidade de incorporar na assistência pré-natal nomeadamente na preparação para o parto, a abordagem teórica e prática das diversas posições que a grávida pode adotar nas diferentes fases de trabalho de parto. Surge também a necessidade da formação/ atualização de conhecimentos dos profissionais que assistem a mulher durante a gravidez e durante o trabalho de parto, sobre as diversas posições maternas ao longo do trabalho parto, tornando-se um agente facilitador. Palavras chave: Conhecimentos; Posições no trabalho de parto; Parto; Parturientes; Scoping
- Conhecimento dos alunos do Instituto Politécnico da Guarda sobre vírus do papiloma humano e cancro do colo do úteroPublication . Santos, Lurdes Maria Vieira dos; Ferreira, Manuela Maria da ConceiçãoEnquadramento: o cancro do colo do útero (CCU) é uma das principais causas de morte por neoplasia nas mulheres a nível mundial, estando, em regra associado à infecção pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV), sendo este o agente sexual mais transmitido. São poucos os estudos desenvolvidos em Portugal sobre o conhecimento dos jovens relativamente ao CCU e ao HPV os que existem revelam que esses conhecimentos são muito escassos. Objetivos: avaliar o nível de conhecimento dos estudantes do Instituto Politécnico da Guarda sobre o CCU e o HPV. Material e métodos: trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, num plano transversal. Propusemo-nos responder à seguinte questão de investigação: Quais os conhecimentos dos alunos do IPG sobre o CCU e o HPV? A população alvo são 1680 alunos dos cursos das escolas superiores de educação e tecnologia e gestão. A nossa amostra é não probabilística e por conveniência, constituída por 301 alunos. O questionário utilizado intitula-se “Vírus do Papiloma Humano e Cancro do Colo do Útero, Agostinho (2012). Resultados: a maioria dos inquiridos que por sinal são do género feminino, já tinha ouvido falar sobre o HPV. Existe uma grande lacuna relativamente ao agente mais comum das IST, em que a maioria responde ser o HIV. Os resultados no geral apontam para conhecimento reduzido nos domínios da transmissão das manifestações e da localização do HPV. Quanto à incidência e mortalidade por CCU em Portugal e relativamente à percentagem de presença de HPV no CCU, os conhecimentos são quase nulos. Manifestaram interesse por adquirir e aprofundar conhecimento, assinalando os profissionais de saúde e meios de comunicação social como centro de informação assim como a realização de workshops. Conclusões: Este estudo permitiu identificar algumas lacunas dos conhecimentos sociais que podem ser colmatados com educação para a saúde. Os meios de comunicação social, enquanto principal fonte de informação sugerida pelos inquiridos a par dos profissionais de saúde podem e devem ser o veículo mais utilizado como transmissão de conhecimentos. É fundamental perceber a realidade para que se possa adequar as medidas de rastreio e de promoção de saúde, no que diz respeito à atividade sexual e comportamentos de risco, com vista a evitar a propagação do vírus e, consequentemente, o desenvolvimento da neoplasia. Palavras-chave: Conhecimento dos jovens Universitários, Vírus do Papiloma Humano, Cancro do Colo do Útero.
- Conhecimentos percecionados pela puérpera na alta hospitalarPublication . Feliciano, Anabela AlmeidaO presente documento trata-se de um relatório de estágio, desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular “Estágio com Relatório Final: Enfermagem de Saúde Materna, Obstétrica e Ginecológica”, inserida no Curso Mestrado em Enfermagem de Saúde Materna Obstetrícia e Ginecologia do Instituto Politécnico de Viseu – Escola Superior de Saúde de Viseu, e teve por intuito a descrição do processo de aquisição e desenvolvimento de conhecimentos e competências específicas referentes ao Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica, definidas pelo Regulamento n.º 391/2019 da Ordem dos Enfermeiros. Este estágio foi realizado no Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE e na Unidade de Saúde Familiar Infante D. Henrique. No decorrer deste, foi possível planear e executar cuidados de enfermagem especializados, suportados pela melhor evidência científica, tendo sido realizada a sua descrição, análise e reflexão crítica. Neste percurso formativo, uma das temáticas que me suscitou especial interesse foi o conhecimento percecionado pela puérpera na alta hospitalar. Decorrente do interesse nesta temática, quisemos explorar a relação entre os conhecimentos percecionados pela puérpera na alta hospitalar e as variáveis sociodemográficas, obstétricas e as preocupações maternas. Para o efeito desenvolvemos um estudo analítico, descritivo-correlacional, transversal, quantitativo, com amostra não probabilística por conveniência constituída por 206 puérperas internadas numa unidade hospitalar da região Centro de Portugal, aquando da alta hospitalar. Findo este percurso, verificamos que, relativamente aos conhecimentos percecionados pela puérpera na alta hospitalar, 42.7% possui conhecimentos percecionados moderados, seguido das puérperas com conhecimentos percecionados elevados (30.1%). Os conhecimentos percecionados são influenciados pelas variáveis sociodemográficas (grupo etário e zona de residência) e pelas variáveis obstétricas (tempo de gestação, local onde ficou o bebé após o nascimento e dúvidas quanto ao autocuidado e cuidado ao bebé). Em relação às preocupações maternas, 38.3% manifestou preocupações reduzidas, e estas são as que apresentam conhecimentos percecionados elevados, revelando que as preocupações maternas têm impacto nos conhecimentos percecionados das puérperas na alta hospitalar. Podendo concluir-se que, os enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica, desempenham um papel fundamental no serviço de internamento de obstetrícia no planeamento e prestação de cuidados de qualidade ao nível do ensino e promoção da literacia em saúde no período puerperal, aumentando os conhecimentos e as competências das puérperas para o autocuidado e cuidado ao recém-nascido. Palavras-chave: puérpera; pós-parto; autocuidado; recém-nascido; conhecimento; alta hospitalar.